do teu
GEOGRAFIA DO TEU
SER,
MULHER
Você é uma
fera contida,
que um dia
incendiou meu coração...
Hoje sei que
és lava
de um vulcão
não inativo
- não extinto -
que mais que
de repente,
entra
novamente em erupção!...
Mas saibas
que o fogo
- ou veneno –
que emanas,
para mim é
como chuva no deserto
ou no mar,
sem nenhum
efeito (ah!ah!).
Você
querendo ser o cume da montanha,
acabará uma
ilha deserta, isolada,
perdida num
oceano qualquer.
Veja o que
te importa/serve,
insistir ser
iceberg
sob a
neblina ser traiçoeira
sempre um
Titanic querer derrubar?
Você
querendo se modificar,
sairia do
lodo do pântano
que virou
tua vida!
sabendo como
eras,
parece-me
uma floresta
fora do seu
clima natural:
nada daí
pode florescer ou frutificar...
E que bom,
que bom seria,
recomeçares
tudo, sendo uma nascente
de um rio de
admiração
com
afluentes escaldando, crescendo, crescendo,
por tua
pessoa...
E poderia
ser uma serena lagoa
rodeada de gente
por todos lados...
E é de lagoa
em lagoa
que se forma
o pantanal.
E se preciso
for, mostre-se humana
- não é
fraquejar –
se batesse
forte as marcas desse teu passado,
desaguaria
em cataratas de lágrimas
muito de
teus arrependimentos...
E o
restante, as lembranças más,
iria na
correnteza de um rio,
à desaguar
na praia
e da praia
ao mais longe do mar.
E uma suave
brisa viria
tua exausta
alma refrescar.
O passado
iria em redemoinho
girando,
girando, dispersando,
o pó da
sujeira que ficou.
E, se
preciso fosse,
vento,
ventania, furacão
levaria logo
de tua existência
os restos
das cinzas de qualquer aflição!...
Na geografia
do teu ser, mulher,
Ser sustentável
de se ter e ver!
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