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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































10 de dezembro de 2017

MEUS 25 ANOS COMPLETADOS EM 1984 - LEMBRANDO AO ESCUTAR WHAT"S GOING ON



COMPLETADOS EM 

25 anos e minha vida está parada,
estou tentando subir essa grande montanha da esperança
por um destino”
( tradução de trecho da balada rock “Whats going on, what’s up - cantada por Four Non Blondes ).


Escutava outro dia essa canção no youtube e esse trecho da letra me fez lembrar de quando fiz 25 anos em 10/12/1984, 33 anos atrás. E me perguntava refletindo “o que está acontecendo".
Não havia a distopia de George Orwell, diziam haver ditadura, quando era mais um regime militar ao qual passei sem qualquer repressão não sendo comunista.
Havia 1 ano que me formei em economia e me fecharam as portas ou porque não tinha experiência apesar do estágio que fiz ou porque minha formação era maior que previa certos cargos.
Cargos públicos não faziam concursos que estavam nas mãos de politicos que prometiam ajudar só pelo voto e não cumpriam.
Passei o ano de 1984 tentando fazer curso pro único concurso existente de fiscal de ISS da Prefeitura do RJ. Que não deu em nada, Assim no campo profissional era estagnação só.
Em termos culturais, a vontade em forma de utopia de escrever letras em canções e de roteiros pra cinema que não saiam do papel.
Os colegas que se faziam de amigos de rua ficaram pra trás quando mudamos em família de endereço. Um quase isolamento em que buscava ver filmes como escape a solidão.
Até porque as pretendentes a namorada, as que não gostei que me procuraram, as que adorei ficou num campo platônico do que poderia ser e não era.
O quanto sabia de muitos que aos 25 já conseguiam seu primeiro milhão em mercado financeiro ou se consolidavam em bons empregos ou empreendedorismos.
Falar a verdade, estar parado não significava não tentar e almejar e eu era vítima que muitos outros jovens na época sofriam e até sucumbiam.
Então a esperança está lá latente de viver e alcançar objetivos, fazer seu destino em nossas mãos. A lacuna deixa nos perplexos e incomodados. E agoniados até.
Porém, dentro de nós a incerteza não faz com que desistamos. Por mais que pareça congelado o destino que queremos chegar.
A razão de estar aqui relatando tudo isso, é que ao virar o ano para 1985, aquelas vontades não foram cerceadas e bloqueadas.
Descobri através de marido de amiga o mercado de ações como investidor e até como profissional, preparando para atuar lá.

Tempos depois a crise do mercado pelo mega especulador Naji Nahas implodiu trabalhar...

Porém propiciou ao menos ter conseguido casa própria, ainda que simples mas minha propriedade.
Apareceu alguém, que apesar dos dissabores, mantive relacionamento posterior de 3 anos e 10 meses e após isso com outra tive casamento por 11 anos.
Descobri a poesia e crônica , que me fez um canal pra desabafar em forma literária, apesar que sempre digo que não escritor e sim apenas alguém que escreve o melhor possível.
E passar em concurso que estou até hoje. Que bem ou mal mantive estabilidade de emprego e base pra bancar despesas a minha vida e de filho que tive.
Ou seja, a vida se recicla, se refaz, ainda que sem o brilho imaginado em esplendor, e apesar de às vezes que ela volta a ficar parada como inicio dos meus 25 anos, ela pulsa de determinação em perspectivas.
Tive um destino afinal. Que se não onde merecia em forma mais ampla, ao menos não olho pra trás e direi que nada aconteceu.
Não tenho sucesso, mas tenho ao menos a certeza do dever cumprido de ter ido além da sentença que a vida estava parada. Ela foi um rio que seguiu seu fluxo...

Em 1984, às vésperas de completar 25 anos, fomos ao antigo Canecão em Botafogo ver Caetano Veloso, lançar o álbum "Velô", época que ele se restringia a ser bom cantor e compositor e não de seu proselitismo esquerdizante de hoje. O mais importante é na época estar ao lado de meus queridos entes familiares vivos, pai e mãe. Época de vida não muito boa em termos gerais que aqui descrevo em post de meu blog, porém havia essa riqueza da presença inestimável paterna e materna, me é tão faltosa hoje em dia! Saudades eternas!