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.


UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































29 de janeiro de 2012

A SUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER


A SUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER

Na luta na lida
Ter leveza da vida .
Pra ter leveza para a luta
E a luta por esta leveza.
Se tanto há o que nos seja e se faça densa, tensa...
Drama, trama que trama contra-senso e franzir da testa.
Contesta, abra uma fresta, faça a paz e a festa a voltar em si.
Tanta coisa há e toma forma, que nos reforma
E nos conforma, nos apraz, aprazível.
É tudo o que nos traz leveza a caber..
Faz-nos arrefecer e tecer a “sustentável leveza do ser”.
E de viver!!!




Lembro-me há tempos de ter lido “ A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera. A história acontece em Praga e em Zurique, em 1968, e atravessa algumas décadas. Narra os amores e os desamores de quatro pessoas: Tomás, Teresa, Sabina e Franz. É permeada pela invasão russa à Tchecoslováquia e pelo clima de tensão política que pairava em Praga daqueles dias.

A trama, o drama, político-social daquele país, naquele tempo país satélite de Moscou, da Rússia ainda comunista, me impressionou. Leitura marcante desde aquele tempo, ainda que hoje a realidade de lá tanto se mudou após a queda do muro de Berlim.

Fica como fotografia histórica de uma época opressora, de uma máquina que não permitia dissidência, liberdade de expressão e existencial e o que tudo isso influenciava na vida de cada um dos países, do povo e de quem era de camadas mais altas. E na desdita no campo pessoal das ditas pessoas comuns.

Mas o título me chamou atenção: Seria insustentável a leveza de um ser? Sempre quis essa leveza, vejo em tantos como fosse uma maior paz interior e uma ótica de encarar e sentir o mundo e a vida. Ainda que a realidade nos oprima, reprima...

Que a todos nós seja concebida, permitida a sustentável leveza de ser e não cairmos em eterna escabrosa insustentável leveza de ser... e dureza de viver!

LUA PRATEADA EM NOITES BRANCAS

:


LUA PRATEADA EM NOITES BRANCAS


Ah!!! Lua prateada...


Pudesse dizer a amada,


que aquela estrela de vida

de entusiasmo e encanto, foi partida!!!

E desde que partiu de meus dias,

nos meus olhos marejados se apagou

E um curso de rio caudaloso se secou.


Ah!!! Lua cintilante,

que se faz contrastante, se ela como tu distante,

e eu na escuridão do que me faz diletante, hesitante,

perplexo na solidão de meus idealismos,

condoído nos dias vazios de vil realismo

E como no antigo conto russo de Dostoiévskie

em “Noites brancas” sinto que grasso em descompasso.


Ah!!! Lua cor de prata,

quisera sua luz... Vai! Ela me empresta...

Pudesse secar meu pranto, calar triste canto.

E em prece ao Deus que te criou,

com ela estar, sob a mesma luz do luar!!!


Ah!!! Lua brinco do céu,

quisera sob seu fino véu,

deixasse de ser maré vazante,

de novo por um instante, a atração inspirasse,

ao que iluminasse aquele enluarado bem-querer!!!


Talking to the moon
- Falando para a lua...









NOITES BRANCAS:

Noites Brancas é uma obra do escritor Fiódor Dostoiévski. O livro que mais aproxima Dostoiévski do romantismo, foi escrito em 1848, antes de sua prisão. Como personagem central se tem o Sonhador, que em uma das noites brancas da capital São Petersburgo apaixona-se por Nástienka. Nesta obra, diferentemente de outras, em que a preocupação social é a diretriz para o enredo, desta vez encontramos um Dostoiévski romântico, lúdico. O personagem principal, que ao contrário das versões teatrais e cinematográficas, não tem nome, vaga errante pela "noite branca" de São Petersburgo.

"Noite branca" refere-se a um fenômeno comum na Europa em que, mesmo com o Sol se pondo ele permanece um pouco abaixo da linha do horizonte,deixando a noite clara, causando uma atmosfera onírica. Um encontro casual muda completamente a vida do até então solitário protagonista: conhece a ingênua e também sonhadora Nástienka, que aos prantos, espera aquele a quem um ano antes tivera prometido o seu amor.


Ao longo das quatro noites seguintes, o protagonista se apaixona pela moça e conhece a sua inusitada história: Nástienka vive atada com um alfinete à saia da avó cega e ao lado da criada surda. Quando um novo inquilino chega a sua casa, ela vê a possibilidade de escapar de sua solidão. O misterioso homem um dia deixa a casa, prometendo que voltaria depois de um ano, quando tivesse condições de casar-se com ela. Quando o protagonista encontra Nástienka na ponte sobre o rio Nieva, estamos exatamente no dia marcado para o reencontro. Mas nenhum dos três personagens pode prever o que o destino preparou para eles.


Essa obra teve várias adaptações para o teatro. No Brasil, recentemente , Débora Falabella e Luís Artur, foram dirigidos por Yara de Novaes.Noites brancas representa o puro romantismo na época de Dostoiévski. o escritor já se encontrava envolvido por este movimento romântico, mas é com esta obra que captamos a essência deste movimento. A decadência espiritual do protagonista encontra-se espalhada por várias simbologias : o quarto decadente, a solidão e isolamento e o amor não correspondido. Só no final (a manhã) poderá dar a luz ao triste protagonista, sendo o seu final incerto...

No cinema, a obra de Dostoiévski recebeu a adaptação do diretor italiano Luchino Visconti, com Marcello Mastroianni e Maria Schell; Le Notti Bianche (1957),que recebeu o Leão de Prata no Festival de Cinema de Veneza, tem trilha sonora assinada por Nino Rota, compositor preferido de Federico Fellini. A São Petersburgo do século 19 é transportada para uma Livorno construída no Teatro 5 de Cinecittá. O roteiro é assinado por Suso Cecchi d'Amico. A TV brasileira também assistiu a uma adaptação da obra de Dostoiévski; Noites Brancas foi exibida como um especial em 1973 na Rede Globo, com Francisco Cuoco e Dina Sfat nos papéis principais, sob a direção de Oduvaldo Viana Filho.

( FONTE: WIKIPÉDIA )

28 de janeiro de 2012

VEM A NOITE


Luzes da cidade a acender...

Vem a noite,
Vem devagar


Vem a noite
Vem com o luar


Vem a noite
Vem estrelas estrelar...


Sob seu manto negro,
Muitos mais mistérios e segredos a se resguardar
Muitos mais cenários e degredos a se desvendar!
A noite é uma criança no que a gente se lança
A conceber o que cabe em tudo que se alcança.
A noite vem e tem quem quer PC, TV, descanso, sofá e cama...
Uns querem lazer, teatro, um cineminha E quem se ama.
Outros, boemia, prazer: copo, cerveja, azaração e curtição.
Tantas tramas e dramas ainda a tecer ao anoitecer
Nas madrugadas um mundo submerso de delinqüências ou devassidão.
Mas pode ser de puro enlevo sob a lua de mãos dadas a beira-(a)mar.
A noite pode ser transpiração ou inspiração


– quando a noite sempre vem...



Luzes da cidade a acender...

Vem a noite

Vem devagar



Vem a noite
Vem com o luar


Vem a noite
Vem estrelas estrelar...



A noite pode ser tão boa, de brilho e prazer...





MAR, MARA, MARACUJÁ - FRUTOS TROPICAIS



MAR






MARA





MARACUJÁ


MAR, MARA, MARACUJÁ


Mar, Mara, maracujá!
Ali, sob o mesmo clima e sol,
são distintos, cada um,
frutos tropicais...

Mar, de que adianta o mar,
que deságua nas areias da praia,
do que sob esse clima e sol?

Mara, bela nativa,
pele morena,
sol doura, bronzeia, amorena ainda mais!

Maracujá, fruta dos trópicos,
que acalma a alma:
quero copo cheio, quero cesto pleno...

Mas chega a noite... Quero amar Mara,
não quero mar...
muito menos maracujá!


Mar, Mara, maracujá!
Ali, sob o mesmo clima e sol,
são distintos, cada um,
frutos tropicais...


( Ao final um beijo quente feito verão! )



"Lá no avarandado na luz do meio dia - O segredo dos teus olhos tanta coisa me dizia - O cabelo solto ao vento, o teu jeito de olhar - E no seu corpo moreno, a flor de maracujá - Dia de sol, cheiro de flor - Gosto de mar, amor - Na tua cor, luz do luar - Vento que vem do mar - Roda, gira vira o vento, meu amor vai te levar..."



Eu Também Quero beijar 



Pepeu Gomes

A flor do desejo
E do maracujá
Eu também quero beijar
Haja fogo, haja guerra,
Haja guerra que há
Eu também quero beijar
Do farol da barra
Ao jardim de alá
Eu também quero beijar
Da pele morena
Daquela acolá
Eu também quero beijar
Beijo a flor
Mas a flor que eu desejo
Eu não posso beijar
Ai amor
Haja fogo, haja guerra,
Haja guerra que há
Teu cheiro
É o marinheiro do barco fantasma que vai me levar
Mundo inteiro
Haja fogo, haja guerra,
Haja guerra que há

Festejo


26 de janeiro de 2012

PARADOXO - NO - SOL




DO MUNDO

SE REPRESENTA
NO SOL








BALNEÁRIO

X

SERTÃO






PARADOXO - NO - SOL


Paradoxo do mundo se representa
no sol,
no sol...
pelo sol,
pelo sol!!!

Quando seria?
No contraste
entre litoral e interior,
no tempo de estio,
no tempo de estio!

Num balneário:
corpos dourados a se bronzear,
sobre esteiras, cangas, toalhas.
Sob o sol escaldante,
querem mais e mais sol,
não querem tempo nublado,
muito menos clima chuvoso.

Num interior:
corpos esturricados a se tostar,
sobre o solo árido, caatingas, sertões.
Sob o sol inclemente,
querem mais e mais chuva.
Mui querem tempo nublado,
muito mais clima chuvoso.

PARODOXO - NO - SOL:
Litoral em praias: figas por estiagem
X
Interior em sertão: novenas por chuva

Paradoxo-em-contradição se representa
no sol,
no sol...
pelo sol,
pelo sol!!!



Sol na praia, cenas de prazer...









Sol no sertão, cenas de sofrer...





22 de janeiro de 2012

TEM DIAS






TEM DIAS

Tem dias que andamos até ao sol ou ao relento, em deleite e desbunde, vagamos pra espairecer descompromissados até de nós mesmos a se seguir...


Tem dias que desprendemos das amarras e todas marras, a gente escancara e abrimos um sorriso na cara pelo simples desejo de nos soltar...

Tem dias que parece que é o último dia na terra ou último de nossa passagem, uma viagem sem volta a criança que fomos no adulto que somos...

Tem dias que parece que tem mais a se perder de nossa pista e nossa vista, num lugar qualquer, mesmo que seja num lugar ou que não exista feito passárgada ou shangrilá...

IR POR AI - EU E VOCÊ NA RELVA





FUGIR, IR POR AÍ –
EU E VOCÊ NA RELVA


Quem perguntar...
diga que eu saí!
Quem inquirir:
onde? que foi por aí...

Vem menina aventureira dar um rolê,
por momentos cortar ilação
da civilização. Vamos fugir feito a canção!
Em picadas ou trilhas na selva,
saindo da beira da estrada.
Sem vontade de parar,
sem explicação, pura curtição.
Façamos nós... Façamos nós...
eu e você saindo da praia! eu e você saindo da praia!

Erráticos nas trilhas,
a sair daqui...
mil milhas,
a seguir acolá...

Mas é manhã tão cedo, da mochila tiramos um xale,
por tormentos de um frio de lascar,
era essa nossa condição.
Riscadas todas coisas que dão neura,
seguindo na alvorada,
sem vontade de parar,
sem explicação, pura concentração...

Ficamos nós.. Ficamos nós...
Eu e você andando na bruma! Eu e você andando na bruma!

Entrando no bosque, feito “A filha de Ryan”
a me selar com ti...
Enlaçando-se no parque, feito “Inocência”,
a te sentir já longe Parati...

Eis que malsã, que medo, sob um vale,
caiu torrencial chuva de verão.
Era nossa perdição?
Largadas as convenções que se encerra,
pingos de amor faz do frio d’água um calor d’alma
natureza humana em par,
natureza natural bem ímpar...

Ficamos nós... Ficamos nós..
Eu e você amando na relva! Eu e você amando na relva!


A idéia de escrever sobre isso é essa cena tórrida na relva cheia de desejos misturado a sentimentos no filme " A filha de Ryan" de David Lean. Nunca saiu da minha imaginação poder fazer além de apenas uma idéia, algo incomum, não importa se não passasse de uma fantasia erótica amorosa...

VAMOS FUGIR BABY IR POR AI...


EM SUA ASA DELTA – SOBRE A PRAIA DO PEPINO



EM SUA ASA DELTA – SOBRE A PRAIA DO PEPINO

Uns dizem que eles tem todo tino
Outros acham que é só um desatino
Sobrevoar todo domingo a praia do Pepino
Vão voar
Vão pelo ar
Ícaro, Dédalo dos novos tempos...
Ação em asa delta!

Uns dizem que eles tem todo tirocínio
Outros acham que é quase um suicídio
Soltar todo domingo da Pedra Bonita
Vão voar,
Vão pelo ar
Fazem no vento a condução
a direção na asa delta!

Uns dizem que eles tem todo tirocínio,
Outros acham que é quase um suicídio
Uns dizem que eles tem todo tino,
Outros que eles tem um desatino
Sei que todo domingo aptos sobrevoam São Conrado
intrépidos se salta em asa delta!




EM RIO DAS OSTRAS - SÉRIE OUTROS LUGARES QUE ADORO NO RJ nº 3








EM RIO DAS OSTRAS


Em Rio das Ostras,
a única pérola lá, talvez, seja a própria praia
ou cada menina que nela venha se banhar ou bronzear.

Em Rio das Ostras,
um palco arenoso há, de gente sedenta de veraneio
ou de pessoas que cálidos romances venham (ob)ter .

Em Rio das Ostras,
têm-se um santuário terreno: para nós pobres mortais espirituais,
quando precisamos muito de recrear e de nos revigorar.

Em Rio das Ostras,
têm-se um paraíso terrestre: para nós que o Divino procuramos,
quando parece a confirmar ou o criacionismo ou o panteísmo...

PARATY - PARA TODOS - SÉRIE OUTROS LUGARES QUE ADORO NO RJ nº 2


PARATY PARA TODOS

Muitas vezes não sabemos
Se queremos urbe, praia ou campo
Imagine uma que é cidade histórica
Com seu casario colonial em suas linhas arquitetônicas.
Imagine uma que tem praias aprazíveis
Para seus caiçaras e turistas de veraneio
Imagine uma que é campo em seus engenhos
Resguardados imemoriais de um passado agrário.
E ainda se é gregário com tantas gentes recebendo como agregados.
Que tem agrado de sua beleza e riqueza ímpar – essa é Paraty,
Que é para quem quiser para ti, para mim e para todos.
Jamais te esquecerei Paraty de um dia com sua festa de folia de reis
E te fiz um pouco minha com meu deslumbre
Que é passeio, banho cultural, recreio pessoal
Que trago em mim
de suas ruelas, igrejas, cachoeira,
alambiques, ondas calmas.
E tudo que pude emergir
embevecendo meu ser...
E a quem mais quiser...



FOTOS DIGITALIZADAS EM SCANNER
EM PASSEIO A PARATY NOS ANOS 80
COM PAPI DONÁRIO, MAMUSCA LUCIA
E MANA DRI ( ADRIANA )
- OS BONS MOMENTOS GUARDAMOS EM NÓS 
E REVEMOS EM FOTOS AINDA QUE NÃO TÃO
BOAS COMO AS ATUAIS DIGITALIZADAS

CLICAR EM CIMA COM O MOUSE PARA
AS VER MELHOR...




  















TERESÓPOLIS - APONTADA POR DEUS, CIDADE MULHER - SÉRIE OUTROS LUGARES QUE ADORO NO RJ nº 1



TERESÓPOLIS - APONTADA POR DEUS, CIDADE MULHER

Caetano Veloso cantou
que é apaixonado por uma menina-terra
( que é Terra-Gaia, de nosso planeta ).
Cativado, meloso, cantaria,
que sou apaixonado por uma menina-serra
( que é a Serra dos Órgãos, em nosso planalto ).
E como que apontada pelo maciço do pico do dedo de Deus,
lá no altiplano, mulher-polis(cidade), mais pertinho dos céus,
foi-me acolhedora em minha fase mais dourada da juventude:
carioca que sou sob o sol de país tropical da canção de Jorge,
sendo Flamengo, não tinha uma nega chamada Teresa. Mas...
encontrei-te Teresópolis, na friagem mais calorosa que dispus!
Feminilidade como que materializada no monte mulher de pedra...




De mãos dadas a ela, desfrutei em seus points, encantos:
na chegada, ritual de beber de sua límpida água da fonte,
que necessariamente tinha que ter nome de mulher: Judith...
Caminhava em trilhas aquosas, espumantes, entre pedras e limos,
refrescava-me em cascatas e na piscina de água cristalina natural,
nas visitas aconchegantes a relva do parque da Serra dos Órgãos.
Passeando em suas ruas e praças, belas graças, congregava-me.
Pairando em sua urbana face, anda-la em bicicleta ou carro;
algumas vezes como que bucólica, de cavalos e charretes andava.
Na cascata do Imbuí, a beleza estonteante na vertigem da queda.
Hora de ir embora, a obrigatória Parada Modelo, fazer lanche frugal.
E a optar na parada do mirante soberbo, mirar ao arrebol, ao longe,
as luzes ao redor, que me parecia uma grandíssima aurora-watt!



Tempo passou, vendido apartamento, tudo é tão vago e lívido;
Teresópolis ficou em memória de momentos de alegria e alívio:
após tudo, como descansava no edifício de frente ao Hotel Higino,
higiene mental, após agruras de duras horas passadas na capital!
Eis que de repente, por ironia (ou data vênia) do destino achei,
no Rio, a mais belíssima filha da serra-e-terra - em corpo-e-alma!
Ela, que não era nem cidade ou montanha, tinha forma humana,
deslumbre feminino, mavioso, maravilhoso, maior que já vislumbrei.
Como quis a ter: não era Teresa, mas era cria criatura de Teresópolis
- mas que pena! Ela também ficou só em minha doce lembrança...
Eu que queria ter a esperança de viver grandioso amor, graciosa vida.
Que me levasse mais perto da paz celeste, de um claríssimo céu,
como fez um distante dia benquisto, Ó! Teresópolis tão bem-querida!

P.S. Não está ao mar, Serra dos Órgãos...
Não poderia jamais ser um errante navegante,
que a encontraria em um oceano tão distante.
Como está em terra,
se a descobrisse, como um errante viajante
bradaria numa alva esperança alvissareira:
- Serra à vista!


FOTOS DIGITALIZADAS POR SCANNER
DE PASSEIO ANOS 80 A TERESÓPOLIS
ONDE MAMA TINHA AP. NA ÉPOCA
- SAUDADES IMENSAS DESSES
TEMPOS NA CIDADE- MULHER
-FOMOS POR UNS TEMPOS CASADOS
COM ELA, NÓS DO RIO DAS PRAIAS,
VIRAMOS MEIO QUE SERRANOS
NO SEU CLIMA MAIS FRIO!

CLICA EM CIMA DAS FOTOS PARA AS VER
MELHOR - E PERDOEM NÃO SEREM TÃO BOAS
COMO AS ATUAIS FOTOS DIGITAIS