OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

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OBS. AUTORAL: QUE NÃO SE ESQUEÇA QUE HÁ UMA LEI DE DIREITOS AUTORAIS. CASO QUEIRAM REPRODUZIR, GUARDAR E OFERTAR A ALGUÉM ALGO QUE ESCREVI, ESTEJAM A VONTADE, PORÉM PEÇO DAR O CRÉDITO DE AUTORIA A MIM. NADA MAIS JUSTO, EVITANDO PENDENGAS JUDICIAIS. NÃO ESTOU DESCONFIANDO GENERALIZADO DAS PESSOAS, MAS SABEMOS QUE HÁ QUEM UTILIZA ATÉ INDEVIDAMENTE O QUE NÃO É SEU, SEM DAR O DEVIDO CRÉDITO CONCORDAM?

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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































26 de fevereiro de 2012

O TEMPO PAROU NAQUELA NOITE




O TEMPO PAROU NAQUELA NOITE

A nossa primeira intima inteira madrugada
Decidida passada noitada juntos.
Descobrindo a cerne, sentindo na carne
Na pele as delícias sensoriais de nós dois, a dois.
De principio os indícios que uma fissura
Nas caricias pelo tato, o contato, o olfato,
Atmosfera propícia, tudo o mais fez parte do fato.
E de lânguidos olhares a se encontrar
E se perdendo em beijos de paixão.
Até a consumação. Em comunhão.
Quando a vontade de ti virou de si.

Como bolero dois pra cá, dois pra lá,
No vaivém de uma explosão de combustão,
mesclada com exposição de afeição.
O quarto espelhado refletia os corpos
Que se davam, e foi bem mais que se imaginava,
O desejo como ingrediente do amoroso,
Veio translúcido, até no bolinar de bólido sólido,
Mas de sutil emoção de amor na voz, em vida.
Lá fora distante ficou o mundo
Ao fundo com suas dores e dissabores..

Jamais se perde, porque foi gostoso ademais.
Do querer mais e agora mais não.

Inesquecível sensação. Guardada ocasião.
Pararia o tempo naquele dia.

E o tempo parou naquela noite...

25 de fevereiro de 2012

CAFÉ DA MANHÃ COM AMOR E ARDOR







CAFÉ DA MANHÃ COM AMOR 
MANHÃ BEM CEDO...
Se acorda de mente relaxada
Imaginação acelerada
E com apetite voraz.
Nessas horas quem sabe possa acontecer,
apetecer do café com amor? E com ardor!
Rimando... Primando...
Pão com tesão, paixão.
Queijo com beijo, desejo.
O chamego com aconchego...
Dengoso ainda que com a cama mal arrumada,
o cabelo desgrenhado,
O corpo de inicio meio que em desacordo.
Que será que faz com esses fúlgidos raios de sol arrebol,
Nos faça desperto mais quentes sobre o lençol?
Cada manhã do amanhã com tempo de ainda se querer
entregar ao outro a bandeja, dar na boca a cereja,
o melhor de tudo dar seu pedaço sem cansaço.
encher a xícara do líquido que alimenta
o esmero do cuidado e ao fim consumir-se a dois,
deleite além do café, do leite, da manteiga, do requeijão
que sacuda da lerdeza num convite de gamar ainda sem fim
do açúcar a energia da vontade matinal...
Trazendo mais energia ao dia que dá suas caras...
sob a volúpia que renasce ao descerrar os olhos
que enxergam aquele rosto e o corpo amante dali por adiante
beakfast in love e radiante o quer para dar um...
Bon jour mon amour...
e depois curtir juntíssimos mais um amanhecer!!!

22 de fevereiro de 2012

BOM DIA, DIA BOM





Bom dia!
Dia bom se tenha...
Tanto o bem como o bom se obtenha.
Bom dia cordial que se cumprimenta,
o melhor de manhã já se deseja.
Dia bom consensual que se congraça,
Consagra no alvorecer que se enseja.
Esteja sua vida como esteja,
seja da forma que seja.
com as melhores intenções,
Sobejar com as maiores interações.

Um bom dia de bons eflúvios a se reportar,
Um dia bom de bons fluidos a se repartir.
O dia nasce muito além dos raios de sol no poente exterior,
É quando resplandece, o sente no raio do nosso mundo interior.
O dia chega com a esperança da bonança
O dia rega de perseverança com que se lança.
O dia nasce e vem solar ou nebuloso ou chuvoso
mas, destarte do banal, do fatal e do que ruim aconteça, pereça,
ele tece diáfano transpassando do duro impuro cotidiano.

Cada dia é um passo a mais de nossas existências
Que segue no tempo cada experiência, em excelência.
O dia que se inicia é mais uma página que se propicia
de nossa história em mais um capitulo ate chegar no epílogo.
Mas não como um “ Bonjour tristesse” de Françoise Sagan -
que venha e tenha frescor e cor de alegria no dia que renasce
Em cada lance,dando-nos uma nova chance, mesmo seguindo na rotina.
Mas fique bem claro que um novo dia como vem, ele se vai,esvai.
“Carpem die” –aproveitem o dia já se diz em latim. Faça do dia um sim.
Proveitoso, promissor, proeminente. O dia à feição da gente.

O dia é um dial que se sintoniza e não apenas passa, mas se eterniza,
Quando fica sua marca marcante – e se faça edificante dentro de nós...


O DIA DE HOJE É O AMANHÃ DO PASSADO
O DIA DE HOJE É O PRESENTE RUMO AO FUTURO

ENTÃO...

FAÇA DO DIA DE HOJE UM MERGULHO PROFUNDO NO PRESENTE
E DO DIA DE HOJE UM TRAMPOLIM A FUNDO EM SEU FUTURO...

20 de fevereiro de 2012

JOSÉ-ZEZINHO - O TEMPO SEM VENTO ( UM POEMA-CONTO)


JOSÉ-ZEZINHO – O TEMPO SEM O VENTO
( UM POEMA-CONTO )


PARTE I : O ZEZINHO-JOSÉ

Há tanto tempo que se passou...
Nasceu nosso personagem José.
Não gostava do nome, pois em diminutivo chamavam:
- ZEZINHO!
Preferia até Jeremias, a não ter diminutivo chamando-o.
Fez 9 ( nove ) anos já há tanto tempo atrás!
Perdeu até a conta na curva temporal.
Naquele tempo queria ir para a rua,
não deixavam – diziam ser avenida movimentada.
A toda hora perguntava-se com quem iria ficar,
quem cuidaria dele, faria o papel de babá
( não podia ficar sozinho em casa,
nem quintal, muito menos na rua! ).
Houve um avô, que no mesmo dia nasceu,
no dia de seus 9 anos, 90 redondos ele fez!
Pediram para ficar de olho no vovô,
Zezinho-José no alvorecer da vida,
não tinha paciência no pleno vigor físico no auge,
não queria, apenas aceitava, ser quase babá de venerável vô.
Hora de assoprar as velinhas, tinha um 9 para Zezinho,
tinha um 0, para acrescentar aos 90 do avô.
Falaram para ter um desejo no sopro,
sonhou o menino um rápido passar do tempo,
de ser logo adulto, mais velho,
sem depender de mais ninguém!
Gostava do avô – dele era seu xodó.
Mas tinha a impaciência infanto-juvenil
à velhice e suas conseqüências e seqüelas.

PARTE II: O JOSÉ-ZEZINHO.

Aniversários passaram tão céleres,
a juventude como que distraída,
se perdeu, ficou para trás.
Agora era o Sr. José, mas como tinha vontade,
de ser o Zezinho de tempos de outrora.
Quase na decrepitude, decadência,
fatal/idade.
Todos se perguntavam:
- Quem vai ficar com o vovô?
- Quem vai levar ao médico o vovô?
Santo Deus! Deu conta que era agora
o adulto que tanto sonhara, desejava,
e voltava quase o menino dependente de antes!
Seu corpo vergava, se escorava numa bengala,
e nenhum netinho o socorria!
Misericórdia! A mesma inflexibilidade,
aos limites do ancião, corpo que não responde aos reflexos.
Havia mais respeito antigamente...
essa geração impaciente o renega?
Não viu em menino a velhice que chegaria.
Quem na tenra idade a enxerga?
Aniversário chegou de seus 90 anos...
Eis que quis inverter para 09 anos!!!
Um pouco pela irreverência senil-infantilizada da vida.
Um pouco porque queria suas exuberâncias primaveris.
Um tanto porque voltava a infância na expiação outonal.
E lá se foi seu José-Zezinho, Zezinho-José,
no crepúsculo da vida ter de novo 09 em 90 anos de existência!


E COMO NO POEMA DE DRUMMOND SE PERGUNTA:


E AGORA JOSÉ????




MEGA VIGARISTAS MALANDROS ATIVISTAS


MEGA VIGARISTAS MALANDROS ATIVISTAS

Antigamente o que mais tinha:
O simples mero vigarista ativista,
o malandro de almanaque, de revista...
Sempre com um golpe em vista,
sobre quem chamava de mané otário,
dando o conto do vigário,
outros o golpe do baú.
E o faziam no apoucado:
Esses se contentavam com carne de chã
e até por uma grana miúda...

Mas hoje o que mais tem:
O sofisticado mega vigarista ativista,
Malandro do que se perde de vista...
É até de terno e gravata, que não faz bravata,
ataca o setor público e muitos grupos pessoais e financeiros.
Arquitetam a fraude contra o sistema,
planejam o desfalque milionário.
E o fazem no atacado:
Eles querem contemplam comer o filé mignon,
e só se for por grana a granel!!!



19 de fevereiro de 2012

HAVERÁ UM TEMPO – TRIBUTO A WHITNEY HOUSTON


HAVERÁ UM TEMPO – TRIBUTO A WHITNEY HOUSTON

Haverá um tempo, um momento:
Que será, seremos o melhor de nós, movimento em alento...
Que se brilhe, brilhemos como as estrelas no firmamento.
E que não nos percamos ao léu. Como despencando de arranha-céu.
Tão lindo era ouvir Whitney Houston cantando One Moment In Time

E ela se foi assim ao 48 anos sem razão sem porque,
sem respostas no azimute sem direção que azedou.
Ela uma diva que quedou porque talvez não se sentia “free/livre” como cantou!
E no entanto entretanto, nos encantou quando entoava em sua passagem terrestre.
Pássaro canoro feminino, ápice do sucesso, lá no fundo havia um recesso.

Mesmo assim nos deixa esse imprescindível canto num recanto de nosso ser!!!

Seu canto ecoará em nossos pensamentos e sentimentos terrenos
de quando passaste por aqui em seus sons & tons...

CASA – A PARTE QUE NOS CABE ( em subúrbio ou em outras áreas )




CASA – A PARTE QUE NOS CABE

( em subúrbio ou em outras áreas )

Quem anda pelas ruas e avenidas de bairros de subúrbio muitas vezes nem reparam, mas se deparam com um muro e um portão que por trás tem uma casa e não é capaz nem de imaginar o que há por trás destes de seus quintais: os dramas, as tramas, alegrias, aleivosias, a vida em seu cotidiano diário e suas histórias de antanho. É estranho, mas as pessoas se afastaram umas das outras e já não sabemos delas. Mas a casa tá lá, intacta e a se ver e o que nela o que couber.

Tenho duas casas a me marcar: a de meus pais e de onde fui morar após casar e descasar

A que passei a maior parte da vida, na Avenida Santa Cruz, em Padre Miguel, a qual, tijolo por tijolo, foi erguida com toda dedicação e abnegação, um solar idealizado pela pessoa que um dia meu por parte de pai disse que era 3 “M”: Mãe, mulher e médica, Dra. Lucia Matos. – Por conta de ser assim foi levando isso com afinco e nos proporcionou esse patrimônio que coube ao papudo paipai ajudar complementar. Ali crescemos e agora herdamos após seu falecimento. Desfazer da casa por necessidades e divisão familiar, faz um aperto de quem a enxerga além do bem material. Foi onde cresci como gente e era meu refugio e meu abrigo quando passei meus maiores dissabores e tinha um sabor especial de lar. Sim lar, a sentir assim quando queria afago e afeto junto a minha real família.

A que acabei em minha vida, é meu canto, meu cafofo, mas não sinto como a outra por ser de lar desfeito. Mas sei que tenho meu teto, meu espaço, só não a sinto como regaço, nas paredes frias da família segmentada, fragmentada, um q de solidão. Mas tem meu filhote, meu PC, minha cama para as noites frias e sem a preocupação do aluguel e onde morar, mas não a queria só pra habitar. Queria fosse iluminada e calorosa, do convívio familiar e amigo comigo. Mas não a mal digo, nem tendo uma vizinhança que mal me conheça e que tenha apreço. Mas o preço dela é simplesmente ver que consegui o que é apenas sonho pra alguns: a casa própria, ainda que não sinto disso toda sua glória. E nem sei se permanecerá por toda a minha história futura.

Outras casas têm suas próprias composições, seus núcleos, algumas com a cara de quem nela mora, e outras só pra ter pra onde ir. Quem casa quer casa diz o ditado, muitas são a concretização materialização palpável de um sonho a dois. Outras, só entreposto dormitório em que lá é só pro corpo um canto sem ser recanto e ter encanto. Casa pode ser descasada de nosso mundo afetivo, outras são como parte a parte de nosso ser e existir, e a receber e ser recebido, bem-vindos de quem faz dela a arte do bom convívio, aberto de portas abertas...

Que possam cada um de vós fazer de suas casas, lares, lugares em extensões de sua paz de espírito e conforto e reconforto... Seu minifúndio próprio. E morada de seu descanso e intimidade com felicidade!

SALVE A MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL...


SALVE A MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL...

Domingo de carnaval, agora um tempo que não há mais: a expectativa da MINHA escola de samba ser a vitoriosa na Marques de Sapucaí. Sim, eu que sou um carioca atípico de não ser tão chegado assim a carnaval e samba, no entanto havia uma época que afloria mais o carioca típico:

Torcer por uma especial agremiação. E afinal qual era???

ERA... ERA...

A MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL!!!

Houve um tempo, que de pequena, ela se transformou em escola de primeira, culminando no título de 1979 com o enredo “ O descobrimento do Brasil” – nessa época minha família foi morar na Avenida Santa Cruz em Padre Miguel, ou seja, do outro lado onde era a Mocidade na Vila Vintém, morávamos no lado digamos mais “classe media”, no entanto não tinha como não deixar de entrar no clima.

Em especial quando havia a apuração, a cada nota 10, nota 10, a torcida ferrenha pela Mocidade. Quando ela ganhou, vi o povo em massa indo em direção a quadra e fui junto. Sim, fui junto, vi a festa inloco de euforia, no calor de sua sede, na entrada da Vila Vintém.

Uma festa e folia só, samba de carnaval em plena quarta-feira de cinzas, a Mocidade finalmente vitoriosa, e fazendo parte do panteão das campeãs. Deve-se lógico a entrada do bicheiro Castor de Andrade, que trouxe suporte e condições para tal. Mas a Mocidade tinha garra e tinha a sua marca especial...

A BATERIA DA ESCOLA DE SAMBA DA MOCIDADE!

E mestre André seu regente, célebre desde que criou a "paradinha", e que fazia pulsar mais a bateria. Fui algumas vezes na quadra e vi como essa bateria contagiava, até eu tive meu momento sambailando a meu modo se arrastando! - rsrs. Mas a bateria pulsava e a escola brilhava. E como!!!

Hoje a Mocidade luta pra não ser rebaixada pro grupo-B, não dá pra torcer como antes, mesmo assim fica em nós esse gosto de samba, suor e carnaval e que tinha na Mocidade em mim sua marca sambista interior...

E POR ISSO GENTE.... SALVE A MOCIDADE!!!!





Com vocês o samba-enredo e o desfile"Descobrimento do Brasil
do primeiro e inesquecível
título de 1979 da minha, da nossa Mocidade!






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SUBURBANO E DE PADRE MIGUEL SIM... E DAÍ???




SUBURBANO E DE PADRE MIGUEL SIM... E DAÍ???

Desde que me sei como gente, fui criado em Padre Miguel e na Zona Oeste do Rio. Ao contrário de muitos não vi nada demais nisso e não me acho tão inferior assim se não estou num escalão a frente, face o bairrismo, sendo filho de médicos e com nível superior. Sempre senti que há sim, quem está mais a Zona Sul um nariz torcido de quem vem de lá ( de cá). Só que ao contrário desses elitistas acham, nem todos lá são desarrumados, tem casas de vila ou favela, falam alto e são deseducados. O autor que mais pega firme nessa visão distorcida é Gilberto Braga na TV GLOBO.

Como esquecer que em “Dona Xepa”, ele destila pela personagem filha da protagonista, vivida por Nívea Maria que seu pai não deve ser o autor dos depósitos em Quintino: - Como pode alguém ter dinheiro num lugar destes??? Fala a arrogante personagem que é o que o autor considera. Tem sim seu autor, tem comerciantes, advogados, médicos, professores, etc. Não há milionários??? Mas afinal esse país é destes?

Importante é sairmos da linha da pobreza absoluta na classe média, não necessariamente termos que ficar ricos. E quando o filho de Dona Xepa ao achar que a mãe tem que mudar da Vila onde mora – pq suburbano tem que morar numa na concepção distorcida dele – ele quer a levar pra Barra da Tijuca ou Zona Sul. Pq??? Em subúrbio por acaso não há casas condignas pra quem melhora de vida??? Sim, não há mansões, mas há sim boas casas e até casarões. Conheço uma pessoa que ganha bem em Furnas que não troca por nada a sua confortável casa acolhedora de seus reais amigos em Realengo, por lugar algum que seja e isso se repete se querem saber com muitos que tem boa renda ou tem nível de escolaridade.

Mas deixemos esse viés classe média do subúrbio e mesmo entre o dito povão, há gente espontânea, expansiva, mas educada sim também. Há gente humilde, mas que respeitam as pessoas. Há sim muita dita “gentinha”, desbocada e desrespeitosa, mas não há esnobes e evasivos das classes abastadas. Mas quer saber? Tanto na elite como nas classes populares há gente boa e má, fina e grossa. O que há que por lá se tem uma cultura mais generalizada, moldada a se ver com “finesse” e profundidade ao se tratar as coisas. Mas não é por ser do subúrbio e alguém da Zona Sul que haverá um abismo que não seja mais pro econômico. Mas comportamental-e-cultural nem sempre tão ao longe, diga-se de passagem.

Essa disparidade e diáspora Suburbanos incultos desvalidos X Zona sulistas refinados milionários é um tema que me irrita nas novelas e porque não na vida real. Aceitemos as diferenças e quem faz a diferença seja onde for. A pecha de suburbano como viesse de um “FARWEST” ou favelão é absurda e preconceituosa. Como houvesse um fosso monumental de quem se acha superior por viver em certas áreas e ter tido melhores oportunidades ou estarem melhores situados ou por terem uma capacidade a mais. Não importa, todos somos seres humanos e no final das contas da existência todos viraremos pós iguais em terra rasa. Baixem a crista e lembrem que Cristo era humilde e o cultuamos como paradigma humano maior.

Sou suburbano de Padre Miguel sim... E daí???

E para seu Gilberto Braga e outros fidalgos elitistas bairristas da Zona Sul, aí vai uma coisa inimaginável pra eles na Zona Oeste do Rio de Janeiro... Uma casa que não é de vila ou favela e nem é um cortiço!!!

18 de fevereiro de 2012

SERTÃO, RIO, RIBEIRA, RIBEIRÃO - PARA UM POVO RIBEIRINHO

















“ SERTÃO, RIO, RIBEIRA, RIBEIRÃO ”
- PARA UM POVO RIBEIRINHO

Todo destino daquela gente
está na beira do rio,
da ribeira, do ribeirão.
O fator fundamental
que move toda aquela gente,
está na beira do rio,
da ribeira, do ribeirão.

Na boca do mato,
na boca do sertão,
em vilarejos e casebres
nesses confins Brasis:
Do Jequitinhonha ao norte-nordeste,
em tantos outros mais.
À margem do mundo ficam,
em imobilismo social
( até acontecerem novas
cabanadas, cabanagens,contestado e canudos?).

E seguem na rotina
de dependência:
do rio, da ribeira, do ribeirão.
Que para eles é sinal de vida,
de sobrevivências de suas vidas.
Na seca, ainda mais, é a salvação...
Mas em enchentes , é a destruição!
E de doenças endêmicas
de sonhada erradicação.

Segue então resoluto, resignado, simplório
( e esquecido ) povo ribeirinho.
Que faz a popular arte no folclore;
no barro, nas figuras dos artesões.
E que procuram uma melhor sorte:
além do ouro, nas pedras
de turmalinas, águas-marinha, esmeraldas
à pedra-mor, diamante...
E é - ou não é - ilusão?

Em geral, seguem suas sinas
rio, ribeira, ribeirão,
no mais alto sertão...

E é na beira do rio, da ribeira, do ribeirão
( ainda que barrentos )
que as lavadeiras lavam as poucas roupas que têm.
Que lavam o corpo, matam a sede;
se disserem que pouca higiene há
- como e o que fazer então?
E é da beira do rio, da ribeira, do ribeirão.
que partem suas embarcações.

E é dessas águas
que enchem açudes,
que ainda movem moendas, monjolos
e outros primitivos maquinários
( mas hoje, além de geradores,
já geram energia em modernas barragens ).
E que bebe o gado, pescam peixes.
E que irrigam a cana caiana e tantas outras plantações.

E que irriga toda esperança
( que engana ou não?):
que o rio vai trazer,
boas notícias,
bons tempos.

Aos que dirão:
- Aqui resisti
e tenho os frutos que criei:
do paupérrimo, da fome
ao próspero, da fartura

( e que não será ledo engodo ou devaneio...).

Por enquanto,
seguem a sina e rotina
do sertão, rio, ribeira, ribeirão...

Que é vida para um povo ribeirinho...

Ribeirinhos...




Lavadeira de rio...



TRANSPORTE DE GENTE?




TRANSPORTE DE GENTE?

Quantas pessoas
andam dia-a-dia nesses trens?
Quantas pessoas
cabem dentro desses trens?
( e de muitos ônibus também?!)

Como diz Zé Ramalho:
é uma vida de gado,
é um povo marcado,
mas é um povo feliz!
Mas por um triz,
pode ir contra a diretriz
e um dia certa cizânia começar...
Como foi num quebra-quebra em São Paulo,
contra o descaso de mais um trem descarrilhado...
E agora no Rio de Janeiro,
por mais uma vez ser tratado com descaso...
Como uma represa que se solta, é a revolta que envolta
de quem está vivo e é digno,
e não pode parecer “sardinha enlatada”!
De quem se cansa mais na viagem do que trabalhar!
que os amassa...
que os estressa...
que os ensopa de suor!
Ali é transporte de gente?
Pensam que a gente é mané?!

Quantas pessoas
andam dia-a-dia nesses trens?
Quantas pessoas
cabem dentro desses trens?
( e de muitos metrôs e ônibus também?!)



Há tempos escrevi sobre uma confusão em trens em São Paulo e agora tempos depois ocorre em 9 de fevereiro de 2012 aqui no Rio. O tempo passou e nada mudou, tratam cidadãos por serem comuns meio que como gado, como na canção de Zé Ramalho, isso em qualquer esfera, como é nos paus-de-arara dos sertões, nos descompassos em aeroportos de avião, metrôs abarrotados de pessoas, rodoviárias de ônibus. Nos meios de transporte é onde mais verificamos o desprezo das autoridades, até porque elas não usam, então apostam num povo ordeiro, mas tudo tem seu limite e às vezes extrapola, como nessas confusões descritas em letra e em foto.

No geral é aquela lata de sardinha vista na foto inicial. Quando eles nos verão como pessoas dignas de serem tratadas? Neste país dificilmente, enquanto os que podem mudar vão em seus carros com ar condicionado e até helicópteros e aviões particulares. E assim seguimos como fossemos povo raso, tratados pior que cachorros vira-latas. Uma pena que não tenhamos em pleno século XXI um meio de transporte condigno das mínimas condições humanas de se locomover e acabamos mais cansados dessas viagens tortuosas e torturantes de que trabalhar...