Um
dia como outro qualquer,
calçados
trafegavam nas calçadas,
tantos
pessoas passavam,
- anônimos a parecer autômatos -
naquele
compasso de muita pressa,
que
é a roda viva para sobreviver
-
rotina do cotidiano -
em
meio a tantos carros, motos, ônibus
exalando
o gás carbônico de cada dia...
- quando...de
repente! -
parecia
que a cidade parou
para
ver uma garça pousar...
Ela,
como que impávida, indiferente estava ali,
a
pureza em meio ao cinza de tantos arranha-céus,
numa
tamanha selva de concreto;
fazia-se
pensar: Por que razão estaria ali?
Não
perceberia ela estar
tão
longe de seu habitat?
Rodeada
de olhares curiosos,
muitos
pareciam estupefatos até!
Talvez
porque se moldaram
a
não mais conviver
com
a natureza viva ali...
E
aquela garça
parecia
ter as letra trocadas
no seu nome:
é a
graça do belo
Já um
outro dia,
um
outro dia como outro qualquer,
agonizante
mamífero aquático,
que
seguindo correntes marítimas,
veio
ali na areia da praia atracar,
longe
de seus mares habituais...
É uma
baleia gigantesca
-
porém impotente – diante do lucro
[dos que a vem caçar;
Um
arpão certeiro
[sempre está a mirar;
tudo
por querer respirar o ar
como
outro ser qualquer...
Ali
ela chegou na orla
(
aventou-se )
como
se fosse um mártir
(
cogitou um cientista )
como
que suicidando-se
(
haveria raciocínio? )
pela
preservação e perpetuação
de sua
espécie animal...
Seria
um engano ecológico,
esses
tirocínios animais?
Poderiam
ter um instinto
de
avisar que elas existem e são exterminadas
e
podem por isso se extinguir?
Para
muitos foi só um desvio de rota.
O que
importa: a natureza presente a nos alertar!
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