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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































15 de janeiro de 2011

BIG BROTHER DA VIDA REAL




BIG BROTHER DO (IN)CONSCIENTE COLETIVO


Qualquer um, em algum dia,
de alguma forma, foi voyeur de algo ou alguém vizinho,
um tanto solitário como o marido do filme “Esposamante”
( quem não foi que atire a primeira pedra! ).

Que se resuma : quer (re)ver o objeto do desejo ou ensejo cotidiano.
Mas quem o discrimina, ao que reverte, a si não se reprima...

De soslaio faria, instantâneo entreolhar.
Pela fresta da janela quebrada ou semi-aberta-e-fechada.
Pela fenda na parede, rachadura no maciço de concreto.
Pela fechadura da porta, fechada em pudor resguardado.
Pela abertura da porta, entreaberta ou escancarada,
ocultando-se como observador ao despudor descerrado.
sejam involuntários ou impulsivos,
impelidos a mirar e admirar...

Quem nunca paralisou a si mesmo,
como estátua silenciosa,
para resguardar o segredo,
de que é secreto a atenção redobrada?
É como buscássemos o espiar,
retrato da vida real como novela,
novelo tricotando um painel de paixão,
pela vida em humanidade e sociedade...

Quer sempre a distinguir,
do que é mero fofocar :
esta é pela maledicência,
rastreio pela maldade incutida e incontida,
expelir num veneno (i)moral,
destrato  incônscio ao semelhante,
dissolução em valores dissolutos, resolutos no descaso de inversão,
do confucionismo do “ Não façais ao próximo o que não quer que vos faça...”
 
Quem assiste o “BIG BROTHER BRASIL”,
onde se encaixa, onde se enreda?
Contraditório como todos somos,  faz-se da casa/cenário,
um questionar se somos seres gregários ou desagregadores...
Alguns se envolvem, com os personagens em forma de pessoas,
copiam ou codificam em jogo da vida competitiva ou associativa...
Outros se enlaçam com as personas, da busca de fama e fortuna,
coroam ou identificam-se na vida instintiva ou sectária...

Quer assistir o que é reprodução de nossa mesma ação e reação.
transe absorto de tele-expectador, reverencial,
esmiuçar em nossos meios, as miudezas e grandezas descomunais.
Haverão os que, em diatribes verbais, sem ressentimento de alma,
a maldizer as mazelas das interelações h(dês)umanas.
Ou Big Brother’s dos (in)conscientes coletivos espelhados,
da colcha de retalhos  de nossos instintos revolvidos,
a revelar-se em catarse de nossa curiosidade ancestral...

Quer assuntar o que é a(re)provação de nossa ilação,
lance absoluto de tele-interagir, referencial,
expandir de nossos modos de ser, cordial ou cáustico.
Haverão os que em revanches virtuais,
trazem recriminações sem sentimentos de culpa,
a malfadar as malvadezas das intercorrelações insanas.
Ou Big Brother’s interpolados do punitivo e/ou impositivo,
da choldra, de rebotalhos de nossos intuitos revoltos,
a resvalar em controlador da ética e moral comportamental...

Qualquer um, em algum dia,
de alguma forma foi juiz do juízo na vizinhança,
não tanto totalitário como o “BIG BROTHER de George Orweel”
( quem não foi ature na última espera...)
 Que em suma: o voyeur solitário é transposto no “Big Brother comunitário”.
Mas quem recrimina, o que a si mesmo não incrimina?


Mais um dito "Big Brother Brasil" começa neste janeiro de 2011 na Rede Globo de Televisão. O Big Brother original do livro de  George Orweel "1984" era para fins totalitários de controle do ser humano. A idéia do programa, nesse ponto, felizmente, não é essa. No entanto já se parou pra pensar que é para incitar maledicencias constantes, competições egoistas, voyerismos eróticos e outras formas da pequeneza humana e se ver como um espetáculo de posturas impróprias e  alguns dos piores instintos humanos? 

Os valores ali jamais são os melhores. Muitas vezes acabaram dando a vitória aos mais bonzinhos e pobrinhos, mas se for ver nos comentários por ai, o sucesso são os que fazem ardis para se dar bem, os ardorosos lascivos, os acinteiros incisivos que trazem discussão banal. Como fosse um anti-Brasil cordial, afinal de que vale para nós expectadores? 

É evidente que o formato do pragrama é bem elaborado, magnetiza, quantos paredões a gente acaba indo ver? Mas no final das contas rolam milhões de dinheiro por trás, para se ver a deformação dos principios morais e sentimentais. Não estou aqui a propor seu fim, mas posso afiançar: é um programa que não nos engrandece em absolutamante nada!!!




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