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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































16 de janeiro de 2011

AMORES EM ALGUM LUGAR DO PASSADO ( EM FILME E REAIS ANTIGOS AFETUOSO E ANTAGÔNICO )

AMOR EM ALGUM LUGAR DO PASSADO


Em algum lugar,
no tempo, deve estar,
um amor maior que possa se encontrar...

Um amor assim,
        com esplendor,
amor sem dor do que se passou...

Mas se ficou, no limbo do passado,
poderia nessa vida ainda consumar-se?
Ou será que se viverá
em outra reencarnação
     ou
em outra dimensão?

Apesar da grandíssima fantasia romântica, não há como não negar que é lindo  o filme "Somewhere in  time", no Brasil com o titulo " Em algum lugar do passado". Sobre um amor além do tempo, em algum lugar do passado, no qual o personagem principal volta no tempo para viver um grandíssimo amor pleno numa época atrás de seu tempo. Abaixo a música-tema  emocionante do filme, de John Barry, compositor instrumental de diversos filmes, entre outros "Dança com Lobos". Quem pode sobreviver sentimentalmente sem se tocar a ouvi-la? Tentei fazer acima uma letra para ela. Segue também outro vídeo com cenas do filme, incluindo outra linda tocante melodia - do compositor russo Rachmaninov - " RHAPSODY ON A THEME OF PAGANINI" - que faz importante parte do filme - cujos atores principais estão no quadrinho acima...

   


 


Mas se o tema o filme é fantasioso, muitas vezes um amor real pode vir a ficar no passado. É estranho, doloroso, tristíssimo, um dia estar vivendo um amor maior e do nada ele ficar na linha, no limbo do passado. Por mais que se supere, lá no fundo vaga as suas memórias e se for algo bem acabado, até sobreviver algum sentimento. Mas se mal acabado e pior, mal resolvido, ai não.Por isso seguem versos sobres amores do passado: o do bem, afetuoso - que se fosse romance de livro uma página virada e outro, para o mal, antagônico, seria página rasgada!

 

Diga lá: Quem nessa vida não tem um amor em algum lugar do passado? Deve ser lindo e maravilhoso quem tem um desde novo, da infância ou juventude, o primeiro e único e eterno, até o fim de seus dias! Mas no geral, algum ficou para trás na linha do tempo e só nos resta apenas lembrá-los, os deixando a principio onde estão: NO PASSADO!

 AMOR ANTIGO – AFETUOSO



Amor antigo  –  afetuoso...

Ainda lembro de seus tesouros:

só jóias raras, que me eram caras.

De cada riqueza sua em sutileza,

porte de realeza, minha princesa.

Mas virou tesouro perdido,

não sei em que ilha escondido,

não sei se um corsário dele se apoderou!

Não sei se ainda deveria a buscar,

cadê o mapa da mina-menina?

Sei que, se me abrilhantou,

me entristeceu quando para trás,

no passado ficou, descontínuo.

E os valores das coisas mudam,

avaliações e medidas modificam.

Nosso tempo talvez se foi,

na espiral elíptica do tempo,

na roda viva da vida corrida.

Mas será que tête-à-tête,

cairia de novo em sua rede?

Sei que sinto tua sede,

sinto-me mais pobre de espírito,

de não lhe ter ao meu lado,

sob o ar que respiro,

do mundo que não compartilho.

A nostalgia se debruça:

na passagem da paisagem,

vem tua voz e imagem esmaecida,

se presença vossa segue distante.

A neuralgia me derruba:

mais uma vez talvez, estarrecida,

se perdida nossa seara adiante...


AMOR ANTIGO – ANTAGÔNICO


Amor antigo – antagônico:
lembro vivamente de suas pérolas...
Mas se houve acertos e arranques,
             houve acintes e achincalhes.
Incongruências de se ter e submeter.
Tudo se remediava no perdão, na compaixão,
acima de tudo no amor que tinha compreensão.
Mas não pestanejou de faze-lo órfão,
de paz e mão...
A paz que brecava, jaz em morte não anunciada.
A mão que buscava em vão tuas mãos fugidias.
Mágoa é lagoa ressequida:
do que era fonte de água,
restou uma terra seca,
não há mais de encontrar mananciais,
para reabastece-la.
Sendo arrevesada,
que não seja aqui no reverso do ódio:
mas o amor antigo é contíguo a dor desabonadora,
Tornando-o exíguo em seu pleno descortino,
fica descontínuo, não nos arremessando a um arremedo,
de um presente saudosismo, que traz só desilusão, ledo engano.
 


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