Há muito tempo atrás,
namorei, noivei e quase casei com uma descendente mestiça de afro-descendencia. Não encontrava nisso razão
de ser de não ser, de não ter, inclusive por ser tão educada e não como fazem em
retratos distorcidos brasileiros de discriminação!
Essa consciência sim é
maior: trazer pra sua vida e assim o fiz. Terminou-se porque quis se bandear a
terras gélidas estrangeiras canadenses, tive a sapiência e a ciência de não ir,
prosseguir com esse sonho que era só dela. Não meu, era só uma possibilidade
movida por circunstâncias complicadas.
Há quem diga que isso
não é referencial que o racismo preconceituoso não é tamanho assim no Brasil.
Quem imagina isso não enxerga o tamanho da diversidade racial no social
brasileiro a olhos vistos. E a convivência harmônica bem melhor.
E a gente se misturou gostasamente como diria Gilberto Freyre em cor e formas, até porque o que vale é o ser
humano que está atrás, Que pode ser negro, pardo, amarelo, acobreado, brancão,
o que for. Faço esse parêntesis pra ver como temos mais generosidade e
condescendência sim.
Ficava ocasional
preocupado sim, por ela, quando alguém a olhava enviesado por conta dessa suposta
diferença. Mas nos entendemos em pele e jeito, porém havia distorções de
propósitos que inviabilizaram essa família inter-racial acima de tudo e todos.
Depois foi uma cearense que casei e depois separei.
Ou seja, nunca fui
movido por conta disso. E ir a fundo um relacionamento mostrei desprendimento
de algo secular, uma aproximação acima da aversão. Teria tido filho com gosto
que fosse, moreno que viesse. Hoje tenho um de raiz nordestina do Ceará e me orgulho dele.
E assim é o país: de
todas cepas, de todas cores, não uniforme, mas que carrega essa miscelânea
miscigenada brasileira – tomemos essa conciência que somos tudo juntos e misturados.
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