Vendo Gonzaga é rever a grandiosidade de um artista popular, em sua origem mais que humilde, bem miserável até sua consagração acima dos estereótipos, que não deixa de ser uma história de superações do sertanejo cafuzo nordestino, que vence o duro mundo com a música até então renegada para o sucesso e depois um quase ostracismo e depois enfrenta o conflito do quase abandono ao filho rebelde, que depois unidos no sentimento e na música distintas que têm, mostra que amor de pais e filhos não se perde na ausência, pois em torno dos dois permanece, apesar do clima tenso por tempos e no reencontro, mas ao final consagra a união a reunião no palco e na vida acima das diferenças. Havia implícito a diferenciamento de postura, o considerado ( não se sabe se de sangue, mas assumido ) filho amargurado intransigente, não tinha aquela alegria contagiante paterna mas de consciência política-social e vinha de uma vida imposta e interposta no Morro de São Carlos, destino de tantos "paus-de-arara paraíbas cabeças chatas" que subvivem lá, e que pai e filho se viram as voltas como tantos.
Vendo Gonzaga um primor nacional de filme, ali tem alguns temas recorrentes sobre pai e filho e seus conflitos do Gonzagão e Gonzaguinha, preconceito social contra nordestinos, a vitoria do baião e do forró vira-e-mexe como ele dizia ser, os preconceitos contra os nordestinos e uma coisa que chamo de pé no nordeste - muita gente renega, mas o país que não espelha nele, tem alguma origem lá, como vejo gente falando mal e tem algum parente de lá, sua origem boa parte do Brasil se originou de lá tirando os imigrantes e os tipos regionais do sul. Chico Buarque escreveu letra que o avô era Pernambucano. Meu avô é sertanejo entre Bahia e Sergipe virou médico, mas a origem é de lá e agora meu filho tem essa estirpe só que mais branca de olhos azuis pela mãe Cearence, a digníssima ex-esposa minha da qual nunca citei aqui. . Coisa que foi a ele renegado no amor proibido pela filha do Coronel, branca pura. Só depois uma relação estável realizada teve Gonzaga com Odaléa, de suposta perdida dançarina ele se encontrou e a fez esposa inesquecível , só perdida mesmo pela tuberculose mal incurável em sua época. Só depois a com sua secretaria Helena, que não foi algo feliz.
Vendo Gonzaga um primor nacional de filme, ali tem alguns temas recorrentes sobre pai e filho e seus conflitos do Gonzagão e Gonzaguinha, preconceito social contra nordestinos, a vitoria do baião e do forró vira-e-mexe como ele dizia ser, os preconceitos contra os nordestinos e uma coisa que chamo de pé no nordeste - muita gente renega, mas o país que não espelha nele, tem alguma origem lá, como vejo gente falando mal e tem algum parente de lá, sua origem boa parte do Brasil se originou de lá tirando os imigrantes e os tipos regionais do sul. Chico Buarque escreveu letra que o avô era Pernambucano. Meu avô é sertanejo entre Bahia e Sergipe virou médico, mas a origem é de lá e agora meu filho tem essa estirpe só que mais branca de olhos azuis pela mãe Cearence, a digníssima ex-esposa minha da qual nunca citei aqui. . Coisa que foi a ele renegado no amor proibido pela filha do Coronel, branca pura. Só depois uma relação estável realizada teve Gonzaga com Odaléa, de suposta perdida dançarina ele se encontrou e a fez esposa inesquecível , só perdida mesmo pela tuberculose mal incurável em sua época. Só depois a com sua secretaria Helena, que não foi algo feliz.
Vendo
Gonzaga a mostra de uma disparidade da contrariedade de identidade, a
contradição entre o orgulho humilde e a necessidade de sair da ignorância e
indigência desse povo, que a época da escravidão, pouco foi lembrado, como
houvesse uma fronteira e isso inclui no sócio-econômico, como no cultural,
ainda mais das manifestações espontâneas capitaneadas pela sanfona do
“lua”, como carinhosamente Luís tinha e
que trouxe do seu velho pai Januário, que como boa parte dos migrantes faz, se
distanciou sem o tirar de si. O jeito turrão, que alguns ditam como “arretado”,
na verdade é uma força motriz que faz com que quebrem barreiras, intolerâncias,
a linha indigente ignara de sua matriz natal. A linha que os fazem
sobreviventes de um meio indigno da vida humana, que até hoje o povo segue em
seu destino tão menos de possibilidades de mudar que ele teve em lampejo, unindo até a um letrado que se fez letrista Humberto Teixeira e repercutiu sucessos em rádio, palcos, ao ar livre para multidões...
Vendo Gonzaga, saber um pouco desse ser humano único, de voz
forte, tez morena, talento ímpar, roupa típica. Imagine o desafio que foi num
Rio que absorvia essas levas sem se dar conta, algo aliás muito pouco explorado
na TV brasileira por exemplo que até hoje não os mostra em seu quantitativo.
Apesar de que como é comum a consagração de se dançar o forró e isso teve
origem nesse nordestino que trouxe esse som, mas que até anos 70 ainda se
torcia o nariz, muitos os acham apenas mão-de-obra operária e servil tipo
garçons e porteiros. Mas o mestre da sanfona e acordeão trouxe ao imaginário
popular, enraigando, enraizando ao gosto comum, até que no final dos anos 70,
uma leva de novos artistas nordestinos, consolidou a porta aberta por ele. A
consagração de um estilo até então dispare aos ouvidos sulistas. E viva Gonzaga
rei do baião arrasta pé, o pé no nordeste que ele trouxe de si e que sobrevive no imaginário de todos nós!
ALGUMAS IMAGENS QUE FICOU
DESSE SANFONEIRO CANTADOR
CABRA BOA DA MOLÉSTIA!
A UNIÃO FINAL DE PAI E FILHO!
ALGUNS SONS IMORTAIS NA VOZ INIGUALÁVEL,
E NO SOM IRRESISTÍVEL NORDESTINO PÉ DE SERRA
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