OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

CAROS AMIGOS VISITANTES, DEVIDO AO GRANDE NUMERO DE POSTAGENS DE TEXTOS QUE SE VAI FAZENDO, CASO QUEIRAM VISUALIZAR AS POSTAGENS MAIS ANTIGAS, DEVEM SE DIRECIONAR AO FINAL DESTA PÁGINA E CLICAR EM " POSTAGENS MAIS ANTIGAS". OU IR NO LADO DIREITO DO BLOG, VER ARQUIVO DE POSTAGENS MÊS A MÊS DO ANO E CLICAR NO TÍTULO POSTADO E ASSIM PODE-SE VER DIRETAMENTE - DESDE A PRIMEIRA POSTAGEM OU AS QUE EM SEQUENCIA FORAM POSTADAS - EX. OUTUBRO 2010, " AMORES OS MELHORES POSSIVEIS " ( A 1ª ) CLICA EM CIMA E VAI DIRETAMENTE A ELA. AGRADEÇO A QUEM QUEIRA SER "SEGUIDOR" DESTE BLOG E DE MIM E ADMIRAREI QUEM FIZER UM COMENTÁRIO QUE SERÁ SEMPRE DE BOM GRADO. GRATO A QUEM O FIZER, RAZÃO MAIOR DESSE ESPAÇO POÉTICO E REFLEXIVO.

OBS. AUTORAL: QUE NÃO SE ESQUEÇA QUE HÁ UMA LEI DE DIREITOS AUTORAIS. CASO QUEIRAM REPRODUZIR, GUARDAR E OFERTAR A ALGUÉM ALGO QUE ESCREVI, ESTEJAM A VONTADE, PORÉM PEÇO DAR O CRÉDITO DE AUTORIA A MIM. NADA MAIS JUSTO, EVITANDO PENDENGAS JUDICIAIS. NÃO ESTOU DESCONFIANDO GENERALIZADO DAS PESSOAS, MAS SABEMOS QUE HÁ QUEM UTILIZA ATÉ INDEVIDAMENTE O QUE NÃO É SEU, SEM DAR O DEVIDO CRÉDITO CONCORDAM?

O conteúdo é de direito reservado. Sua reprodução pode ser permitida, desde que seja dado crédito ao autor original: Sergio Matos de Souza - link do site: www.sergiomsrj.blogspot.com.br

É expressamente proibido o uso comercial e qualquer alteração, sem prévia autorização.
Plágio é crime previsto no artigo 184 do Código Penal.
- Lei n° 9.610-98 sobre os Direitos Autorais
.


UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































22 de novembro de 2012

VENDO GONZAGA - VITÓRIA AOS ESTEREÓTIPOS, BARREIRAS E INTRANSIGÊNCIAS - E O PÉ NO NORDESTE

  
Vendo Gonzaga é rever a grandiosidade de um artista popular, em sua origem mais que humilde, bem miserável até sua consagração acima dos estereótipos, que não deixa de ser uma história de superações do sertanejo cafuzo nordestino, que vence o duro mundo com a música até então renegada para o sucesso e depois um quase ostracismo e depois enfrenta o conflito do quase abandono ao filho rebelde, que depois unidos no sentimento e na música distintas que têm, mostra que amor de pais e filhos não se perde na ausência, pois em torno dos dois permanece, apesar do clima tenso por tempos e no reencontro, mas ao final consagra a união a reunião no palco e na vida acima das diferenças. Havia implícito a diferenciamento de postura, o considerado ( não se sabe se de sangue, mas assumido ) filho amargurado intransigente, não tinha aquela alegria contagiante paterna mas de consciência política-social e vinha de uma vida imposta e interposta no Morro de São Carlos, destino de tantos "paus-de-arara paraíbas cabeças chatas" que subvivem lá, e que pai e filho se viram as voltas como tantos.

Vendo Gonzaga um primor nacional de filme, ali tem alguns temas recorrentes sobre pai e filho e seus conflitos do Gonzagão e Gonzaguinha, preconceito social contra nordestinos, a vitoria do baião e do forró vira-e-mexe como ele dizia ser, os preconceitos contra os nordestinos e uma coisa que chamo de pé no nordeste - muita gente renega, mas o país que não espelha nele, tem alguma origem lá, como vejo gente falando mal e tem algum parente de lá, sua origem boa parte do Brasil se originou de lá tirando os imigrantes e os tipos regionais do sul. Chico Buarque escreveu letra que o avô era Pernambucano.  Meu avô é sertanejo entre Bahia e Sergipe virou médico, mas a origem é de lá e agora meu filho tem essa estirpe só que mais branca de olhos azuis pela mãe Cearence, a digníssima ex-esposa minha da qual nunca citei aqui. . Coisa que foi a ele renegado no amor proibido pela filha do Coronel, branca pura. Só depois uma relação estável realizada teve Gonzaga com Odaléa, de suposta perdida dançarina ele se encontrou e a fez esposa inesquecível , só perdida mesmo pela tuberculose mal incurável em sua época. Só depois a com sua secretaria Helena, que não foi algo feliz.

Vendo Gonzaga a mostra de uma disparidade da contrariedade de identidade, a contradição entre o orgulho humilde e a necessidade de sair da ignorância e indigência desse povo, que a época da escravidão, pouco foi lembrado, como houvesse uma fronteira e isso inclui no sócio-econômico, como no cultural, ainda mais das manifestações espontâneas capitaneadas pela sanfona do “lua”,  como carinhosamente Luís tinha e que trouxe do seu velho pai Januário, que como boa parte dos migrantes faz, se distanciou sem o tirar de si. O jeito turrão, que alguns ditam como “arretado”, na verdade é uma força motriz que faz com que quebrem barreiras, intolerâncias, a linha indigente ignara de sua matriz natal. A linha que os fazem sobreviventes de um meio indigno da vida humana, que até hoje o povo segue em seu destino tão menos de possibilidades de mudar que ele teve em lampejo, unindo até a um letrado que se fez letrista Humberto Teixeira e repercutiu sucessos em rádio, palcos, ao ar livre para multidões...

Vendo Gonzaga, saber um pouco desse ser humano único, de voz forte, tez morena, talento ímpar, roupa típica. Imagine o desafio que foi num Rio que absorvia essas levas sem se dar conta, algo aliás muito pouco explorado na TV brasileira por exemplo que até hoje não os mostra em seu quantitativo. Apesar de que como é comum a consagração de se dançar o forró e isso teve origem nesse nordestino que trouxe esse som, mas que até anos 70 ainda se torcia o nariz, muitos os acham apenas mão-de-obra operária e servil tipo garçons e porteiros. Mas o mestre da sanfona e acordeão trouxe ao imaginário popular, enraigando, enraizando ao gosto comum, até que no final dos anos 70, uma leva de novos artistas nordestinos, consolidou a porta aberta por ele. A consagração de um estilo até então dispare aos ouvidos sulistas. E viva Gonzaga rei do baião arrasta pé, o pé no nordeste que ele trouxe de si e que sobrevive no imaginário de todos nós!



ALGUMAS IMAGENS QUE FICOU
DESSE SANFONEIRO CANTADOR
CABRA BOA DA MOLÉSTIA!


A UNIÃO FINAL DE PAI E FILHO!



ALGUNS SONS IMORTAIS NA VOZ INIGUALÁVEL,
E NO SOM IRRESISTÍVEL NORDESTINO PÉ DE SERRA














Nenhum comentário:

Postar um comentário