Corpo: prisão
de conflituosa alma,
que queria que
a descerrasse do agora subvivente,
sem a mácula
do atentado desesperador, numa redenção.
É que na
estrada da longevidade não há um ônibus,
que pudéssemos
puxar o cordão da campainha
e seu
motorista-guia abrisse suas portas,
para descermos
no ponto desejado,
no exato
limite do insustentável,
no pesadume de
meu ser, ali despejado.
Clamaria, ó
céus, que chegasse logo a hora,
que
desintegrasse em partículas,
o espírito
seguisse em paz absoluta,
dimensão sem
dor,
cair no
esquecimento do nada além,
do não
existir.
Não iria
querer sair no suplício do suicídio,
com suas dores
de pré-morte.
Seria sim um
dom de desfazer-se,
num lapso de
tempo, elipse orbital,
um eclipse do
eu desvanecido, desaparecido.
De nunca mais
se ver, proscrito na antivida,
antever à
inexorável prescrita vida finda no morrer.
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