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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































29 de julho de 2012

PERCEBEMOS QUE O TEMPO PASSA...



“O tempo é muito lento, para os que esperam.
Muito rápido, para os que têm medo.
Muito longo, para os que lamentam.
Muito curto, para os que festejam.
Mas para os que amam, o tempo é eterno.

- William Shakeaspeare



PERCEBEMOS QUE O TEMPO PASSA


Percebemos que o tempo passa... quando o cuti-cuti do bebezinho de colo, vira criança que dá seus primeiros passos, palavras, percepções. Abre os olhos para a vida.

Percebemos que o tempo passa... quando as brincadeiras de infância e os embalos de jovens são só ecos do passado, do realizado, dos amigos que muitos nem sabemos como e onde estão.

Percebemos que o tempo passa... quando o nosso nenê, vira  jovem, galalau de tamanho, cresce e na vida aparece para ser outro que não mais aquele da meninice de outrora. 


Percebemos que o tempo passa quando as velas de aniversário sobre o bolo era 1, depois 2, quiçá até 3 dígitos - vai-se a mocidade mas que se comemore sempre uma nova feliz idade!

Percebemos que o tempo passa... quando o ator era o neto, passa a ser filho, depois como jovem, depois pai, depois avô – o mesmo tempo para todos nós da vida real!

Percebemos que o tempo passa... quando o anuncio do programa de domingo se repete em outro inicio de fim de semana que culminam em outros domingos das semanas.

Percebemos que o tempo passa... quando desejamos feliz natal e ano novo, e quando menos se espera, está chegando lépido outro feliz natal e ano novo – de novo.

Percebemos que o tempo passa... quando do jardim da infância a faculdade parecia um tempo enorme de esforços e estudos e um dia é lembrança do vazio do fim do que parecia sem fim.

Percebemos que o tempo passa.... quando vemos fotos de idos fatos e os retratos não retratam em suas imagens em semelhanças de como se é na atual idade e realidade.

Percebemos que o tempo passa... quando havia uma rotina de trabalho e para muitos um uniforme, um dia aposentado buscar o que fazer do ócio dos dias, um pijama agora mais couber.

Percebemos que o tempo passa... quando o que podia ter sido feito não pode mais por que teve seu tempo de ser e fazer e até feito a Carolina de Chico nem ter noção que passou sob a janela.

Percebemos que o tempo passa... quando temos que pagar contas e pensando como poder pagá-las e  quando ufa! As efetuamos, lá vêm outras, novas e repetidas no mês seguinte!

Percebemos que o tempo passa... quando grandiosos amores perdidos, tão doloridos, são pálidas pequenas lembranças vagas de um instante bom e bonito que se foi na esteira do tempo.

Percebemos que o tempo passa, quando por sorte, se faz bodas de prata, de ouro,  disso e daquilo, de festejar um relacionamento que seguiu no tempo sem se perder com o tempo.

Percebemos que o tempo passa... entre jazigos dos cemitérios de quem lá jaz, tantas gentes que se foram e até quem foi seu ente tão querido e hoje só não é pó no nosso lembrar, sentir e na missa.

Percebemos que o tempo passa... quando tudo do mundo que era fato histórico, que era presente emergente, até de se ver e entra nos anais da história do que sabemos de contar e de ler.

Percebemos que o tempo passa... quando aquele produto, aquela loja, aqueles gostos da moda e dos costumes, as ideologias e governadorias, hoje são motivos só de recordação.

Percebemos que o tempo passa... quando olhamos o fim da estrada e lá atrás ficou uma vida passada e mesmo sofrida, ainda bem que se viveu e não simplesmente a deixou passar.

Percebemos que o tempo passa... quando feito obra literária de Marcel Proust, em memórias de torrencial forma  como um fluxo do passado a  ir e vir...  “Em busca do tempo perdido”.

Percebemos que o tempo passa... quando em último suspiro passamos dessa pra melhor e ai nada adianta o que deixou de ser e fazer, porque ai o tempo não se percebe mais – passou!


O tempo - belo texto, belo vídeo...


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