MEEIROS
Senhor, senhora:
eu vou me embora...
Chegou a hora de partir!
sou maldito que vagueia, dito meeiro,
eu vou me embora...
Chegou a hora de partir!
sou maldito que vagueia, dito meeiro,
mas qual minha metade,
minha parte, sendo
que sou aparte?
Que sigo em
semi-escravidão de miserabilidade a balde!
Em arrebalde nos minifúndios o que me cabe não meu coube,
se não sou sócio lavrador, mas subjugado.
Sou mero empregado, subordinado,
agregado, segregado e não sócio lavrador.
Vou-me embora a ser mais um migrante, errante,
Antes que seja mais um sitiado, uma cruz pelo sítio
de ser só um mal-ajambrado matuto gentio...
de ser só um mal-ajambrado matuto gentio...
Em que nada e ninguém nada por mim me fazem,
na pétrea pátria fundiária
na pétrea pátria fundiária
Em terra em disputa,
e não de amada varonil nem ao menos gentil.
e não de amada varonil nem ao menos gentil.
Este texto-versificado supra abriria suposta história pouco contada dos meeiros camponeses tão discriminados na época colonial, se não levada por mim de todo adiante, aqui exponho seu trecho, assim como abaixo uma interessante análise em três páginas de livro de Alberto Passos Guimarães em "As classes perigosas - banditismo rural e urbano", sobre as raízes dos campesinatos meeiros que a esmo os fizeram à margem da história...
Obs. importante: Clica em cima das imagens das páginas do livro abaixo pra poder ler a contento, poder enxergar o que está escrito...
Obs. importante: Clica em cima das imagens das páginas do livro abaixo pra poder ler a contento, poder enxergar o que está escrito...
UMA CANÇÃO INTITULADA
"MEEIROS DOS SONHOS"
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