RESENHO COMO ESCRITOR
- O CANTO E DESENHO E PINTURA
SÃO DONS DE DOMÍNIO
Canto e
desenho e pintura, não domino,
domínio dos
que tem dom que tenho fascínio.
Não
canto...encanto?
Não
desenho...resenho!
Não
pinto...poetiso!
Tão bonito
ter esses dons:
o canoro é
cânone dos ouvidos
refinados,
o traçado é
contorno aos olhos
repaginados.
Como quis
cantar com afinação,
como quis
desenhar com precisão!
Como quis
pintar com exatidão!
Dádivas aos
cantores, aos desenhistas, pintores.
O que me
resta?
Decantar o
cantar,
resenhar o
desenhar,
comentar o
pintar
descrevendo-os
como habilidades
inatas –
exatas – exegetas,
de quem as
sabe fazer em cânticos e curvilíneas.
- Como o sabiá o faz no gorjeio -
- como o
Sáfiro o fazia na caricatura –
e cabe a mim apenas um arremedo de
talento,
da dar asas a imaginação em cantos e curvas.
O que posso
é só cantarolar:
apenas para
saber a melodia,
que ao
cantor possa dar forma melodiosa.
O que posso
é rabiscar:
apenas para
caber a idéia,
que a uma
forma gráfica faça desenhadora...
que a uma
feição pictória faça moldura...
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