UM
CARRO - MEU BEM... OU MEU MAL
Desde
os primórdios do século XX, quando Harry Ford popularizou o automóvel, o carro
virou um bem de consumo que em breve tempo deixou de ser status de luxo, pra
ser de necessidade de praticidade. Sinceramente, não me vejo mais fazendo
compras sem ele com tantas mercadorias pra transportar, nem estar em certas
horas aguardando condução em vão. Sei que dirão que muitos o fazem, mas eu não
sou muitos- rs - eu sou eu, é minha opinião, do que preciso e me é precioso.
Mas confesso que ao aprender dirigir com papi no final dos anos 70, tomei um
gosto a mais. Não tendo “paitrocinador” – não fui pra um kart ou Stock Car da
vida, mas sabia ser audaz, o rapaz quieto se transformava no irrequieto meio piloto
de Fórmula 1 nos limites dos carros populares. Muita imprudência.
Corria em velocidade a mais e me tornei
impaciente a quem fosse lerdo, até com impropérios, de quem estava à
frente. Até o dia, que em mão dupla, passei entre o carro que vinha e o carro à
frente, em ultrapassagem perigosa, que nem eu sei que reflexo e percepção motora
foi capaz de me salvar são e salvo e não provocar um grave acidente – ai que
refleti que podia, além de ficar tetraplégico – o que é tão péssimo acho que
vir falecer e não perecer, como ceifar vidas alheias que não tem nada haver com
minha pressa ou intrepidez inconseqüente. E teve uma vez, por conta de um
buraco em dia de chuva, quase bati em outro carro ao desviar bruscamente e a
outra pessoa quase já chegou querendo brigar – ou seja, por pouca coisa era
como uma tempestade em carro dando burros nӇgua. Como isso acontece!
Carro
passou a também ser um problema como sendo apenas um “bem” – consome muitas
vezes mais que um filho, tantos gastos com IPVA, DUT, manutenção, seguro, gasolina,
reparos. Um fator desestabilizante de orçamento quando de consertos maiores
entre peças e mecânico. Nessas horas é até capaz de mudar prioridades,
necessidades. E dar dor de cabeça.
Carro
também sempre foi bom como atração, mais ainda para as “Marias gasolinas” que
dão preferência, na paquera, quem seja motorizado, mas nesse ponto acho que
apenas é um reconforto a mais para saídas, traslados, viagens, divertimentos em
especial de praia e os noturnos. Carro mais que um luxo, é um facilitador de
viver as coisas da rua, de fora de casa.
Carro então na hora do aperto é mão na roda: da doença e das dores - e na hora do desespero então? - é emergencial. Do transporte de idosos, de buscar coisas materiais necessárias para casa, pros filhos - levar e trazer de escola ou ao lazer. Quando não é meio de trabalho de muita gente que precisa dele como complemento profissional. Nessas e outras condições carro vira até ítem essencial.
Carro então na hora do aperto é mão na roda: da doença e das dores - e na hora do desespero então? - é emergencial. Do transporte de idosos, de buscar coisas materiais necessárias para casa, pros filhos - levar e trazer de escola ou ao lazer. Quando não é meio de trabalho de muita gente que precisa dele como complemento profissional. Nessas e outras condições carro vira até ítem essencial.
Carro
também já foi o local do namoro, do amasso, teve tempo que não voltam mais que
ficar nele na praça ou beira-mar não se corria o perigo do assalto à mão armada
e os vidros ficavam embaçados de tanto bem-querer. Houve tempo até que era assento
de cinema Drive-In, via ( ou achava que via ) filmes em Jacarepaguá e Ilha do
Governador - Ah! Se meus carros falassem...
Carro
é chamado bem de consumo, mas sai da loja já desvalorizado e se deprecia ano a
ano. Mas na verdade, longe do status e do poder econômico supostamente ligado a
ele, é uma questão de fascinação. Um gosto intangível que se pode ser atingido,
sem ser uma obsessão de tipos mais caros, importante é mais a qualidade que a
quantidade de valores monetários.
Dos
meios de transporte, o esportivo sempre foi a bicicleta, mas de se deslocar, de
sentir bem ao volante, o carro, razoável que seja bom e bonito. E de poder ir a
certos lugares que sem carro torna mais difícil acesso, nada a mim se compara,
não sei se exagero. Carro e dirigi-lo me é caro não de preço, mas de ser querido. É um gosto que
não troco, nem perco jamais.
Mas
quando o carro vira mesmo um mal? Um mal danado?
Eis ai que esta semana deu a mostra como um carro pode
ser um bem para o mal. Um grupo de 5 jovens vinha de ES, quando se vem a
noticia que sumiram: agora se sabe que o carro caiu e morreram todos na Bahia. E o filho
do cantor Leonardo, Pedro, capotou e ficou em estado grave: Cansado de um Show
que fez, estava ao volante de um possante, o que levou ao desastre iminente.
Em
escrito anterior, falei de Janaina, que ao parar em sinal, levou invonlutariamente
um tiro de alguém que queria assaltar o carro. Quem tem carro melhor, é alvo da
violência, mais ainda se tratando de mulher. Triste tempo que não se pode ter
um carro, que um facínora e delinqüente se acha “dono” e o quer tomar nem que
seja a força bruta do roubo na morte.
E claro quando se bebe MUITO, o carro vira um mal maior, uma irresponsabilidade de quem dirige e pode ser tragédia para quem é vítima disso... E quem faz é apenas "culposo". E mais ainda na insensatez ignóbil dos rachas, pegas, rinhas motoras de quem desatina a mais. Nas ultrapassagens e em manobras arrojadas arriscadas, com riscos de colisão, atropelamentos, capotagens,na perda de controle do carro.
E essa mania de querer ir ao trabalho de carro apenas, traz um sedentarismo e provoca engarrafamentos abomináveis irritantes constantes em certas vias. E muita poluição no ar. Devemos nessa hora ser favorável ao transporte de massa, o drama é a má qualidade do serviço diário que estressa e cansa as pessoas que vão trabalhar. Mas carro nessa hora sai caro e não é bom à gente.
E claro quando se bebe MUITO, o carro vira um mal maior, uma irresponsabilidade de quem dirige e pode ser tragédia para quem é vítima disso... E quem faz é apenas "culposo". E mais ainda na insensatez ignóbil dos rachas, pegas, rinhas motoras de quem desatina a mais. Nas ultrapassagens e em manobras arrojadas arriscadas, com riscos de colisão, atropelamentos, capotagens,na perda de controle do carro.
E essa mania de querer ir ao trabalho de carro apenas, traz um sedentarismo e provoca engarrafamentos abomináveis irritantes constantes em certas vias. E muita poluição no ar. Devemos nessa hora ser favorável ao transporte de massa, o drama é a má qualidade do serviço diário que estressa e cansa as pessoas que vão trabalhar. Mas carro nessa hora sai caro e não é bom à gente.
Carro é um bem que não se mede por preço apenas, mas de
como se faz uso dele e do que ele representa a cada um. A mim era um gosto e
precisão, só eu sei como sofri quando roubado de um, sem seguro de momento,
tive que levar filho todo dia de Van, Kombi ou ônibus a outro bairro bem cedo e
ir às compras e lazer sem ele. Complica nossa vida.
Falando
assim, talvez passe a idéia de materialismo de consumo, mas não vejo o carro
nesse sentido. Acho sim, quem quer ostentar carros excessivamente caros, que
traz perigo de vida de roubo e velocidade, até fora de seus padrões de nível
social, se endividando, que sim. Carro é um bem que pode vir pra mal, quando
extrapola os nossos limites, de e em nossas vidas.
Tudo
na vida é equilíbrio, então fatores orçamentários, segurança de vida,
praticidade, necessidades e prioridades devem ser enquadrados nisso, a não nos
desestabilizar e sermos vítimas disso, ao possuir um. Carro é um bem e um mal
ao mesmo tempo? Depende. A mim sempre coube fazê-lo um bem muito além do mal...
Ainda
que por vezes se possa vir ser ou fazer ao contrário...
Um
carro tem que ser-de mim, de todos, “meu bem, não meu mal...”
Vidas jovens ceifadas a bordo de um carro,
que se fez bólido de juventudes perdidas!
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