Neste dia que se comemora o dia nacional do livro infantil, como não esquecer que é por conta de Monteiro Lobato e seu nascimento e aniversário póstumo que se comemora. Ai não tem como esquecer que vó materna, há tanto tempo falecida Maria Pereira da Silva presenteou eu e mana mia com as coleções completas do Tesouro da Juventude e, claro, sua obra infantil imortalizada do Sitio do Pica-pau amarelo. Fascínio que manuseava a torto e direito e foi minha leitura primeira junto com os gibis que meu pai comprava aos montes em sebos de praças e bancas.
Confesso não ser minha praia esse lance de saber fazer literatura infantil e juvenil de bom nível a contento, mas nunca deixei de apreciar. Acredito que esse início germinou a vontade de ler e saber dessa forma escrita, com criatividade, magia, imaginação e poesia inerente. Tempos depois, Maria Clara Machado, com seu viés teatral e Ziraldo, com seu viés de cartunista e ilustrador, trouxeram outras características a esse gosto. Mas não sei fazer de forma produtiva e proeminente essa vertente, se verem no dia das crianças do ano passado aqui no blog, verão minhas escassas tentativas.
Mas mesmo assim, acho de suma importância essa iniciativa. No imaginário infantil viajar nas palavras do literário, juntando imagens de ilustrações. Uma nova corrente é utilizar a música, a fala, o diálogo, o teatral, o fantoche e o canto em apresentações. Estimular a criança faz com que o adulto que formará se molde a ler mais e como diz o mestre Lobato " Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê" - o que acrescentaria escreve mal... e como! E deixa a meninada mais criativa e com gosto da leitura a estimulando. Acho beleza pura criançada indo em lançamento de livro infantil. E se ligando em atividades ligadas, interligadas.
Uma pena que só se leia geralmente forçada pela escola, que muitas vezes é um esforço inútil se só obrigatório e sem mostrar a graça só pela prova a ser feita. Por isso vendo tantos autores nas prateleiras das livrarias, admiro o esforço hercúleo cultural de nadar conta corrente, apesar de alguns terem boa repercussão, sucesso e boa vendagem. Mas num país que os pais pouco lêem, os filhos os seguem. Inclusive biblioteca é algo em desuso pela garotada e na internet eles querem ver outro tipo de coisa. Mas com bom padrão, boas historias, bons canais de comunicação isso muito pode mudar, modificar.
E demonstrações, além de locais de vendas, é um mercado promissor quando feito com bom gosto e qualidade, não basta quantidade. Fazer a criança rir, sorrir, sonhar, se situar, se soltar, saber mais. Tudo isso, até num livro didático ou lúdico, além das historinhas, cultuado e cativante, é capaz de fazer, para que melhores gerações sejam forjadas em sua formação mais cultural de forma pontual e conceitual, sem elas perceberem essas sutilezas todas. Não se deve tratar a criança achando que tem que ser de forma idiotizante.
Pelo contrario, tem que aprofundar, dar alicerce literário livresco e um verniz de pensar e projetar sonhos e desejos, universos e comportamentos inerentes ao imaginário delas. O futuro começando no ensinar pelas letras que um livro infantil é tão capaz de fazer pela criançada...
UM PARENTESIS EXTRAORDINÁRIO
– UMA ESCRITORA E UM LIVRO INFANTIL EM MINHA VIDA
Na graça de 2009, conheci por convite, no lançamento do livro infantil “ A viagem de Filomena”, sobre uma minhoquinha sonhadora, que quer chegar a lua com toda sua imaginação, a desde então promissora escritora autora Vera Granado. Encantei-me além do livro e apresentação bem produzidos, a pessoa dela. Nossa aproximação maior não cabe expor, mas sim relatar como estive no projeto de exposição dela e de sua interessante obra que recomendo - o que resta agora é continuada admiração pelo belo trabalho infantil que tanto acompanhei.
Além de tudo tinha todo um cancionário musical ligado inesquecível, só vendo e ouvindo, cujo vídeo e foto dá só uma idéia de como seja, com interagem verbal autora-com-crianças e com fantoches, toda uma produção que fez o livro mais embevecedor ainda. Foi nosso maior ponto de aproximação inicial e após em idas para divulgação em escola, shopping, livraria, Palácio do Catete, e daí que germinou em mim a vontade de voltar a escrever e divulgar, até por conta disso estou muito aqui agora, por esse estímulo a mais de sair da gaveta, do arquivo.
E ter me passado essa idéia de poesia, literatura, ligada a musica e ao teatral, no caso de fantoches como ela tão bem fazia. Penso se no adulto não poderia aliar musica e texto ao vivo como faço neste blog, que junto ao tema do verso tem geralmente musica. E ela foi incentivadora literária minha e venho aqui retribuir, agora a reverenciando como a escritora infantil da minha vida - e da Filomena - as duas em seu tempo comigo!
Um dia a estive apoiando, me envolvi nesse processo demonstrativo criativo dela, hoje me resta divulgar neste dia tão haver com ela e Filomena, seu trabalho infantil e agradecer por ter acreditado e apostado em mim, minha auto-estima de escrever foi um divisor de águas a partir de então... Valeu muito também por isso!
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