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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































21 de abril de 2012

MEU PAI MEU HERÓI MEU AMIGO - DR.DONÁRIO FILHO PELOS 9 ANOS DE SEU PASSAMENTO NO FERIADO DE TIRADENTES





MEU PAI MEU HERÓI ÍNTIMO, MEU AMIGO - SR. DR.DONÁRIO FILHO

PELOS 9 ANOS DE SEU PASSAMENTO NO FERIADO DE TIRADENTES

Há exatos 9 anos, houve um feriado de Tiradentes em 2003 que não quis na história: na véspera a perda de papi, o Dr. Médico e pai nas horas vagas – rs - Donário Filho, pro andar de cima e nesse dia o sepultamento. Era o fim anunciado fazia tempo, estando em avançada diabetes que o levou a cegueira e dificuldades motoras e memoriais e no corpo cansado da guerra contra a doença tão devastadora em suas dores, a deteriorar a vítima dela.

Foi sua redenção física se ir, mas nessa hora ficamos com um “egoísmo do bem” - a gente reluta de perder mesmo sabendo que é um alivio para quem sofre, mas sofremos por sua partida, faz da gente uma forma repartida que vira falta em pauta. Antes de ir, eu passava por momentos difíceis de separação conjugal e ele, tão triste reflexivo de certos descaminhos que fez, me refez ao dizer: “ - Filho você é melhor que imagina” – ali tão mal, ainda sabia me valorizar, pois sim meu pai sabia dos meus limites e angustias, mas era quem me dava força na compreensão e admiração.

Mama era mais prática e positivista no cotidiano, ele quem muitas vezes ia no tão no impulsivo e instintivo, que o levou a conseqüências que ele lamentava, mas ele era mais digamos aceitador dos nossos limites e condições psicológicas. Mana Denise sempre dizia que ele falava “ A vida não é difícil nós que a fazemos” – sim ele era dado a isso, porque era o pai acessível que nos aceitava, acreditava e entendia.

E tinha potencial em tudo, em especial como médico, mister e missão que bem abraçou e atuou como servidor realmente público e particular, mas por bondade desmedida de ajudar e por circunstancias e equívocos, não cresceu como devia na profissão em grandeza diante de seu talento, sua capacidade e conhecimento da medicina – sendo ele aquele tipo de médico das antigas, que conhece seu oficio e era o típico médico de família e era familiar.

Papi se preocupava comigo desde os primórdios, ainda que tendo seu lado aventureiro, de tanto querer suas venturas próprias e intimas, que o fizeram impelir a buscar isso fora de casa. Estranho pode se achar que vou dizer, mas ser médico facilitou no prestigio do homem ainda por cima de olho azul e isso mexeu no seu ego – que seu neto com certeza puxou um tanto junto de sua mãe – ao que fascinava as mulheres, mas era ele o fascinado por elas.

Mulherengo, na verdade era meio como no filme brasileiro, queria fisicamente, mas gostava demais de “todas mulheres do mundo” – mas eu me fiz admirador de todas que forem boas mulheres, mas não descambei nisso, e sim para aquele queria uma especial e única para ser eterna, ao que ele ressabiado e sabedor das coisas da vida, quando dizia que " a vida maltrata para nós melhor a aprender", e dizia não haver o eterno que dure - hoje vejo o quanto é ordeiro e bezerro de ser, acontecer – que fazer se é essa a realidade? Ele nesse ponto, ia na cerne, ainda que doesse em meu ser.

Devo a ele o gosto do Flamengo quando me levou pela primeira vez ao Maracanã, chegou a comprar uniformes/camisas do time inteiro, com chuteira e tudo só pra me integrar com o pessoal da rua, comprou mesa de futebol de botão, ele se preocupava com meu, na época, extremo modo quietinho inibido tendendo pra extrema timidez, chegou a querer ir na minha escola dar bronca num menino quando fez o que hoje chamam de Bulling e queria me ajudar nesse sentido na sua forma protetora. nessas horas.

Eis que hoje vou tentando e me fazendo mais expansivo, meio que me espelho nele, de seu jeito com as pessoas afável, destarte ele achar que não era assim, um enigma que jamais entenderei, germinei ali essa minha superação de comportamento retraído– porque mais que tudo era pai amigo que estava comigo, ao ponto que certo dia me emocionei quando ainda pequenino guri fui perguntando: - “Pai quando você morrer vai me esperar no céu com um abraço?” Ele me respondeu abraçando e sorrindo – como é lindo isso!

Papi era sábio até a medula. Mas tinha um humor especial: ria das agruras da vida, adorava Stanislaw Ponte Preta, Jaguar, a turma toda do Pasquim, muito do Chico Anysio que há pouco se foi, adorava piadas e mais piadas, a vontade do humor paralelo a seriedade herdei dele. E como era espirituoso. Outro dia fui ao restaurante e como sempre o lembrei: hora de pagar a conta o citei na brincadeirinha : - Quanto eu não devo”? E falava a companhia o que ele tanto dizia: “Toda mulher- diz que todo homem é um diabo, não tem quem o negue, mas todas quer um diabo que as carregue” – vai saber onde ele tirava essas tiradas! Se fazia hilário nas horas até mais aflitas que passava, tinha em si conflitos que só ele sabia, sentia e mesmo assim seguia,lá ia ele como contador de causos e casos, e de piadas.

Nas reuniões familiares de natal, era a mão que buscava, comigo ele se aliava. Queria me dar saber a parte do escolar, fato iniciado por ter lido a coleção Barsa e Conhecer que ele comprou, para ter a arte de ler e pra saber mais. Era modo dele, gastar e gastar, não sabia guardar, ser controlado diferentemente de mama Dra. Lucia, mas muitas vezes acabava acertando como nas compras de gibis e livros e discos a torto e direito. Não era precavido, diziam perdulário a esmo, mas nem sempre fazia por bobagens, até quando muitas vezes saia pelo simples prazer de comer o pastel com caldo da cana que tanto ele adorava.

Mesmo quando se separou e foi morar em outro bairro, lá vinha ele com seu Opala vermelho me ver e acabava que ia atrás dele – qual o filho que não faria isso por um pai que ama, venera? Mas ele não nos renegava, apenas foi viver a vida, na hora que achou tentar de veneta e vontade, indo de consultório em consultório, casa em casa, mulher em mulher, até voltar ao seio de sua família como o filho/marido pródigo que a casa retorna, porque mama era antes de tudo uma santa além de guerreira e não o queria na sarjeta, ele era antes de tudo a pai de seus filhos! E sabia que os amava do seu jeito e modo.

Hoje o recordo ouvindo uma de suas maiores paixões: a música clássica. A nona sinfonia de Beethoven sua predileta preferida e que aqui divido em homenagem a ele papi - escuta ai papudo! Mas claro que também com a já clássica pra isso – Fábio Júnior, a marcante “Pai”, um dos poucos registros musicais para um pai – Por que isso hem? Mas como não se emocionar ao ouvir “Você foi meu herói, meu bandido, hoje muito mais que um amigo” – no dia de comemorar o herói Tiradentes, reverencio aqui o “meu herói”, o único amigo no mundo que tive, não importa suas esquisitices, seus desprendimentos que o fez muitas vezes se perder nas vicissitudes da vida, seus desatinos,ele esteve comigo até a fim e espero chegar o dia de voltar a estar do seu lado no além.

E aqui está o seu netinho que um dia brincou de avô como na canção – ele sempre gostava buscar uma razão de viver nas crianças – papai tinha essa forma de encarar os novos, fazia com filho, com neto se desmanchando os fazendo de xodós, se preciso gastava tudo que tinha só pelo prazer de ver a criança feliz ao seu lado e sempre alisando o couro e a cabeça em defesa quando pisoteada ou quando levava pito – pra ele, criança tinha que ser aceita e acreditada, em sentir bem e apoiada. Paizão era assim, o bom pai e avô camarada.

Ele não foi como se diz “uma figura” – ele era “a figura”, do ser que veio e nesta passagem, aproveitou de tanto que isso muito procurou, que aprontou que desaprumou, mas acima de tudo e todos nos amou de seu jeito ímpar, ainda que parecesse um anjo torto mas que queria fazer direito. E por isso estou aqui o rememorar e reverenciar, meu pai a te fazer em lembrança e elegia, o elogio de ser meu pai que queria sem tirar nem por e jamais o deixarei de ter em legado de minha vida apesar de mais um ano - sem minha anuência! - de sua tão sentida ausência...



Pai meu pai, querido, adorado, ao lado que está do Pai maior celestial, eis aqui o seu menino se fazendo de homem, em desamparo de sua falta, chorando com lágrimas sentidas mas muitas vezes rindo sozinho de suas filosofices que não eram tolices, de suas piadas conhecidas, de suas tiradas bem-humoradas, de seu jeito íntegro de ser, médico meu que contava, e que muitos cuidou sem cobrar, não sabia ser mercenário ou empresário da medicina, mas era médico de mão cheia capaz – será médico de almas em outro plano também em missão?

Pai meu pai, meu herói amigo meu abrigo, que sigo trazendo preciso e precioso do seu jeito cioso comigo, e hoje ainda queria tanto, já não sou o indefeso de antes, mas ter pai nunca é demais! Que não se esquece jamais! Quando vejo no “ Fantástico” gente lutando pelo reconhecimento de pai, ele por natureza já o fazia sem pestanejar ainda que parecesse disperso disso em suas agruras pelo mundo e não o era, atento com olhos de compreensão e comunhão. Pai, o sinto aqui me dando a sua mão.

Pai meu pai sonhei vivamente contigo na hora de sua partida como estivesse na sala de estar, por que no fundo você ali estava, era tão nítido, você veio em aura onírica, para me dizer para não me preocupar, que tudo ia dar certo, mas a única certeza que tenho é que tive o pai que podia ter e ser, esteve comigo na vida terrena tão falha, mas não falhou de aqui estar ao te descrever tão bem como se hoje ainda o pudesse ver, entrever – e como queria!

Pai, meu pai, estás no meu peito, em muito do meu jeito de ser, conflituoso, mas afetuoso ao próximo, não estamos aqui só de passagem, me fez imagem um tanto como criador e criatura, sua estatura era maior que aparentava tão culto e capaz que era, apesar de não te se valido a contento disso, ao passo que tento adequar melhor esse lado, mas nunca o fez pelo mal para alguém, não fazia do bem algo paralelo. Pai é pra se guardar resguardando.

Pai meu pai, quão era meu sabe-tudo nas palavras cruzadas e o que chamava papudo contador de histórias e estórias, e do conhecimento. Achava ao final que não teve merecimento, mas que nada, não trocaria ti por ninguém como pai, porque o sentia assim: o pai, o filho e sobre nós o espírito santo a nos unir pelo ontem, pelo hoje e pela eternidade de saber que foi meu pai maravilhoso que vou amar até o fim de meu tempo na luta nessa vida vivida agora sem seu sol que me deixou mais órfão e só...

Mas que nada foi em vão , tenha ou não havido qualquer desvão em diapasão:

Que o Pai-Deus dos céus o tenha e em mim terra eu trago -

Até pelo fato que foi e é sempre será: meu amigo, herói íntimo, ídolo - MEU PAI!

E aguardo como no dia ainda criança perguntando - Esperaria com braços abertos no céu?

Ao que me deu um abraço em resposta definitiva. Quem sabe essa dia tarda mas eis que chegará!



NÃO SEI O QUE HÁ MAS O VIDEOS NÃO ESTÃO VINDO, TENTE "PAI" DE FB E A AMADA DE PAI NOVA SINFONIA DE BEETHOVEN... JA JA POSTAREI




Um comentário:

  1. Esse texto do seu Pai me emociona toda vez que leio. Obrigado por compartilhar um sentimento tão bonito e bom.

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