Aqui poderá encontrar reflexão permeada de emoção e racionalidade mescladas, a cerca dos relacionamentos interpessoais, do existencial e da sociedade em geral, em forma de crônicas cotidianas, comportamentais ou poetisadas e poemas voltados ao mundo atual real, assim como sem deixar o lirico no sentimental. emocional e no romântico, muitas vezes.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
CAROS AMIGOS VISITANTES, DEVIDO AO GRANDE NUMERO DE POSTAGENS DE TEXTOS QUE SE VAI FAZENDO, CASO QUEIRAM VISUALIZAR AS POSTAGENS MAIS ANTIGAS, DEVEM SE DIRECIONAR AO FINAL DESTA PÁGINA E CLICAR EM " POSTAGENS MAIS ANTIGAS". OU IR NO LADO DIREITO DO BLOG, VER ARQUIVO DE POSTAGENS MÊS A MÊS DO ANO E CLICAR NO TÍTULO POSTADO E ASSIM PODE-SE VER DIRETAMENTE - DESDE A PRIMEIRA POSTAGEM OU AS QUE EM SEQUENCIA FORAM POSTADAS - EX. OUTUBRO 2010, " AMORES OS MELHORES POSSIVEIS " ( A 1ª ) CLICA EM CIMA E VAI DIRETAMENTE A ELA. AGRADEÇO A QUEM QUEIRA SER "SEGUIDOR" DESTE BLOG E DE MIM E ADMIRAREI QUEM FIZER UM COMENTÁRIO QUE SERÁ SEMPRE DE BOM GRADO. GRATO A QUEM O FIZER, RAZÃO MAIOR DESSE ESPAÇO POÉTICO E REFLEXIVO.
OBS. AUTORAL: QUE NÃO SE ESQUEÇA QUE HÁ UMA LEI DE DIREITOS AUTORAIS. CASO QUEIRAM REPRODUZIR, GUARDAR E OFERTAR A ALGUÉM ALGO QUE ESCREVI, ESTEJAM A VONTADE, PORÉM PEÇO DAR O CRÉDITO DE AUTORIA A MIM. NADA MAIS JUSTO, EVITANDO PENDENGAS JUDICIAIS. NÃO ESTOU DESCONFIANDO GENERALIZADO DAS PESSOAS, MAS SABEMOS QUE HÁ QUEM UTILIZA ATÉ INDEVIDAMENTE O QUE NÃO É SEU, SEM DAR O DEVIDO CRÉDITO CONCORDAM?
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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!
Não
tem cabimento alguém dizer que tem amor ou amigo virtual. Por trás da tela de
PC do outro lado há uma pessoa de carne, osso, músculos, sentimentos,
pensamentos, vida florindo. Na verdade há um amor ou amizade PELO virtual, PELA Internet - preâmbulo num pré-sentir/pressentir a distância como próximo.
Sim
o que invalida é que não é como se diz no ORKUT em sua página inicial: como na
vida real. Não, não é. Há uma simulação ou similaridade da realidade. Quantos
criam uma realidade a parte não permitindo algo que passe para além da internet? É muita mas é só uma interatividade.
Hoje
viajamos pelo mundo, nos relacionamos com pessoas distantes, lemos o que
antigamente teríamos que correr atrás e comprar. Mas o que é absurdo é quando
se diz namorar ou fazer sexo virtual: nada se compara com o real – alguém pode
apresentar quem se é só do PC? E temos que viver da realidade palpável também
ora bolas! ( ou ora telas? ).
O
computador jamais deveria substituir viver de fato. Mas ele serve de nos subsistir
nos momentos de quando ele serve de alavanca pra nos integrar alem da
solidão. Poder repassar nossas idéias,
conversar com que não está próximo.
Como nos CCC do Facebook, curtir, compartilhar e comentar, além do bate-papo ali. Assim como no messenger msn de muitos emotions e emoções trocadas. E a tantos dai a conectar, convergir transpassando a tela do computador.
E
hoje até a procurar relacionamentos de amizade e até do amor de nossa
vida.Nesse ponto, pensemos bem: se estamos num Shopping, numa festa, no dia a
dia cotidiano, como saber quem quer alguém, se interessaria por nós ou nós dela?
Assim os sites de relacionamentos prosperam.
Na
vida prática, divulgamos e compramos produtos, o que escrevemos, o que sabemos,
o que precisamos. Acessamos o Banco, descobrimos onde estão ruas, fazemos
pesquisas escolares. Uma revolução com certeza.
E
através dos e-mails e dos sites de redes sociais as trocas de idéias, de
correspondência não física, muitas mensagens que nos alentam e alegram. Nesse
ponto agora somos mais contentes e satisfeitos por isso e nem sempre percebemos
em geral...
Tantas
coisas eu não escrevia até a criação dos programas como o Word e salvá-los em
disquetes, CDs, pendrives, etc e repassar como no meu blog e e-mail. Estou aqui
a escrever por um e divulgá-lo com a rapidez que antigamente não havia e não
poderia usufruir.
Acho
que por tudo isso, mesmo sabendo de não serem propriamente idealistas, admiro Vinton Cerf criador da internet e Bill Gates, entre outros, por terem propagado, popularizado, democratizando a
internet e o computador pessoal, uma revolução sem armas, mas computarizada.
Assim
seguimos hoje quase achando impensável viver sem esse instrumento
eletrônico que hoje faz parte cada vez mais da vida das pessoas, empresas,
Órgãos. E pensar que um dia vivemos sem ele - eu era menos feliz e não sabia porque...
É o PC ( Personal Computer ) trazendo o mundo e a vida para dentro de nossas residências. Instrumento marcante de nossos tempos: o PC nosso de cada dia! E nós internautas a navegar pelas páginas informatizadas.
E
AGORA NO MEU BLOG MEU ESPAÇO UM POUCO DE
MIM A QUEM QUER QUE SEJA!!
Desde
os primórdios do século XX, quando Harry Ford popularizou o automóvel, o carro
virou um bem de consumo que em breve tempo deixou de ser status de luxo, pra
ser de necessidade de praticidade. Sinceramente, não me vejo mais fazendo
compras sem ele com tantas mercadorias pra transportar, nem estar em certas
horas aguardando condução em vão. Sei que dirão que muitos o fazem, mas eu não
sou muitos- rs - eu sou eu, é minha opinião, do que preciso e me é precioso.
Mas confesso que ao aprender dirigir com papi no final dos anos 70, tomei um
gosto a mais. Não tendo “paitrocinador” – não fui pra um kart ou Stock Car da
vida, mas sabia ser audaz, o rapaz quieto se transformava no irrequieto meio piloto
de Fórmula 1 nos limites dos carros populares. Muita imprudência.
Corria em velocidade a mais e me tornei
impaciente a quem fosse lerdo, até com impropérios, de quem estava à
frente. Até o dia, que em mão dupla, passei entre o carro que vinha e o carro à
frente, em ultrapassagem perigosa, que nem eu sei que reflexo e percepção motora
foi capaz de me salvar são e salvo e não provocar um grave acidente – ai que
refleti que podia, além de ficar tetraplégico – o que é tão péssimo acho que
vir falecer e não perecer, como ceifar vidas alheias que não tem nada haver com
minha pressa ou intrepidez inconseqüente. E teve uma vez, por conta de um
buraco em dia de chuva, quase bati em outro carro ao desviar bruscamente e a
outra pessoa quase já chegou querendo brigar – ou seja, por pouca coisa era
como uma tempestade em carro dando burros nӇgua. Como isso acontece!
Carro
passou a também ser um problema como sendo apenas um “bem” – consome muitas
vezes mais que um filho, tantos gastos com IPVA, DUT, manutenção, seguro, gasolina,
reparos. Um fator desestabilizante de orçamento quando de consertos maiores
entre peças e mecânico. Nessas horas é até capaz de mudar prioridades,
necessidades. E dar dor de cabeça.
Carro
também sempre foi bom como atração, mais ainda para as “Marias gasolinas” que
dão preferência, na paquera, quem seja motorizado, mas nesse ponto acho que
apenas é um reconforto a mais para saídas, traslados, viagens, divertimentos em
especial de praia e os noturnos. Carro mais que um luxo, é um facilitador de
viver as coisas da rua, de fora de casa. Carro então na hora do aperto é mão na roda: da doença e das dores - e na hora do desespero então? - é emergencial. Do transporte de idosos, de buscar coisas materiais necessárias para casa, pros filhos - levar e trazer de escola ou ao lazer. Quando não é meio de trabalho de muita gente que precisa dele como complemento profissional. Nessas e outras condições carro vira até ítem essencial.
Carro
também já foi o local do namoro, do amasso, teve tempo que não voltam mais que
ficar nele na praça ou beira-mar não se corria o perigo do assalto à mão armada
e os vidros ficavam embaçados de tanto bem-querer. Houve tempo até que era assento
de cinema Drive-In, via ( ou achava que via ) filmes em Jacarepaguá e Ilha do
Governador - Ah! Se meus carros falassem...
Carro
é chamado bem de consumo, mas sai da loja já desvalorizado e se deprecia ano a
ano. Mas na verdade, longe do status e do poder econômico supostamente ligado a
ele, é uma questão de fascinação. Um gosto intangível que se pode ser atingido,
sem ser uma obsessão de tipos mais caros, importante é mais a qualidade que a
quantidade de valores monetários.
Dos
meios de transporte, o esportivo sempre foi a bicicleta, mas de se deslocar, de
sentir bem ao volante, o carro, razoável que seja bom e bonito. E de poder ir a
certos lugares que sem carro torna mais difícil acesso, nada a mim se compara,
não sei se exagero. Carro e dirigi-lo me é caro não de preço, mas de ser querido. É um gosto que
não troco, nem perco jamais.
Mas
quando o carro vira mesmo um mal? Um mal danado?
Eis ai que esta semana deu a mostra como um carro pode
ser um bem para o mal. Um grupo de 5 jovens vinha de ES, quando se vem a
noticia que sumiram: agora se sabe que o carro caiu e morreram todos na Bahia. E o filho
do cantor Leonardo, Pedro, capotou e ficou em estado grave: Cansado de um Show
que fez, estava ao volante de um possante, o que levou ao desastre iminente.
Em
escrito anterior, falei de Janaina, que ao parar em sinal, levou invonlutariamente
um tiro de alguém que queria assaltar o carro. Quem tem carro melhor, é alvo da
violência, mais ainda se tratando de mulher. Triste tempo que não se pode ter
um carro, que um facínora e delinqüente se acha “dono” e o quer tomar nem que
seja a força bruta do roubo na morte. E claro quando se bebe MUITO, o carro vira um mal maior, uma irresponsabilidade de quem dirige e pode ser tragédia para quem é vítima disso... E quem faz é apenas "culposo". E mais ainda na insensatez ignóbil dos rachas, pegas, rinhas motoras de quem desatina a mais. Nas ultrapassagens e em manobras arrojadas arriscadas, com riscos de colisão, atropelamentos, capotagens,na perda de controle do carro. E essa mania de querer ir ao trabalho de carro apenas, traz um sedentarismo e provoca engarrafamentos abomináveis irritantes constantes em certas vias. E muita poluição no ar. Devemos nessa hora ser favorável ao transporte de massa, o drama é a má qualidade do serviço diário que estressa e cansa as pessoas que vão trabalhar. Mas carro nessa hora sai caro e não é bom à gente.
Carro é um bem que não se mede por preço apenas, mas de
como se faz uso dele e do que ele representa a cada um. A mim era um gosto e
precisão, só eu sei como sofri quando roubado de um, sem seguro de momento,
tive que levar filho todo dia de Van, Kombi ou ônibus a outro bairro bem cedo e
ir às compras e lazer sem ele. Complica nossa vida.
Falando
assim, talvez passe a idéia de materialismo de consumo, mas não vejo o carro
nesse sentido. Acho sim, quem quer ostentar carros excessivamente caros, que
traz perigo de vida de roubo e velocidade, até fora de seus padrões de nível
social, se endividando, que sim. Carro é um bem que pode vir pra mal, quando
extrapola os nossos limites, de e em nossas vidas.
Tudo
na vida é equilíbrio, então fatores orçamentários, segurança de vida,
praticidade, necessidades e prioridades devem ser enquadrados nisso, a não nos
desestabilizar e sermos vítimas disso, ao possuir um. Carro é um bem e um mal
ao mesmo tempo? Depende. A mim sempre coube fazê-lo um bem muito além do mal...
Ainda
que por vezes se possa vir ser ou fazer ao contrário...
Um
carro tem que ser-de mim, de todos, “meu bem, não meu mal...”
" Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido." - Dalai Lama.~
Quantas vezes ouvimos a primeira sentença ao cabo de uma existência e no entanto não enxergamos essa inexorabilidade fatal. Já que como diz o Dalai Lama às vezes vivemos como se fossemos invencíveis imortais E, no entanto, a vida passa de forma que quando o ano novo chega, já o vislumbramos ali adiante. E lá na ponta esta o “THE END” de todos nós.
A verdade que não é só nós que voltamos ao pó, mas nossos passos na terra, nossas idéias, nossos ideais, nossos conhecimentos e todos momentos. Só restam as lembranças que só fica com quem passamos ao lado ou quando eméritos, entra-se nos anais da historia ou por um acontecimento fortuito, mas célebre ainda que com vida anônima.
Tudo se esvai, se vai, lá na poeira ao vento, de vai nas cinzas do tempo, mas ainda assim vivemos no esplendor que cada instante pode proporcionar, por isso é vital viver sem ansiedade o presente e seguir ao futuro eminente. Não ficamos pra semente, podemos semear pra mente, para o que se sente pra vida da gente. E de todo ente passante por nós.
Iludem-se, quem acha que seu poder, sua riqueza, sua fama, sucesso, é eterno e também pode desmilinguir-se ou se extinguir com seus anéis de pirita ouro de tolo. Mas nada vai mudar o que se fez e refez. Nossos atos e fatos vão além do poeirento do deserto que transpassamos. E se ao pó a vida se desfaz, lá no fundo a nossa aura segue além do que se é capaz...
Do e ao pó retornaremos a sermos matéria no valor que nossas vidas tiveram...
MEU PAI MEU HERÓI ÍNTIMO, MEU AMIGO - SR. DR.DONÁRIO FILHO
PELOS 9 ANOS DE SEU PASSAMENTO NO FERIADO DE TIRADENTES
Há exatos 9 anos, houve um feriado de Tiradentes em 2003 que não quis na história: na véspera a perda de papi, o Dr. Médico e pai nas horas vagas – rs - Donário Filho, pro andar de cima e nesse dia o sepultamento. Era o fim anunciado fazia tempo, estando em avançada diabetes que o levou a cegueira e dificuldades motoras e memoriais e no corpo cansado da guerra contra a doença tão devastadora em suas dores, a deteriorar a vítima dela.
Foi sua redenção física se ir, mas nessa hora ficamos com um “egoísmo do bem” - a gente reluta de perder mesmo sabendo que é um alivio para quem sofre, mas sofremos por sua partida, faz da gente uma forma repartida que vira falta em pauta. Antes de ir, eu passava por momentos difíceis de separação conjugal e ele, tão triste reflexivo de certos descaminhos que fez, me refez ao dizer: “ - Filho você é melhor que imagina” – ali tão mal, ainda sabia me valorizar, pois sim meu pai sabia dos meus limites e angustias, mas era quem me dava força na compreensão e admiração.
Mama era mais prática e positivista no cotidiano, ele quem muitas vezes ia no tão no impulsivo e instintivo, que o levou a conseqüências que ele lamentava, mas ele era mais digamos aceitador dos nossos limites e condições psicológicas. Mana Denise sempre dizia que ele falava “ A vida não é difícil nós que a fazemos” – sim ele era dado a isso, porque era o pai acessível que nos aceitava, acreditava e entendia.
E tinha potencial em tudo, em especial como médico, mister e missão que bem abraçou e atuou como servidor realmente público e particular, mas por bondade desmedida de ajudar e por circunstancias e equívocos, não cresceu como devia na profissão em grandeza diante de seu talento, sua capacidade e conhecimento da medicina – sendo ele aquele tipo de médico das antigas, que conhece seu oficio e era o típico médico de família e era familiar.
Papi se preocupava comigo desde os primórdios, ainda que tendo seu lado aventureiro, de tanto querer suas venturas próprias e intimas, que o fizeram impelir a buscar isso fora de casa. Estranho pode se achar que vou dizer, mas ser médico facilitou no prestigio do homem ainda por cima de olho azul e isso mexeu no seu ego – que seu neto com certeza puxou um tanto junto de sua mãe – ao que fascinava as mulheres, mas era ele o fascinado por elas.
Mulherengo, na verdade era meio como no filme brasileiro, queria fisicamente, mas gostava demais de “todas mulheres do mundo” – mas eu me fiz admirador de todas que forem boas mulheres, mas não descambei nisso, e sim para aquele queria uma especial e única para ser eterna, ao que ele ressabiado e sabedor das coisas da vida, quando dizia que " a vida maltrata para nós melhor a aprender", e dizia não haver o eterno que dure - hoje vejo o quanto é ordeiro e bezerro de ser, acontecer – que fazer se é essa a realidade? Ele nesse ponto, ia na cerne, ainda que doesse em meu ser.
Devo a ele o gosto do Flamengo quando me levou pela primeira vez ao Maracanã, chegou a comprar uniformes/camisas do time inteiro, com chuteira e tudo só pra me integrar com o pessoal da rua, comprou mesa de futebol de botão, ele se preocupava com meu, na época, extremo modo quietinho inibido tendendo pra extrema timidez, chegou a querer ir na minha escola dar bronca num menino quando fez o que hoje chamam de Bulling e queria me ajudar nesse sentido na sua forma protetora. nessas horas.
Eis que hoje vou tentando e me fazendo mais expansivo, meio que me espelho nele, de seu jeito com as pessoas afável, destarte ele achar que não era assim, um enigma que jamais entenderei, germinei ali essa minha superação de comportamento retraído– porque mais que tudo era pai amigo que estava comigo, ao ponto que certo dia me emocionei quando ainda pequenino guri fui perguntando: - “Pai quando você morrer vai me esperar no céu com um abraço?” Ele me respondeu abraçando e sorrindo – como é lindo isso!
Papi era sábio até a medula. Mas tinha um humor especial: ria das agruras da vida, adorava Stanislaw Ponte Preta, Jaguar, a turma toda do Pasquim, muito do Chico Anysio que há pouco se foi, adorava piadas e mais piadas, a vontade do humor paralelo a seriedade herdei dele. E como era espirituoso. Outro dia fui ao restaurante e como sempre o lembrei: hora de pagar a conta o citei na brincadeirinha : - Quanto eu não devo”? E falava a companhia o que ele tanto dizia: “Toda mulher- diz que todo homem é um diabo, não tem quem o negue, mas todas quer um diabo que as carregue” – vai saber onde ele tirava essas tiradas! Se fazia hilário nas horas até mais aflitas que passava, tinha em si conflitos que só ele sabia, sentia e mesmo assim seguia,lá ia ele como contador de causos e casos, e de piadas.
Nas reuniões familiares de natal, era a mão que buscava, comigo ele se aliava. Queria me dar saber a parte do escolar, fato iniciado por ter lido a coleção Barsa e Conhecer que ele comprou, para ter a arte de ler e pra saber mais. Era modo dele, gastar e gastar, não sabia guardar, ser controlado diferentemente de mama Dra. Lucia, mas muitas vezes acabava acertando como nas compras de gibis e livros e discos a torto e direito. Não era precavido, diziam perdulário a esmo, mas nem sempre fazia por bobagens, até quando muitas vezes saia pelo simples prazer de comer o pastel com caldo da cana que tanto ele adorava.
Mesmo quando se separou e foi morar em outro bairro, lá vinha ele com seu Opala vermelho me ver e acabava que ia atrás dele – qual o filho que não faria isso por um pai que ama, venera? Mas ele não nos renegava, apenas foi viver a vida, na hora que achou tentar de veneta e vontade, indo de consultório em consultório, casa em casa, mulher em mulher, até voltar ao seio de sua família como o filho/marido pródigo que a casa retorna, porque mama era antes de tudo uma santa além de guerreira e não o queria na sarjeta, ele era antes de tudo a pai de seus filhos! E sabia que os amava do seu jeito e modo.
Hoje o recordo ouvindo uma de suas maiores paixões: a música clássica. A nona sinfonia de Beethoven sua predileta preferida e que aqui divido em homenagem a ele papi - escuta ai papudo! Mas claro que também com a já clássica pra isso – Fábio Júnior, a marcante “Pai”, um dos poucos registros musicais para um pai – Por que isso hem? Mas como não se emocionar ao ouvir “Você foi meu herói, meu bandido, hoje muito mais que um amigo” – no dia de comemorar o herói Tiradentes, reverencio aqui o “meu herói”, o único amigo no mundo que tive, não importa suas esquisitices, seus desprendimentos que o fez muitas vezes se perder nas vicissitudes da vida, seus desatinos,ele esteve comigo até a fim e espero chegar o dia de voltar a estar do seu lado no além.
E aqui está o seu netinho que um dia brincou de avô como na canção – ele sempre gostava buscar uma razão de viver nas crianças – papai tinha essa forma de encarar os novos, fazia com filho, com neto se desmanchando os fazendo de xodós, se preciso gastava tudo que tinha só pelo prazer de ver a criança feliz ao seu lado e sempre alisando o couro e a cabeça em defesa quando pisoteada ou quando levava pito – pra ele, criança tinha que ser aceita e acreditada, em sentir bem e apoiada. Paizão era assim, o bom pai e avô camarada.
Ele não foi como se diz “uma figura” – ele era “a figura”, do ser que veio e nesta passagem, aproveitou de tanto que isso muito procurou, que aprontou que desaprumou, mas acima de tudo e todos nos amou de seu jeito ímpar, ainda que parecesse um anjo torto mas que queria fazer direito. E por isso estou aqui o rememorar e reverenciar, meu pai a te fazer em lembrança e elegia, o elogio de ser meu pai que queria sem tirar nem por e jamais o deixarei de ter em legado de minha vida apesar de mais um ano - sem minha anuência! - de sua tão sentida ausência...
Pai meu pai, querido, adorado, ao lado que está do Pai maior celestial, eis aqui o seu menino se fazendo de homem, em desamparo de sua falta, chorando com lágrimas sentidas mas muitas vezes rindo sozinho de suas filosofices que não eram tolices, de suas piadas conhecidas, de suas tiradas bem-humoradas, de seu jeito íntegro de ser, médico meu que contava, e que muitos cuidou sem cobrar, não sabia ser mercenário ou empresário da medicina, mas era médico de mão cheia capaz – será médico de almas em outro plano também em missão?
Pai meu pai, meu herói amigo meu abrigo, que sigo trazendo preciso e precioso do seu jeito cioso comigo, e hoje ainda queria tanto, já não sou o indefeso de antes, mas ter pai nunca é demais! Que não se esquece jamais! Quando vejo no “ Fantástico” gente lutando pelo reconhecimento de pai, ele por natureza já o fazia sem pestanejar ainda que parecesse disperso disso em suas agruras pelo mundo e não o era, atento com olhos de compreensão e comunhão. Pai, o sinto aqui me dando a sua mão.
Pai meu pai sonhei vivamente contigo na hora de sua partida como estivesse na sala de estar, por que no fundo você ali estava, era tão nítido, você veio em aura onírica, para me dizer para não me preocupar, que tudo ia dar certo, mas a única certeza que tenho é que tive o pai que podia ter e ser, esteve comigo na vida terrena tão falha, mas não falhou de aqui estar ao te descrever tão bem como se hoje ainda o pudesse ver, entrever – e como queria!
Pai, meu pai, estás no meu peito, em muito do meu jeito de ser, conflituoso, mas afetuoso ao próximo, não estamos aqui só de passagem, me fez imagem um tanto como criador e criatura, sua estatura era maior que aparentava tão culto e capaz que era, apesar de não te se valido a contento disso, ao passo que tento adequar melhor esse lado, mas nunca o fez pelo mal para alguém, não fazia do bem algo paralelo. Pai é pra se guardar resguardando.
Pai meu pai, quão era meu sabe-tudo nas palavras cruzadas e o que chamava papudo contador de histórias e estórias, e do conhecimento. Achava ao final que não teve merecimento, mas que nada, não trocaria ti por ninguém como pai, porque o sentia assim: o pai, o filho e sobre nós o espírito santo a nos unir pelo ontem, pelo hoje e pela eternidade de saber que foi meu pai maravilhoso que vou amar até o fim de meu tempo na luta nessa vida vivida agora sem seu sol que me deixou mais órfão e só...
Mas que nada foi em vão , tenha ou não havido qualquer desvão em diapasão:
Que o Pai-Deus dos céus o tenha e em mim terra eu trago -
Até pelo fato que foi e é sempre será: meu amigo, herói íntimo, ídolo - MEU PAI!
E aguardo como no dia ainda criança perguntando - Esperaria com braços abertos no céu? Ao que me deu um abraço em resposta definitiva. Quem sabe essa dia tarda mas eis que chegará!
NÃO SEI O QUE HÁ MAS O VIDEOS NÃO ESTÃO VINDO, TENTE "PAI" DE FB E A AMADA DE PAI NOVA SINFONIA DE BEETHOVEN... JA JA POSTAREI
BATE ALTO TANTAS ETNIAS... POR UMA NAÇÃO MAIS SOLIDÁRIA
No coração do Brasil,
no coração do Brasil...
Bate forte, bate alto,
um pulsar sanguíneo.
Fluxo de tantas raízes,
Tantos países, etnias e povos
afro-lusas-caboclas
e tantas imigrantes!
E agora se antena,
ao mundial em seu dial.
No coração do Brasil,
no coração do Brasil...
Na pulsação do Brasil,
na pulsação do Brasil.
Bate tambor, toca viola,
refina a rabeca,
o seu passado papagaio do futuro,
cantado ainda em verso e prosa.
Não seremos
puro Macunaíma,
elegia da preguiça.
Não seremos
puro Malasartes,
elegia da esperteza.
Não seremos,
puro Dom casmurro,
elegia da sisudez.
Trazemos o lúdico e a lucidez,
modernidade e tradição,
entremeiam sem contradição.
De todos caldeamentos,
um grande fervilhar!
A tantos maravilhar,
no coração ao Brasil,
na formação do Brasil!
E tomara que se forme, forje mais unitária igualitária
uma nação mais solidária!
POVO E NAÇÃO EM EQUAÇÃO
Duas ponderações, farei
aqui: a étnica e outra ética que forma a nação.
Sou filho de mãe que nasceu em Lisboa, nacionalidade portuguesa
que optou pela cidadania brasileira, vindo nenê com seus pais portugueses, meus avôs
maternos Francisco Carvalho Mattos e Maria Pereira da Silva, e como enchia de
orgulho em si disso mama mia, que se indignava com a pecha de “culpados” dos portugueses
pelo país atrasado subdesenvolvido tanto tempo depois.
Via em novelas a
insistente visão do Brasil imigrante italiano e cheguei a pensar se esse era
outro país que imaginava haver. Mas recentes produções colocaram no lugar a
figura dos portugueses e seus descendentes aqui. A base brasileira na verdade dos
fatos é lusitana, destarte tanto falarem do Brasil mestiço, mas tanto na base
primeira, de “ Portugueses pisando em índia nua” se miscigenando geral e depois
misturando gostosamente com as negras como dizia Gilberto Freyre em “Casa
grande & Senzala”, criando o mamaluco tão vilipendiado depois pelos
litorais e interiores nos sertanejos e caipiras, ali havia a raiz lusa, assim
como na aproximação inter-racial de brancos e negros que forjou o mulato e
depois o cafuzo com algo de indio. Bases raciais e culturais brasileiras.
Eis que ao ver as mesmas novelas, como se custou a aparecer isso, e depois quanto a massa
nordestina que é base-raiz do país, eu que sou descendente de avô paterno sertanejo
de baiano de fronteira com Sergipe, Seu Dr. Donário, o pai, e meu Donário
Filho, que por sua vez tem mãe, minha vó Zelita, mistura de português e Francês com
olhos azuis, os quais eu não puxei, só mana com seus olhos verdes. Sou prova viva dessa diversidade étnica nacional.
E não se deve negar a parte imigrante, que deve ser
considerada absorvida e não o fazem. Um dia vi um programa de debates na TVE e
uma mulher loira reclamava por ter sido
espezinhada por ser “branca azeda” e que
uma mulher negra a chamou “gringa” e a grande verdade, tirando os índios puros, todos
somos “gringos”! Mas na verdade somos brasileiros, como são os descendentes
nisseis e sanseis que insistentemente chamam ainda da japas e japoneses e já
são é brasileiros e cujos mestiços ainda não tiveram um nome feito para estes,
vendo no Orkut eles se denominam “mestiços” – ou seja, são “nunseis”( ?) – rs.
Confusos(?) – rs.
Sem brincadeiras, eis esse país se fazendo bem mais mestiço
em outro sentido que o tal “Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro” – que se é maioria, que tanto sofre em
preconceitos que vão superando aos poucos, não são únicos. O pais num todo é mais além, é até na mistura
de descendentes brancos entre si, tipo italianos, alemães e os nossos já ditos patrícios
portugueses, entre tantos outros, uma mistura pouco badalada. Destarte, a grande massa de fenótipos tão
distintos, que não sejam ignaras, ignorantes, indispostas a se interpolarem,
ingerirem em prol de um país conjunturado. Devemos ver todos como um só.
O país não deve
jamais entrar em distinção racial feito a Índia com suas castas, nem de regiões regionalizando demais colocando de costas umas pras outras. Essa política de
cotas raciais tem esse lado perverso: pode querer distinguir o que se diz
branco do não branco ( descendentes de negros e índios ) e tirar de nós essa
esfera inespecífica que é o chamado brasileiro. O que se espera que não o brasileiro
deixe de ser só o “cordial” de Sergio Buarque de Holanda. Seja o da concórdia.
E que se una entre si mais, como os americanos do norte o bem fazem com eles mesmo, o que temos visto não é tão simples aqui, pois se não temos castas,
temos classes sociais e culturais distintas no país. Não há propriamente um
orgulho de nação, e apesar do dito calor humano, o brasileiro não tem a coesão
americana por ex. que os unem em comunidades e mais ainda em nação, como se
analisou bem Vianna Mogg em “Bandeirantes e Pioneiros – paralelo entre duas
culturas ” – mostrando como esses tipos históricos influenciaram a nos forjar
distintos de lá. Tão bom seria que houvesse essa união de forças a parte essa
massa racial aparentemente não tão uniforme socialmente, do país.
Quando em época da copa do mundo de futebol, só ai esse orgulho de ser brasileiro? E nessas épocas que nós vemos como esse país
é tão diverso de mundos e povos dentro de suas entranhas. Tem até países dentro
do país, povos dentro dos povo – vai jogar Ucrânia X Gana? Sempre tem como se vê em reportagens de TV. De quase todas
partes do planeta temos e estamos hoje espalhados por ai na emigração também. Achamos
gente dessas nacionalidades todas aqui. Pode-se ver, difícil uma que não tenha
aqui. Mas o que isso acrescenta positivamente se não tivermos aquele ideal e élan de
progressismo coletivo como nação?
E mais, a união solidária, que anda, grassa uma tendência do cada um
por si, só Deus por todos. Precisamos tirar esse pecha do querer se fazer por
si e que se dane os outros, e na nação tão arraigado isso em certa corja que se acha elite,
de conluios que só quer se fazer, segregando-se do país, escamoteando, negociando escuso e não
de forma positiva como faz certa elite positiva que gera renda e dinheiro pra
país junto a um empenho multinacional de resultados.
Se não assim, voltando
as costas e dando bananas a todos como na novela “Vale tudo” fez ao final, deixa o tecido social e econômico do país debilitado, doente. O país jamais será
grande nesses abismos que fazem dentro de si e o transforma num país que jamais
sairá do potencial de ser emergente, deixando de lado o resto por algo
discriminatório dentro de si, não só do exterior.
Muito se fala em povo, população, mas é preciso falar mais
em pessoas se unindo pelo projeto de nação, o que parece utópico e não é, basta
ver os EUA, que mesmo tendo imigrantes tão distintos, já entram lá com o sonho americano
de progresso para si sim, mas para o crescimento da nação. Muitos dizem que
eles são frios e calculistas, mas nesse ponto nos dão banho de reunião e não e
a toa que, tendo sido o Brasil mais potente até que eles na época colonial,
ficamos tão distantes no após duas guerra mundiais no século XX.
Um país se faz com mentalidade, unidade ainda que na diversidade
como aqui. Somos multi-étnicos sim, mas deve-se resgatar a ética e a cidadania.
Em nossa formação atual, tiremos nossos entraves, sejamos sim mais antenados ao
mundo, tiremos os corporativismos, os burocratismos, e as ideologias e idealização do isolacionismo
como salvação, mas também não sendo subservientes ao dito primeiro mundo.
“Que pais é esse?” - já se falou e cantou muito com Legião Urbana e
que foi dito originalmente pelo ex-senador Francelino Pereira de forma no meio
de vis negociações políticas em Brasilia. Mas, tempos depois Teotônio Vilela
mostrou um outro lado político mais ético cantado em Menestrel das Alagoas,
mostrando que dá sim não fazer da corrupção e ruptura uma rotina. Cazuza achava
que o Brasil já veio malhado antes da gente nascer. Mas ainda há jeito que não
a antiga brincadeira que a melhor saída é o Galeão – ou qualquer outro
aeroporto pra sair do país.
Somos um só povo, mas
precisamos que seja uma só nação. E como na canção acima de Alceu, que seja
mais solidária, além de progressista. Tomara, meu Deus tomara... Que não seja
mais o país que me ufano, nem o slogan antigo do “Ame-o ou deixe-o”. Façamos
todos nossa parte, não só de cima para baixo, ou de baixo para cima, mas para
todos os lados. Brasil mostre sua cara e coragem de transformação em união de
seus povos formadores, adequação em equação... Custe o que custar!