AS PESSOAS QUE NOS PERTUBAM – O INFERNO SÃO OS OUTROS?

AS PESSOAS QUE NOS PERTUBAM – O INFERNO SÃO OS OUTROS?

“ O INFERNO SÃO OS OUTROS ” ( Frase-Pensamento de Jean Paul Sartre – filósofo francês) -

O outro:

“ As outras pessoas são fontes permanentes de contingências. Todas as escolhas de uma pessoa levam à transformação do mundo para que ele se adapte ao seu projeto. Mas cada pessoa tem um projeto diferente, e isso faz com que as pessoas entrem em conflito sempre que os projetos se sobrepõem. Mas Sartre não defende, como muitos pensam, o solipsismo. O homem por si só não pode se conhecer em sua totalidade. Só através dos olhos de outras pessoas é que alguém consegue se ver como parte do mundo. Sem a convivência, uma pessoa não pode se perceber por inteiro. "O ser Para-si só é Para-si através do outro", idéia que Sartre herdou de Hegel. Cada pessoa, embora não tenha acesso às consciências das outras pessoas, pode reconhecer neles o que têm de igual. E cada um precisa desse reconhecimento. Por mim mesmo não tenho acesso à minha essência, sou um eterno "tornar-me", um "vir-a-ser" que nunca se completa. Só através dos olhos dos outros posso ter acesso à minha própria essência, ainda que temporária. Só a convivência é capaz de me dar a certeza de que estou fazendo as escolhas que desejo. Daí vem a idéia de que "o inferno são os outros", ou seja, embora sejam eles que impossibilitem a concretização de meus projetos, colocando-se sempre no meu caminho, não posso evitar sua convivência. Sem eles o próprio projeto fundamental não faria sentido.”

Assim foi essencialmente a análise de Wikipédia sobre a frase do existencialista Sartre.




Em geral sempre há alguém que perturbe e ao final até conturbe nossas vidas numa forma geral. . Há os que não nos deixam fazer o pleno convívio, os indiferentes, os agressivos, os irônicos, os frios, os egocêntricos. Ou de necessidades próprias. E etc, etc etc – tantos são os casos que não se pode dizer que foi por isso ou aquilo.

Mas as pessoas voltam a si e não percebem que muitas vezes são elas mesmo que ou são ou estão nesse inferno astral ou simplesmente ninguém está aqui nesse mundo pra se moldar aos nossos projetos, modos de ser e ver, nossos interesses. Mas de fato há quem obsta e alguns de forma que transforme nossa vida para frustração ou para pior situação ou condição, quando acreditamos piamente que juntos delas seria bom ou melhoraria.

Não se sabe até que ponto a divergência e discordância têm que proporção a cada um, mas muitas vezes somos nós que criamos o inferno em nós deixando que os façam a nós, damos a eles essa chance e cabe a nós acabar com isso. Temos muitas vezes o poder de sair dessas esparrelas e não o fazemos. Em outros casos o inferno é em ambos, no atrito, na discórdia em seus pontos de vistas e no distorcido encaminhamento acontecido.

Mas é claro, que por um destino em desatino, existem, aquelas pessoas que nos fazem o inferno, será que há alguém que em um dado momento não as encontrou? A generalização de ser o outro o inferno é perigosa. Até que ponto se está inserido nisso? Só o outro não presta, não cabe, não serve, nos prejudica, perturba nossa paz interior, obsta o que almejamos? Temos que saber de nosso valor, mas os valores nem sempre batem.

Nem sempre. Mas é complicado realmente perceber quantas pessoas que parecem até que tinham que vir pra nos experimentarmos, em experiência, que nem tudo são flores nessa vida, que o mundo e as pessoas são assim um contraponto e não só um encontro pra nós. Por isso tenho uma frasinha em que digo: “ Tem pessoas que lamentavelmente entram e saem de nossa vida, mas ai se pensa: há males que vem pra bem. Mas é de pensar, pelos transtornos e pelas tristezas, por que é que tem que haver bens que vem pro mal?”