IDÉIAS NA CABEÇA COM UMA CÂMERA FILMADORA NA MÃO

Uma Câmera na mão, um roteiro na cabeça –  para muitos a realização era simplificada assim. Como se isso bastasse, foi tempo de cinema de vanguarda, idos anos 70 e ao mesmo tempo quase artesanal. E a super 8 era uma câmera que levava a esse sonho cinematográfico.

Era interessante essa idéia de um Golias de cinema quase individual de autor conta o sansão das grandes empresas cinematográficas, com orçamentos enormes, que faziam filmes de platéia. A esses empreendedores menores, só a rebarba do mercado.

E o culto consagração do chamado cinema cabeça, ou cerebral. De qualquer forma com o tempo o mercado prevaleceu, ainda mais que pra fazer filmes pequenos mas cheio de custos, procuravam o Governo, a EMBRAFILME tava lá, mas a crise econômica do país foi aos poucos isso decaindo...

Falar a verdade nem lembro se houve filmes desse modo. Só que aí nessa época adorava a ideia de um violão compondo e uma filmadora pra registrar. Não tinha, um ex cunhado uma vez emprestou e filmei as Cataratas do Iguaçu. Acabou que nem vi como ficou afinal.

Anos mais tarde se popularizou as câmeras de vídeos domésticas e eu pai de primeira viagem me deslumbrei de filmar filho de olhos azuis em diversas ocasiões, em especial passeios e aniversários. A foto que anexo mostra uma que tinha.

Era de VHS, formato que se acabou. Na era digital não corri mais atrás de uma, com filho já adolescente. Vez ou outra,  registro pelo celular, que hoje faz muito desse papel, como é pra gravador de voz em substituição a fita cassete.

Fica aqui esse registro de gosto incomum: Uma Câmera  - ou filmadora - na mão, agora aquela ideia de cinema dessa forma, não passou de imaginação. 

Não chegou a ser sonho como foi de ser compositor. Uma câmera filmadora ainda me fascina. Deixo porém documental cinematográfico pra quem tem talento, condições e oportunidades.