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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































30 de junho de 2014

JACUMAÍBA CANOEIRO - EM MEIO A JUPIÁS





JACUMAÍBA CANOEIRO - EM MEIO A JUPIÁS


Piloto jacumaíba canoeiro:
navega com destreza,
para a canoa não virar!
Num jupiá,
        jupiá,
        jupiá, eh, eh!
Num jupiá,
        jupiá,
        jupiá, eh, eh!
        Que dá no meio do rio
                                    Araguaia!
        Que dá no meio do rio
                                    Amazonas!
Com jacumã,
       jacumã,
       jacumã, eh, eh!
Com jacumã,
       jacumã,
       jacumã, eh, eh!
       Que vá à beira do rio
                                 Araguaia!
        Que vá à beira do rio
                                 Amazonas!


 P.S.
 - Jacumaíba em certas regiões ao norte é piloto de canoa.
- Jacumã seria o remo do canoeiro.
-Jupiá na região amazônica conforme o dicionário Aurélio é redemoinho forte que dá no meio de rios na região norte e centro-oeste.


29 de junho de 2014

PESCADORES DE PEIXES E HOMENS DE FÉ - EM DIA DE SÃO PEDRO PADROEIRO






Pescador de peixes,
Pescador de homens.
Tão distintas formas de ser e viver.

Um pescador caiçara, jangadeiros de arrastão, de alto mar
Ou quem seja por lazer, quem queira trazer pescados alimentos de bocas.
Um padre, um pastor, um pregador,
Faz da crença a Deus as suas missões apostólicas.

E São Pedro padroeiro nisso uniu pescado e em prol cristão fomentando a fé.
Por escolha de Jesus que até o elegeu com chaves ao céu.
Pescador de peixes segue na sua labuta em águas de lagoas, mares e rios
Pescador de almas rege sua conduta em águas límpidas da fé convertendo até os ímpios.


Nos litorais brasileiros a antiga raça de pescadores caiçaras...

No nordeste os Jangadeiros e seus pescados em arrastões...
 

Pescaria no mais alto-mar, um misto de aventura e profissionalismo...

Pescador de lazer busca mais o prazer do entretenimento e divertimento.
 


CANÇÕES DE MAR E VÍDEO SOBRE OS CAIÇARAS...











25 de junho de 2014

NO DIA DO IMIGRANTE - O BRASIL COM SEU LEGADO DE IMIGRAÇÃO


Imigrantes são aqueles tipos de gente que sai de seu chão para outra nação, buscando novos caminhos e acabam contribuindo com seu trabalho e sua cultura a outra pátria que os absorve. Existem aqueles que são tragados pelo Sistema, mas no Brasil eles foram marcas do progresso no ingresso de seus meios e modos. Seus seres e sonhos.

O Brasil não apenas os utilizou, os integrou. Ao ponto que muito dos que vieram forjaram no tecido social, fazem parte importante até do novo povo brasileiro que tem sim sua raiz nessa gente. Não aceito que diga que o Brasil é índio ou negro-mulato, nem luso-brasileiro apenas: é mais ainda com a parte que cabe a eles que vieram em grande escala até o século XX.



Uma vez uma pessoa no programa Sem censura da TVE ficou indignada com uma pessoa negra dizendo a branca: sai daqui sua gringa. Ela ficou injuriada, afinal nasceu, cresceu, tem os valores da terra, como assim uma brasileira tratada como estrangeira só por conta de sua origem caucasiana? Não e não, ela faz parte desse caldeirão étnico-racial sim. Em grande escala e número.

E muitos deles contribuíram desde os primórdios em princípio como mão de obra agrícola, depois industrial e comercial e com eles vieram técnicas que ajudaram o país que fazia sua última formação do jeito que é hoje e influenciaram também com sua alimentação, seu jeito, suas falas, até o seu sangue que corre na veia de tantos brasileiros, de forma pura ou miscigenada.

Os portugueses desde sempre foram a base, espanhóis também, mas italianos deixaram uma marca indelével, em especial no sudeste. Os alemães e poloneses ao sul.  E não entendo os descendentes nisseis, sanseis ou nome que seja ainda serem taxados de japas ou japoneses – são aos poucos bem brasileiros e criando até uma cepa nova interessante mestiça nipo-brasileira.



Imigrantes de todos cantos existem por aqui, tem libaneses, árabes, desde os tempos dos mascates, suíços, africanos. Chega uma Copa do Mundo, vai a TV procurar colônia ou descendente e quase não falta algum de uma parte de origem por essas bandas. Aqui já foi terra promissora pros imigrantes, hoje os que vêm são mais pela simpatia que tem por aqui ou alguma oportunidade, já não há aquela leva de outrora.



Agora não importa – já são gente como a gente, alguns comemoram suas tradicionais festas ancestrais, mas no final das contas são todos brasileiros seus descendentes ou quem abraçou de corpo e alma a nação. Que vive, trabalha, respira o ar do Brasil varonil, que não é só luso-negro-índio como se arvoram discriminar. O Brasil de todas raças e povos num só lugar!

O BRASIL COM SEU LEGADO E CONTRIBUIÇÃO DA IMIGRAÇÃO 
- NO DIA DO IMIGRANTE!


Um vídeo sobre...



19 de junho de 2014

CHICO BUARQUE 70 ANOS - UMA HOMENAGEM DE PARABÉNS PARA COM O ÍDOLO ÍCONE MUSICAL




No dia de hoje o grande Francisco Buarque de Hollanda faz 70 anos quem diria.  O filho do historiador e intelectual Sergio Buarque de Hollanda  E com mãe Maria Amélia – teve boa estirpe hem!



O Chico como popularmente se consagrou, começou com carinha meio tímida, intimista e já chegou mandando ver nos festivais da canção nos idos anos 60: com “A banda” animou mais que a cidade, todo país com essa marchinha cheia de graça e ali já percebia que além do compositor, o letrista flertava com a poesia. Depois tão bem cantada com graça por Nara Leão parceira de cantorias.



E que ele levou mais a fundo ainda com “Roda viva” cantando junto com MPB-4, uma letra instigante que demonstra um Chico certamente já antenado com o sistema engolindo as pessoas. Numa época de começo de ditadura ele foi campeão disso: fazer letras defrontando o poder sem que ele se sentisse ofendido ao não entender as sublinhas me parece.



E “Sabiá” junto com Tom Jobim tão vaiado por ser lírico em contraponto ao “Pra não dizer que não falei de flores” no fundo já falava dos que tinham que partir pro exílio, na perseguição política dos que eram vistos como esquerdistas, com alguns sumindo nos porões ditatoriais, outros tendo que sair um a um, após ficar claro que a guerrilha não mudaria o estado de coisas e os intelectuais passaram a ser mal vistos como formadores de opinião.



O meu primeiro contato com ele foi numa série comprada nas bancas que me fez definitivamente preferir a MPB de qualidade. O álbum “meus caros amigos” foi o primeiro de muitos que comprei dele. Não digo que era o preferido, mas com certeza tinha bom conceito dele a ponto de o ter como um dos referenciais musicais. E várias canções e letras foram ponto de partida que me fizeram ser querer sonhar ser um compositor um dia ainda que malfadado acabou sendo. E foram a  fundo seu som e sabedoria em minha história de vida pessoal.





A ditadura aos poucos o foi tolhendo e ele reagiu com graça com “Apesar de você” e “Você não gosta de mim, mas sua filha gosta”. Cada vez mais acossado pela censura um dia compôs com Gilberto Gil “Cálice” contrapondo ao cale-se censorial. Genial essa manobra de como que em código artístico se voltar contra um regime de mão de ferro dos quartéis. Acabou que foi ao exílio voluntário na Itália, mas em breve voltou.


Teve um contraponto ao apenas músico e cantor: ele entrou de vez numa vertente destacada de dramaturgo musical, em que se encenavam peças com músicas ao fundo se destacando em canto – interessante isso. “Calabar” foi sua peça junto com Ruy Guerra mais contundente, em metáfora política usando um personagem histórico. Como foi “Roda viva”. Porém a mais popular foi a “Ópera do malandro”, ele aqui e acolá trazendo a tona um jeito mais carioca  na alma de ser. Ainda se destaca “Gota d’água” com Paulo Pontes utilizando o mito de Medeia para o tempo atual e “os Saltimbancos”, um infanto-juvenil.



A dizer a verdade admirei o artista e compositor Chico, só nunca concordei com sua posição de apoio a Cuba dos irmãos Castro ditatorial em idealismo se confundindo com uma ideologia retrógrada e ao então visto esquerdismo brasileiro ético que o tal PT se propôs e hoje se vê uma farsa pelo poder corrupto. Nunca o vi revendo conceitos e apoios a essa forma retrógrada que hoje infesta o país. Isso o faz desmerecer? Não, nunca.

O intelectual, o artista, o artesão cultural ainda vale e muito. Ainda teve capacidade de fazer livros e ser algo literato com obras como “Estorvo”, “Budapeste” “leite derramado” “A fazenda modelo”. Confesso que não tive tanta vontade de ler nenhum, talvez um erro a ser corrigido. Não por desconsiderar nesse ponto, só que eu continuo o vendo mais pelo campo musical, letrista e teatral. Esse lado é mestre ainda considero e muito.



Anos 70 e 80 um hit a cada instante ele fez. O cancionário nacional ganhou diversos sons que foram imortalizados por ele e outros intérpretes. Sabedor da alma feminina seu alto ego sensível fez com que muitas mulheres o admirassem, sem contar seus olhos azuis que o tinham como um quase galã informal e bem visto pelo seu jeito contido pouco sociável  mas afável. 

Tantos parceiros teve, notáveis como Tom Jobim, Milton Nascimento, Gilberto Gil, , Edu lobo, Francis Hime. E com Caetano Veloso ainda por cima dividiu um programa na TV GLOBO num tempo de que a Televisão aberta abria espaço a música de categoria e com esses dois reunidos não podia deixar de ser um marco televisivo musical.


Quantos sucessos em sucessão! Melodias e letras magistrais... Tais como “Construção” “O que será”, “samba do grande amor   “passaredo” , “vai passar” , “Pivete”, “Carolina” “Olhos nos olhos” “pedaço de mim” “gota d’ água” “As vitrines” "meu guri", "partido alto" ciranda da bailarina”  etc etc.

O Chico Buarque de todos nós apreciadores da boa música virou quase sinônimo de MPB. Que seria dessa sem ele? Bem mais pobre com certeza. Hoje está mais recolhido que nunca, ele que nunca foi dado a shows com seu jeito de bom moço inteligente. Não importa: ele continuará no imaginário popular dos que tem bom gosto e bom nível cultural.

Parabéns Chico por usa obra, sua vida, seu carisma e categoria. 

Ícone e ídolo.

Somos todos seus fãs!

ABAIXO OVERDOSE DE VÍDEOS COM AS
CANÇÕES CITADAS NO TEXTO - E 
EXISTEM TANTAS MAIS!











































VENDO GETÚLIO - E O 24 DE AGOSTO DATA MARCANTE EM NASCIMENTO DE MAMA COMO DE MORTE DE VARGAS






Num domingo nublado, chuvoso de 25/05/2014 indo a Zona Sul, levando filho a evento de mangás e animes, em Laranjeiras, fui pra Copacabana aproveitando, para tirar fotos diversas do bairro e praia, aproveitando rever o tão freqüentado antigamente cine Roxy na Av. Nossa Senhora de Copacabana. E claro fui ver “Getúlio” – pela atuação comentada de Tony Ramos, a reconstituição de época e por conta além de prestigiar cinema nacional dos bons como sempre o fiz, a trama, o drama desse presidente que tanto marcou o país e ali, indo a fundo, na intimidade de seus últimos momentos em vida. E porque há algumas coincidências dele com minha família. Vejamos...

24 de agosto de 1931, Dra. Lucia, minha mãe, nasceu em Lisboa, Portugal, vejam só. Veio Luciazinha nenê para cá, o Brasil. E há uma história que ela tanto contava dessa data: que neste dia o meu tio Maurinho, ainda criança morreu, teve que vó Maria dividir alegria e tristeza no mesmo dia. Anos mais tarde vendo vó chorar por ele, ela se sentiu “culpada” por ter vindo substituir ele, quanta suscetibilidade sensível! Claro que Vó Maria negou e diz que ela foi até uma compensação, apenas chorava a perda de um filho.



24 de agosto de 1954: mama fazia 23 anos, quando escutou pelo rádio o suicídio e morte de Vargas. Logo no dia do seu aniversário lamentou consternada! E vendo o filme descubro que ele escolheu esse dia pareceu-me por ser o dia da morte de seu filho chamado por todos Getulinho, que por coincidência era como meu tio Francisco Carvalho Matos era chamado por ter alguma semelhança física.

Coincidências a parte, foi um choque para minha mãe e toda nação. No final se pode ver a dimensão disso e confesso que senti um pouco desse choque, choro e comoção vendo a cena, com a filha Alzira Vargas, interpretada por Drica Moraes, se desesperar ao ver enxaguado de sangue  o pai estanque pela bala no coração: ali era não só o presidente que se foi, mas um pai. Que ela achava honrado sim apesar dos detratores!





O filme reforça essa intimidade além do poder – vemos a angustia do homem diante o avanço das denúncias em torno do atentado na rua Tonelero, contra o Deputado Carlos Lacerda e que tirou a vida do Major Vaz. O que se denominou na época “mar de lama”, com seu chefe da guarda pessoal o dito “anjo negro” Gregório Fortunato envolvido em tramas submersas que respingaram no Presidente. Ele agora um presidente eleito não queria renunciar, só com seu cadáver sairia dali dizia. E assim o fez, num pacto de sangue e morte consigo mesmo.



O filme começa com reflexões de um Getúlio Vargas sabendo que representou pro bem e para o mal uma contradição com a nação, ao país, desde quando junto com militares fez o golpe que resultou na época a chamada República Nova. O chamaram de ditador,  mais ainda no Estado Novo quando até fechou o Congresso. Ele se fez espécie de caudilho e pior flertando com o fascismo de Mussolini e Nazismo de Hitler,  em meio ao integralismo e repressão ao comunismo.

Ao mesmo tempo é uma espécie de pai patrono dos trabalhadores brasileiros ao criar a CLT fundando o trabalhismo brasileiro e progressista nacionalista ao criar a Petrobrás e a Companhia Siderúrgica Nacional e valorizar a exportação do café. Queria um dia ver um filme indo a fundo nessa época áurea dele, como assim o fez sobre seu início na cena nacional o livro também intitulado “Getúlio” de Lira Neto. Quanto paradoxo trouxe, mas no final das contas ficou como benfeitor apesar das campanhas sórdidas de lhe detratar e fazer vir renunciar, encabeçadas por Carlos Lacerda, Afonso Arinos, os Brigadeiros, certa opinião pública e até Café Filho seu Vice.


  
O filme retrata seu staff na Sede de Governo, no Palácio do Catete no Rio, tentando ver saídas e no final só ver a sua saída em renúncia como saída. O que ele recusa por ter sido eleito democraticamente. Corações e mentes envolvidas entre a emoção e a razão. Deixou ao final sua carta testamento que aqui reproduzo e agora no filme vemos esse dia, 24 de agosto em que saiu da vida pra entrar na história como tão ficou famoso sua carta derradeira escrita e assinada em baixo.



Uma pena o fim tão trágico, porém podemos apreender que entre prós e contras, o que ficou dele é mais positivo que negativo. Dia de aniversário de mama e morte ao pequeno grande homem gaúcho, que saiu dos pampas do Rio Grande do Sul, pra ser de militar a presidente, da era Vargas se fazer presente até hoje em avenidas, monumentos, museus, hospitais, ou seja, foi o mais marcante de todos que nos governaram e pra sempre ficará na memória por diversas gerações além...

Clicando em cima pode-se ler melhor
a carta testamento...


O trailer do filme...


Um documentário sobre a vida desse grande estadista...