Aqui poderá encontrar reflexão permeada de emoção e racionalidade mescladas, a cerca dos relacionamentos interpessoais, do existencial e da sociedade em geral, em forma de crônicas cotidianas, comportamentais ou poetisadas e poemas voltados ao mundo atual real, assim como sem deixar o lirico no sentimental. emocional e no romântico, muitas vezes.
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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!
Imigrantes são aqueles tipos de gente que sai
de seu chão para outra nação, buscando novos caminhos e acabam contribuindo com
seu trabalho e sua cultura a outra pátria que os absorve. Existem aqueles que
são tragados pelo Sistema, mas no Brasil eles foram marcas do progresso no
ingresso de seus meios e modos. Seus seres e sonhos.
O Brasil não apenas os utilizou, os integrou.
Ao ponto que muito dos que vieram forjaram no tecido social, fazem parte
importante até do novo povo brasileiro que tem sim sua raiz nessa gente. Não
aceito que diga que o Brasil é índio ou negro-mulato, nem luso-brasileiro
apenas: é mais ainda com a parte que cabe a eles que vieram em grande escala
até o século XX.
Uma vez uma pessoa no programa Sem censura da
TVE ficou indignada com uma pessoa negra dizendo a branca: sai daqui sua
gringa. Ela ficou injuriada, afinal nasceu, cresceu, tem os valores da terra,
como assim uma brasileira tratada como estrangeira só por conta de sua origem
caucasiana? Não e não, ela faz parte desse caldeirão étnico-racial sim. Em grande escala e número.
E muitos deles contribuíram desde os primórdios
em princípio como mão de obra agrícola, depois industrial e comercial e com
eles vieram técnicas que ajudaram o país que fazia sua última formação do jeito
que é hoje e influenciaram também com sua alimentação, seu jeito, suas falas,
até o seu sangue que corre na veia de tantos brasileiros, de forma pura ou
miscigenada.
Os portugueses desde sempre foram a base, espanhóis
também, mas italianos deixaram uma marca indelével, em especial no sudeste. Os alemães
e poloneses ao sul. E não entendo os
descendentes nisseis, sanseis ou nome que seja ainda serem taxados de japas ou
japoneses – são aos poucos bem brasileiros e criando até uma cepa nova interessante
mestiça nipo-brasileira.
Imigrantes de todos cantos existem por aqui,
tem libaneses, árabes, desde os tempos dos mascates, suíços, africanos. Chega uma Copa do Mundo, vai a TV procurar colônia
ou descendente e quase não falta algum de uma parte de origem por essas bandas.
Aqui já foi terra promissora pros imigrantes, hoje os que vêm são mais pela
simpatia que tem por aqui ou alguma oportunidade, já não há aquela leva de
outrora.
Agora não importa – já são gente como a gente,
alguns comemoram suas tradicionais festas ancestrais, mas no final das contas
são todos brasileiros seus descendentes ou quem abraçou de corpo e alma a nação.
Que vive, trabalha, respira o ar do Brasil varonil, que não é só
luso-negro-índio como se arvoram discriminar. O Brasil de todas raças e povos
num só lugar!
O BRASIL COM SEU LEGADO E CONTRIBUIÇÃO DA IMIGRAÇÃO - NO DIA DO IMIGRANTE!
No dia de hoje o
grande Francisco Buarque de Hollanda faz 70 anos quem diria. O filho do historiador e intelectual Sergio
Buarque de Hollanda E com mãe Maria Amélia – teve boa estirpe hem!
O Chico como
popularmente se consagrou, começou com carinha meio tímida, intimista e já
chegou mandando ver nos festivais da canção nos idos anos 60: com “A banda”
animou mais que a cidade, todo país com essa marchinha cheia de graça e ali já
percebia que além do compositor, o letrista flertava com a poesia. Depois tão
bem cantada com graça por Nara Leão parceira de cantorias.
E que ele levou mais
a fundo ainda com “Roda viva” cantando junto com MPB-4, uma letra instigante
que demonstra um Chico certamente já antenado com o sistema engolindo as
pessoas. Numa época de começo de ditadura ele foi campeão disso: fazer letras
defrontando o poder sem que ele se sentisse ofendido ao não entender as
sublinhas me parece.
E “Sabiá” junto com
Tom Jobim tão vaiado por ser lírico em contraponto ao “Pra não dizer que não
falei de flores” no fundo já falava dos que tinham que partir pro exílio, na
perseguição política dos que eram vistos como esquerdistas, com alguns sumindo
nos porões ditatoriais, outros tendo que sair um a um, após ficar claro que a
guerrilha não mudaria o estado de coisas e os intelectuais passaram a ser mal
vistos como formadores de opinião.
O meu primeiro
contato com ele foi numa série comprada nas bancas que me fez definitivamente
preferir a MPB de qualidade. O álbum “meus caros amigos” foi o primeiro de
muitos que comprei dele. Não digo que era o preferido, mas com certeza tinha bom
conceito dele a ponto de o ter como um dos referenciais musicais. E várias
canções e letras foram ponto de partida que me fizeram ser querer sonhar ser um compositor um dia
ainda que malfadado acabou sendo. E foram a fundo seu som e sabedoria em minha história de vida pessoal.
A ditadura aos
poucos o foi tolhendo e ele reagiu com graça com “Apesar de você” e “Você não
gosta de mim, mas sua filha gosta”. Cada vez mais acossado pela censura um dia
compôs com Gilberto Gil “Cálice” contrapondo ao cale-se censorial. Genial essa manobra
de como que em código artístico se voltar contra um regime de mão de ferro dos
quartéis. Acabou que foi ao exílio voluntário na Itália, mas em breve voltou.
Teve um contraponto ao
apenas músico e cantor: ele entrou de vez numa vertente destacada de dramaturgo
musical, em que se encenavam peças com músicas ao fundo se destacando em canto
– interessante isso. “Calabar” foi sua peça junto com Ruy Guerra mais
contundente, em metáfora política usando um personagem histórico. Como foi “Roda viva”. Porém a mais popular
foi a “Ópera do malandro”, ele aqui e acolá trazendo a tona um jeito mais
carioca na alma de ser. Ainda se destaca
“Gota d’água” com Paulo Pontes utilizando o mito de Medeia para o tempo atual e
“os Saltimbancos”, um infanto-juvenil.
A dizer a verdade
admirei o artista e compositor Chico, só nunca concordei com sua posição de apoio
a Cuba dos irmãos Castro ditatorial em idealismo se confundindo com uma
ideologia retrógrada e ao então visto esquerdismo brasileiro ético que o tal PT
se propôs e hoje se vê uma farsa pelo poder corrupto. Nunca o vi revendo
conceitos e apoios a essa forma retrógrada que hoje infesta o país. Isso o faz
desmerecer? Não, nunca.
O intelectual, o
artista, o artesão cultural ainda vale e muito. Ainda teve capacidade de fazer
livros e ser algo literato com obras como “Estorvo”, “Budapeste” “leite
derramado” “A fazenda modelo”. Confesso que não tive tanta vontade de ler
nenhum, talvez um erro a ser corrigido. Não por desconsiderar nesse ponto, só
que eu continuo o vendo mais pelo campo musical, letrista e teatral. Esse lado
é mestre ainda considero e muito.
Anos 70 e 80 um hit
a cada instante ele fez. O cancionário nacional ganhou diversos sons que foram
imortalizados por ele e outros intérpretes. Sabedor da alma feminina seu alto
ego sensível fez com que muitas mulheres o admirassem, sem contar seus olhos
azuis que o tinham como um quase galã informal e bem visto pelo seu jeito
contido pouco sociável mas afável.
Tantos parceiros
teve, notáveis como Tom Jobim, Milton Nascimento, Gilberto Gil, , Edu lobo,
Francis Hime. E com Caetano Veloso ainda por cima dividiu um programa na TV
GLOBO num tempo de que a Televisão aberta abria espaço a música de categoria e
com esses dois reunidos não podia deixar de ser um marco televisivo musical.
Quantos sucessos em
sucessão! Melodias e letras magistrais... Tais como “Construção” “O que será”,
“samba do grande amor “passaredo” ,
“vai passar” , “Pivete”, “Carolina” “Olhos nos olhos” “pedaço de mim” “gota d’
água” “As vitrines” "meu guri", "partido alto" ciranda da bailarina” etc etc.
O Chico Buarque de
todos nós apreciadores da boa música virou quase sinônimo de MPB. Que seria
dessa sem ele? Bem mais pobre com certeza. Hoje está mais recolhido que nunca,
ele que nunca foi dado a shows com seu jeito de bom moço inteligente. Não
importa: ele continuará no imaginário popular dos que tem bom gosto e bom nível
cultural.
Parabéns Chico por usa obra, sua vida, seu carisma e categoria.
Num domingo nublado, chuvoso de
25/05/2014 indo a Zona Sul, levando filho a evento de mangás e animes, em
Laranjeiras, fui pra Copacabana aproveitando, para tirar fotos diversas do
bairro e praia, aproveitando rever o tão freqüentado antigamente cine Roxy na
Av. Nossa Senhora de Copacabana. E claro fui ver “Getúlio” – pela atuação
comentada de Tony Ramos, a reconstituição de época e por conta além de
prestigiar cinema nacional dos bons como sempre o fiz, a trama, o drama desse
presidente que tanto marcou o país e ali, indo a fundo, na intimidade de seus
últimos momentos em vida. E porque há algumas coincidências dele com minha
família. Vejamos...
24 de agosto de 1931, Dra. Lucia, minha
mãe, nasceu em Lisboa, Portugal, vejam só. Veio Luciazinha nenê para cá, o
Brasil. E há uma história que ela tanto contava dessa data: que neste dia o meu
tio Maurinho, ainda criança morreu, teve que vó Maria dividir alegria e
tristeza no mesmo dia. Anos mais tarde vendo vó chorar por ele, ela se sentiu
“culpada” por ter vindo substituir ele, quanta suscetibilidade sensível! Claro
que Vó Maria negou e diz que ela foi até uma compensação, apenas chorava a
perda de um filho.
24 de agosto de 1954: mama fazia 23 anos,
quando escutou pelo rádio o suicídio e morte de Vargas. Logo no dia do seu
aniversário lamentou consternada! E vendo o filme descubro que ele escolheu
esse dia pareceu-me por ser o dia da morte de seu filho chamado por todos
Getulinho, que por coincidência era como meu tio Francisco Carvalho Matos era
chamado por ter alguma semelhança física.
Coincidências a parte, foi um choque para
minha mãe e toda nação. No final se pode ver a dimensão disso e confesso que
senti um pouco desse choque, choro e comoção vendo a cena, com a filha Alzira
Vargas, interpretada por Drica Moraes, se desesperar ao ver enxaguado de
sangue o pai estanque pela bala no
coração: ali era não só o presidente que se foi, mas um pai. Que ela achava
honrado sim apesar dos detratores!
O filme reforça essa intimidade além do
poder – vemos a angustia do homem diante o avanço das denúncias em torno do
atentado na rua Tonelero, contra o Deputado Carlos Lacerda e que tirou a vida
do Major Vaz. O que se denominou na época “mar de lama”, com seu chefe da
guarda pessoal o dito “anjo negro” Gregório Fortunato envolvido em tramas
submersas que respingaram no Presidente. Ele agora um presidente eleito não
queria renunciar, só com seu cadáver sairia dali dizia. E assim o fez, num
pacto de sangue e morte consigo mesmo.
O filme começa com reflexões de um Getúlio Vargas
sabendo que representou pro bem e para o mal uma contradição com a nação, ao
país, desde quando junto com militares fez o golpe que resultou na época a
chamada República Nova. O chamaram de ditador, mais ainda no Estado Novo quando até fechou o
Congresso. Ele se fez espécie de caudilho e pior flertando com o fascismo de Mussolini
e Nazismo de Hitler, em meio ao
integralismo e repressão ao comunismo.
Ao
mesmo tempo é uma espécie de pai patrono dos trabalhadores brasileiros ao criar a
CLT fundando o trabalhismo brasileiro e progressista nacionalista ao criar a Petrobrás e a Companhia
Siderúrgica Nacional e valorizar a exportação do café. Queria um dia ver um
filme indo a fundo nessa época áurea dele, como assim o fez sobre seu início na
cena nacional o livro também intitulado “Getúlio” de Lira Neto. Quanto paradoxo
trouxe, mas no final das contas ficou como benfeitor apesar das campanhas sórdidas
de lhe detratar e fazer vir renunciar, encabeçadas por Carlos Lacerda, Afonso
Arinos, os Brigadeiros, certa opinião pública e até Café Filho seu Vice.
O filme retrata seu staff na Sede de
Governo, no Palácio do Catete no Rio, tentando ver saídas e no final só ver a
sua saída em renúncia como saída. O que ele recusa por ter sido eleito
democraticamente. Corações e mentes envolvidas entre a emoção e a razão. Deixou
ao final sua carta testamento que aqui reproduzo e agora no filme vemos esse
dia, 24 de agosto em que saiu da vida pra entrar na história como tão ficou
famoso sua carta derradeira escrita e assinada em baixo.
Uma pena o fim tão trágico, porém podemos
apreender que entre prós e contras, o que ficou dele é mais positivo que
negativo. Dia de aniversário de mama e morte ao pequeno grande homem gaúcho,
que saiu dos pampas do Rio Grande do Sul, pra ser de militar a presidente, da
era Vargas se fazer presente até hoje em avenidas, monumentos, museus,
hospitais, ou seja, foi o mais marcante de todos que nos governaram e pra
sempre ficará na memória por diversas gerações além...
Clicando em cima pode-se ler melhor
a carta testamento...
O trailer do filme...
Um documentário sobre a vida desse grande estadista...