Do se acostumar: ser triste, mas ao menos não
ser infeliz...
Há algum tempo a mãe da menina Isabella
Nardone, jogada pela janela em SP - quase com certeza absoluta pelo pai e sua
madrasta- falou algo que me chamou atenção: que esperava pelo menos um dia ser nem feliz nem infeliz. Ai lembrei uma canção
cantada por Joanna chamado "Recado" ( meu namorado ), composta por Renato
Teixeira, em que diz que o tal namorado era um sujeito ocupado e que se
preocupava de um dia achar a tristeza
normal, num tempo de relações mal-cuidadas. Ora vejam só: as pessoas simplesmente
podem se “acostumar” a viver assim,
triste porém se ao menos sem ser de todo infeliz, isso até caberia e porque não bastaria. Cabe??? Basta???? Claro que não.
É evidente que com o tempo, o costume
amolda a pessoa a uma rotina, que pode a fazer viver por viver e deixar isso
pra lá, ou como se costuma dizer, empurrar a vida com a barriga. Ou como
costumo dizer quando me perguntam e assim estou: indo e vindo, vindo e indo,
tocando a vida e nada mais. Nada demais isso? Claro que sim! A gente tem que
achar normal é ter no mínimo alegria de viver. A felicidade parece algo apenas
no dicionário? Não necessariamente. Mas a simples certeza que ao menos não é de
todo infeliz, é suficiente? Será? A tristeza seguindo seu fluxo de normalidade
no fundo é uma infelicidade. Uma perplexidade quem achar que não. Que se tire o
fato ou fator desencadeador dela.
Então veja bem o que te faz triste. Não
importa que não seja o fim do mundo e não te faça assim tão tão infeliz. Queira
mais. Ouse mais. Busque o que te faz sorrir, traz paz, que alivia, faz alegria.,
dá lazer, o prazer. Olhe que nem estou pregando de inicio a felicidade plena.
Mas arranque de sua bagagem cotidiana a mediana forma morna de se levar por
levar e você no fundo dizendo tudo “bem” entre aspas e se dar por satisfeito
porque tem saúde. Ah! Tá! Sem isso lógico nada adianta, mas isso nos ser a
única meta, sem sair da reta insatisfeita? Ter um mínimo de felicidade até a de
plenitude é fazer uma atitude para si, um sim para a vida.Fazer da tristeza algo de forma relativa e
dizer que está bem assim, que quem sabe um dia isso modifique sem fazer nada
para tal.
Ou que pelo menos um dia esteve
bem, é mascarar que precisa algo mudar. Isso faz os dias arrastados,
repetitivos, tediosos, medíocres e claro muitas vezes tristonhos. Acabe com a
tristeza, e o fato ou fator desencadeador, sinta a leveza em correnteza de um rio
a desembocar num mar grandioso. Não somos tristes por natureza, não há DNA
disso, nem determinismo existencial de assim o ser e ter, e ai, quando cair a
ficha pode ser tarde demais nessa existência passageira. Seja parceiro do que nos faz bem primeiro e
daí em diante será um radiante dia que nasce não só no horizonte, mas dentro de
cada um de nós... Sem a felicidade ampla, geral e irrestrita - a maior e melhor felicidade
possível!
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