Aqui poderá encontrar reflexão permeada de emoção e racionalidade mescladas, a cerca dos relacionamentos interpessoais, do existencial e da sociedade em geral, em forma de crônicas cotidianas, comportamentais ou poetisadas e poemas voltados ao mundo atual real, assim como sem deixar o lirico no sentimental. emocional e no romântico, muitas vezes.
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OBS. AUTORAL: QUE NÃO SE ESQUEÇA QUE HÁ UMA LEI DE DIREITOS AUTORAIS. CASO QUEIRAM REPRODUZIR, GUARDAR E OFERTAR A ALGUÉM ALGO QUE ESCREVI, ESTEJAM A VONTADE, PORÉM PEÇO DAR O CRÉDITO DE AUTORIA A MIM. NADA MAIS JUSTO, EVITANDO PENDENGAS JUDICIAIS. NÃO ESTOU DESCONFIANDO GENERALIZADO DAS PESSOAS, MAS SABEMOS QUE HÁ QUEM UTILIZA ATÉ INDEVIDAMENTE O QUE NÃO É SEU, SEM DAR O DEVIDO CRÉDITO CONCORDAM?
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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!
Quando o que procuramos parecem criar pernas ou asas - a se esconderem! rs
- Cadê a chave?
- Cadê o relógio?
- Cadê os óculos?
- Cadê o guarda-chuva?
- Cadê o tênis da escola?
Esses e outros objetos,
não tem o “PI!-PI!-PI!-PI!-PI!-PI!-PI!-PI!-PI!”,
o “TRIM!...TRIM!...TRIM!...TRIM!...”,
de
telefones celulares p/ achá-los.
Mas o insensato ser se perturba,
a dizer que eles estavam aqui,
que eles estavam ali,
que eles estavam acolá.
E que “eles sumiram”!
O que é? O que há?
O animismo a confirmar?
Às vezes os objetos parecem
criar pernas, transposicionarem.
Como a brincar de esconde-esconde...
Fernando Sabino em crônica já revelara
essa insensatez.
São de fato perdidos & achados,
achados & perdidos
( na ordem brasileira e americana! ).
OH! Devaneio de impaciência!
Ou o circunstancial de não de pronto
encontrá-los... P.S. Quando se fala de "achados e perdidos, dá pra se estranhar - achado primeiro que perdido? A razão disso? A tradução literal na ordem da língua inglesa de "Lost and found", mas o certo seria inverter no português para "perdidos e achados" o que não aconteceu, vai entender!
COMO DESFAZER – ENTRE TRALHAS, LP’S E
LIVROS FILOSÓFICOS INTELECTUAIS
Hora de fazer faxina e arrumação definitiva
da casa que era de mama um dia, mesmo que haja uma certa forma de dó afetiva efetiva. Mas uma complicação a mais mesmo é desfazer de
certas preciosidades. E curiosidades.
Não dos que viraram tralhas. Há coisas
guardadas não conservadas inexplicáveis, papéis desfeitos, documentos sem
valor, cacos e restos de coisas e objetos de que não valem mais, não funcionam,
revistas e livros e discos agora imprestáveis. Inacreditáveis estarem a se
amontoar!
Há coisas guardadas mais pelo fator afetivo
e acima de tudo histórico de cada um. Tipo cadernos, provas, trabalhos
escolares, coleções culturais e de diversão. Sejam recibos e faturas de
negócios e compras. Aqueles objetos e cartões que um dia foram dados ou
recebidos em consideração, mas datados, não valem mais!
A primeira que dá pena desfazer são LP’S – longs Plays - tão caros em estima que tinha,
de tantos cantores de MPB e internacionais de qualidade, alguns ditos
dinossauros. Com suas capas ainda atraentes, os bolachões pretinhos são o must
da recordação musical que era tão recorrente.
Mas sabe o que pior desfazer mesmo? Dos
livros. Que meu pai, compulsiva ou deliberadamente comprava. Diz ai como se
desfazer de Agatha Christie e seus crimes de mistério, mas acima de tudo os de
filosofia, com Kant, Nietzsche, Sócrates, Platão, etc.
Ficar por verniz intelectual nunca foi meu
time confesso. Mal li a maioria, sempre fui mais fã de sabedoria que de filosofia.
Mais direto ao ponto. Porém como renegar os grandes pensadores filosóficos?
Desfazer parece até sacrilégio, apesar do
pouco espaço em minha casa para acolhê-los. Dar aos sebos, as bancas de esquina,
é abrir mão de um gosto musical nos
casos dos discos em sua coleção como relicário sonoro, e abrir mão de concepção
intelectual filosofal dos livros?
Não sou dado a esses tipos que andam com
livros referencias de intelectualidade. Não preciso disso: ser um verniz do que
não sou – intelectual. Apenas sempre disse que estou além da média medíocre de
certa maioria populacional desse país.
O tempo passa, modismos se vão, mas a
verdade ali é uma: tudo isso que se pode se desfazer fisicamente, não se
desfaça por desmerecimento. É algo
diferente do que é diferenciado, de valor inestimável e imprescritível.
Resguardar tudo isso da poeira do tempo é
uma prova de decisão. Mas mesma que tudo isso se vá, lá no fundo tudo isso
permanece: porque as músicas e os escritos se perpetuarão nos sentidos, estão
além de mim, apenas não mais a mostra á vista de meus olhos – só isso!
"Muitas pessoas carregam a vida inteira o
peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam um
espaço inútil em seus corações e mentes."
(Martha Medeiros)
Depois de tamanha arrumação e de desfazer das tralhas ou separar o joio do trigo, do inutil ao ainda interessantes, cansaço do trabalho, ufa...
Toca-discos: ainda tenho essa raridade em
casa, apesar de não mais usar. Desfazendo de tanta coisas em casa paterna e
materna, os discos que formava um dos maiores gostos, com tamanhos sucessos e
cantores e grupos categorizados, parece retrógado ainda cultuar. Mas ali está
um jogo de som que vence as motivações e está ali por estar. Mas já não foi bem
assim.
Em minha rua, foi forma que coleguinhas de rua
se fizeram mais próximos de mim, mais, na identificação. Pela melhor condição
dada por pais médicos, tinha o melhor som da rua e os rapazes vieram a mim pra
um inicio de amizade de mocidade e que se solidificou não só no futebol de rua,
mas também pelo som que escutávamos.
Na época, Elton John tinha disco memorável
( Captain fantastic ) curtíamos muita a capa psicodélica, feito esse artista
pop dado a lances e arroubos insólitos, como saltar sobre pianos e trajar
roupas diferentonas. E a cantar canções que marcaram época. Mas havia os
rapazes que gostavam da Black music, em especial as baladas cujo sucesso
absoluto era Michael Jackson.
Mas a turma da gravadora Black “Moutoun”
era o ápice na música americana início dos anos 70. E assim eles iam lá, pra ouvir
também as dançantes, James Brown já era ícone
desse balanço. E assim era o som da velha vitrola, ultimo tipo moderna
pra época. Mas eis que duas coisas vieram mudar em mim o que queria ouvir. A
até querer virar compositor e letrista!
Gostei da canção “Morena” de Gonzaguinha,
uma espécie de toada balada. E ao ver coleções de MPB, sobre grandes nomes,
medalhões, como Gil, Caetano, Milton, Chico, como os antigos sucessos de MPB
anos 30 a 50, pude alterar o que queria ouvir a partir de então, são só rítmica,
que me isolou no subúrbio afeito ao internacional, mas com também letras
elaboradas.
E a volta do nacional, inclusive nas
letras, não era mais só feita sem inglês por nacionais fingindo falsificados
internacionais. Fora as bandas de rock progressivo, Queen com “Night of the Ópera”,
Gênesis, The WHO, Pink Floyd, os hoje dinossauros do rock fizeram também a
cabeça da moçada da época ligada ao pop e ao rock de qualidade.
Destarte que som se ouvia, lá estava ele: o
toca discos ou vitrola, com agulha de diamante tocando o bolachão pretos dos
LP’S ( Long Plays ) no prato do aparelho. Comprava compulsivo a balde e rodo e depois
lá ia pra ouvir no meu som particular. Muitos na época preferiam ouvir nos
bailes de clubes ou nos bares com música ao vivo, mas nunca fui dado a isso, só
ocasional.
A minha balada musical estava em casa
mesmo! Ou em shows 6 e meia no Teatro João Caetano, ou ir no Canecão, em
Botafogo, na época o centro dos lançamentos das estrelas musicais do Brasil.
Mas quem imperava em minha vida eram esses jogos de som, alguns integrados,
muitos com fita cassete, que sucumbiram junto deles.
Tudo passa na vida, a modernidade do CD,
depois DVD e agora os novos formatos
fazem cada vez mais antiquado esses jogos de som. Com o advento da
internet, confesso que só gosto de ouvir no Youtube ou em sites de busca. Ou
gravar baixando em programas operacionais de download, pra ouvir no próprio PC,
em DVD ou arquivo. Ou seja, deixei de lado o jogo de som.
E por que tenho um? Apego? Do involuntário
nostálgico? Não sei. Mas ele está em minha sala e fique como um símbolo de como
era e o que fazia em matéria musical. Jogo de som fora do tom. O bom da vida que tinha em
gosto. Como resgatar isso? Não sei: só sei que o som tá lá na sala a não se
tocar nem discos, nem CD, nem fitas, mas está lá: ficou por ficar e lembrar
nítido!
O som do primeiro disco comprado e escutado a exaustão com afinco - com Elton John
Como
tantas coisas na vida, os cinemas de rua também se foram ( pelo que me consta
só sobraram dois em Copacabana Roxy e Jóia, se não me engano). Este em foto abaixo
eram desmembrados, Madureira 1 e 2, muitas sessões a tarde fui neste cine do
bairro na Zona Norte.
Alguns filmes eram
com turminha da baderna da gritaria, como quando fui ver "Conan, o
bárbaro", que ao degolar um personagem e jogar a cabeça, um gaiato gritou:
"Segura essa Valdir Peres" - goleiro frangueiro da seleção em 1982 -
rsrs - riso geral se deu! Mas gargalhada mesmo foi ver “A gaiola das
Loucas” versão francesa-italiana, numa cena hilária um expectador ria de se
acabar, o restante foi junto na hipnótica risaria.
Houve
um tempo que gostava de filme de certa arte, muitos dito cabeça ou de diretores
consagrados, aí ia ver na Tijuca, na Cinelândia no Centro da Cidade e em
especial na Zona Sul, mais que todos em Copacabana. Pela dificuldade de
estacionar, muitas vezes parava no Méier e completava a ida de ônibus. Quando
não era neste bairro mesmo no Imperator.
Esforço
cinéfilo para ir nos cines da época ver filmes com gosto cultural de
entretenimento. Era forma de tirar solidão e fazer valer um hábito adquirido.
Não haviam Shoppings, o carro tinha que ficar na rua, ou ia de condução mesmo,
mas o importante era que os fins de semana eram bem preenchidos com ou sem
companhia em algo que viajava nas telas. Os cines de Copacabana fui mais assíduo, em especial quando se tratava de festivais de filmes do mundo que fossem bom de crítica e de culturas múltiplas ou filmes de arte, cabeça e de diretor. Jamais esquecerei Werner Herzog no Ricamar falar de filme seu e o ator caboclo Ruy Polanah polemizando sobre sua participação de filme amazônico do diretor.
E assim na poeira
do tempo eles se foram, a lembrança ficou. Havia graça de ir nesses cinemas de
rua que se transferiram para Shopping algo irreversível que aconteceu para
nunca mais mudar...