“O tempo é muito lento, para os que esperam.
Muito rápido, para
os que têm medo.
Muito longo, para os que lamentam.
Muito curto, para os que festejam.
Mas para os que amam, o tempo é eterno.”
Muito curto, para os que festejam.
Mas para os que amam, o tempo é eterno.”
- William Shakeaspeare
PERCEBEMOS QUE O TEMPO PASSA
Percebemos que o tempo passa... quando o cuti-cuti
do bebezinho de colo, vira criança que dá seus primeiros passos, palavras,
percepções. Abre os olhos para a vida.
Percebemos que o tempo passa... quando as
brincadeiras de infância e os embalos de jovens são só ecos do passado, do
realizado, dos amigos que muitos nem sabemos como e onde estão.
Percebemos que o tempo passa... quando o nosso
nenê, vira jovem, galalau de tamanho,
cresce e na vida aparece para ser outro que não mais aquele da meninice de
outrora.
Percebemos que o tempo passa quando as
velas de aniversário sobre o bolo era 1, depois 2, quiçá até 3 dígitos - vai-se
a mocidade mas que se comemore sempre uma nova feliz idade!
Percebemos que o tempo passa... quando o ator
era o neto, passa a ser filho, depois como jovem, depois pai, depois avô – o
mesmo tempo para todos nós da vida real!
Percebemos que o tempo passa... quando o
anuncio do programa de domingo se repete em outro inicio de fim de semana que
culminam em outros domingos das semanas.
Percebemos que o tempo passa... quando
desejamos feliz natal e ano novo, e quando menos se espera, está chegando
lépido outro feliz natal e ano novo – de novo.
Percebemos que o tempo passa... quando do jardim
da infância a faculdade parecia um tempo enorme de esforços e estudos e um dia
é lembrança do vazio do fim do que parecia sem fim.
Percebemos que o tempo passa.... quando vemos fotos de idos fatos e os retratos não retratam em suas imagens em semelhanças de como se é na atual idade e realidade.
Percebemos que o tempo passa.... quando vemos fotos de idos fatos e os retratos não retratam em suas imagens em semelhanças de como se é na atual idade e realidade.
Percebemos que o tempo passa... quando havia
uma rotina de trabalho e para muitos um uniforme, um dia aposentado buscar o
que fazer do ócio dos dias, um pijama agora mais couber.
Percebemos que o tempo passa... quando o que
podia ter sido feito não pode mais por que teve seu tempo de ser e fazer e até
feito a Carolina de Chico nem ter noção que passou sob a janela.
Percebemos que o tempo passa... quando temos
que pagar contas e pensando como poder pagá-las e quando ufa! As efetuamos, lá vêm outras, novas
e repetidas no mês seguinte!
Percebemos que o tempo passa... quando grandiosos
amores perdidos, tão doloridos, são pálidas pequenas lembranças vagas de um
instante bom e bonito que se foi na esteira do tempo.
Percebemos que o tempo passa, quando por
sorte, se faz bodas de prata, de ouro, disso e daquilo, de festejar um relacionamento
que seguiu no tempo sem se perder com o tempo.
Percebemos que o tempo passa... entre jazigos
dos cemitérios de quem lá jaz, tantas gentes que se foram e até quem foi seu
ente tão querido e hoje só não é pó no nosso lembrar, sentir e na missa.
Percebemos que o tempo passa... quando tudo do
mundo que era fato histórico, que era presente emergente, até de se ver e entra
nos anais da história do que sabemos de contar e de ler.
Percebemos que o tempo passa... quando aquele
produto, aquela loja, aqueles gostos da moda e dos costumes, as ideologias e
governadorias, hoje são motivos só de recordação.
Percebemos que o tempo passa... quando
olhamos o fim da estrada e lá atrás ficou uma vida passada e mesmo sofrida,
ainda bem que se viveu e não simplesmente a deixou passar.
Percebemos que o tempo passa... quando feito
obra literária de Marcel Proust, em memórias de torrencial forma como um fluxo do passado a ir e vir...
“Em busca do tempo perdido”.
Percebemos que o tempo passa... quando em
último suspiro passamos dessa pra melhor e ai nada adianta o que deixou de ser
e fazer, porque ai o tempo não se percebe mais – passou!
O tempo - belo texto, belo vídeo...