TER O FEIJÃO, SER O SONHO
“Ainda que o mundo nos instigue a ser prático, calculista e individualista, me inspiro em ser - sonhador, idealista e romântico, pois o que me importa são os valores positivos que trago como dogma e a veia poética que tenho como dádiva”.
SABER DOSAR A VIDA ENTRE A EMOÇÃO E A RAZÃO...
Certa,
é a pessoa que desperta,
pra realidade que lhe cerca
e que não foge a luta!!!
Bela,
é a pessoa que tem quimera,
mas sabe o limite que se encerra,
entre o concreto e a fantasia...
Mas o porquê de dicotomia, contrapor,
literariamente meio o romance “ O feijão e o sonho ” :
a esposa – o feijão, o dia a dia,
o marido – o sonho, a poesia?
Entrepor nas idéias
entrementes ideais.
Saber ser o prático em ti,
caber ter o utópico em si.
E que nesta mescla de princípios e posições,
trazer o romantismo à por os pés no chão,
tramar o idealismo a apor as mãos à obra.
Ter cotidiano pão & ação + ser cota do são & convicção.
Quando me fazem comentários sobre minha pessoa que seria sonhador, seria romântico, parece como eu pudesse ter a cabeça nas nuvens e nada da vida prática. Pelo contrário: acho super necessário tentar saber ser prático, porque a vida nos obriga simplesmente a isso.
Nosso cotidiano de responsabilidades e compromissos nos faz ser realistas sempre, mas sem contudo que se perda o idealismo, o romantismo, e nossos sonhos de vida mais desligados desse mundo frio de praticidades e de calculismos. E sim, sei ser calculista, me orgulho de nunca ter ficado inadimplente, de ter precisado fazer empréstimos para sobreviver. sempre com contas em dia, de estar sempre a frente na solução dos problemas cotidianos, de casa, de familia, de trabalho, de dinheiro.
Por isso escrevi a letra acima exposta. Por que acho que se tem procurar dosar tudo, o equilibrio que talvez faltou ao personagem principal do livro "O feijão e o sonho" de Origines Lessa e que tempos depois foi tema da novela de igual nome da TV GLOBO, com Claudio Cavalcante e Nívea Maria. Bem, segue o resumo dessa história literária e novelistica. Interessante tentar ser objetivo como a personagem que se preocupava com o feijão nosso de todo dia e ser o poético sonhador em seu ideal puro. Assim sigo, entre o prático e sentimental....
RESUMO DO LIVRO " O FEIJÃO E O SONHO " - ORÍGINES LESSA - PELO WIKIPÉDIA
A obra caiu no agrado da crítica e do público exatamente por desenvolver uma temática à gosto do caráter romântico do brasileiromédio e foi distinguido na Academia Brasileira de Letras com uma láurea de grande prestígio nos meios literários: o Prêmio Alcântara Machado.
Enredo
A trama gira em torno de Campos Lara, poeta que vive a embalar o sonho da criação literária, alheio aos aspectos práticos da luta pela sobrevivência. Casado com Maria Rosa, a relação é um desajuste só. Campos Lara sonhando, escrevendo, poetando; Maria Rosa batalhando, preocupando-se e, principalmente, azucrinando a vida do irresponsável marido.
Os rendimentos conseguidos pelo poeta, dando aulas ou escrevendo para os jornais são extremamente escassos e insuficientes para fazer frente às despesas da família. Os credores não dão sossego; o senhorio cobra os aluguéis atrasados; o dono da farmácia deixa de fornecer medicamentos para a filharada adoentada; a alimentação é parca e de má qualidade: a vida é um inferno.
A todo esse desacerto, Campos Lara não dá a mínima atenção. Sua cabeça, povoada de versos e de orgulho intelectual não desce dolimbo em que se encontra para encarar problemas triviais de manutenção familiar. Seus mirabolantes projetos literários enchem sua vida e seu tempo. Pula de emprego em emprego, vê seus alunos escaparem, e os que permanecem são os que não podem pagar. Maria Rosa luta desesperadamente contra a miséria e o infortúnio.
Ao final, com a situação financeira mitigada, mas não de todo regularizada, Campos Lara e Maria Rosa ajustam-se e sonham com o futuro do filho caçula. Será advogado... engenheiro... Até que Campos Lara descobre que seu filho será, como ele, poeta... E isso o enche de orgulho, esquecendo todo o drama e o sofrimento que palmilhou durante toda uma existência, exatamente por dedicar-se à poesia, uma atividade sem qualquer compensação financeira, num país de analfabetos.
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