Há uma linha muito tênue entre cobrar ou questionar alguém. Mas na minha concepção, cobrar significa exigir algo que achamos padrão, norma, condição, só que vem atrelado muitas vezes ou ao autoritarismo do que quero do que tem que ser ou intransigencia de como quero por mim, não por nós, por todos. Questionamento, já é algo mais chegado a democracia, fazer ver o que é melhor não só unilateral.
“ Da discussão vem a luz” ( Diderot ). Mas ao longo do tempo discutir deixou de ser ponderações convergentes e divergentes, e virou brigar intolerante e nervosamente e não é verdade na sua forma original. Pode-se colocar visões, posturas, posições em cheque. Para melhorar, aperfeiçoar ou ao menos manter o que era. Pela qualidade do que está sendo colocado em pratos limpos, e não secados com toalhas sujas, não lavados com água suja. O grande drama é que as pessoas não aceitam que ela ou ambos tem que modificar ou manter algo conquistado, cativado. As pessoas aos poucos podem por conta disso, negligenciarem, acomodarem, seja deliberada ou sem dar conta disso.
No ambiente de trabalho quando há questionamento, não vem que é busca de melhoria do que se faz ou para corrigir distorções ou falhas ou erros, até para preveni-los. Mas quando em cobrança, cria um clima pesado. E quem o recebe se desconcentra e em vez de se encaminhar, fica moido, mordido. Questionamento que é necessário. Mas há de fato algo a ser visto: que se não há de se ter autoritarismo, muitas vezes tem que haver autoridade. E nessa hora, quando se ve diante de fatos e atos, que foram com más intenções ou com más-vontades, o questionamento descamba para a cobrança. Mas só ai. Nada melhor quem é co-lider, diri-gente, e co-mandar – ou seja lidera, ao mesmo tempo libera cada um para sua responsabilidade. E aí, a ingestão é fazer cobrança, a gestão fazer questionamento.
No campo familiares, pai-e-mãe no geral cobram mais que questionam. Até porque é inerente da juventude uma certa rebeldia sem causa, a displicencia, a imaturidade, a irreverencia diante dos fatos de studo e do incio de trabalhar. Mas o ideal também seta questionar, se dentro do contexto familar houve r isso. Assim como na libardade vigiada aos filhos, como se portar: cobrar ou questionar? A responsabilidade dos pais deve analisar e ingerir da forma que convenier, mas cobranças demais podem fazer o efeito contrário do desejável, que um questionamento poderia com habilidade mais fácil, mas quem já lidou em especial com o falado “aborrecente”, sabe que tem horas que vem cobrança mesmo – e ai se puder ter um que de questionamento facilita para que não descambe na explosão adolescente de contrarai e enfrentar a paternidade e a maternidade.
Quando dos estudos, o cobrar sistemático, pode causar um descontrole, que um questionar faria com mais jeito, mas se chegar a um ponto que só cobrando, ai tentar ver sem alteração arbitral desse postura que acabe no confronto que não ajuda e ainda perturba. E ver até quanto vai das limitações, das dificuldades,, da imaturidade diante os estudos e até o inicio profissional no estágio ou primeiro emprego ou posterior emprego. Já quanto a cobranças e questionamentos de casal, e a melhor postura é o diálogo, fazer ver de forma com trato. Ninguém se casa para se sentir num quartel, ou de volta a casa dos pais como fosse uma criança a ser mandada e desmandada. Tem que fazer ver no questionamento normal de adequação de posturas, dos afazeres domésticos, das responsabilidades do lar e da vida. Quando muita cobrança é meio pula para a desavença e até o que é certo parece passível de virar errado. As distorções vem da cobrança fora do tom, as exageradas, as obsessivas, as de mania de perfeição, a minuciosas que geram desconforto, deixando-nos sem sentir natural, à vontade dentro de nossa própria casa.
No campo amoroso, o bicho pega. Cada um é cada um, as afinidades nessa hora ajudam, mas quando há divergências, diferenças, desvirtuamento, desvio do que era, mudanças bruscas ou sutis para pior, para piorar a relação. quando se questiona o outro, logo se vê como cobrança e não consideração dos fatos e indignação aos atos. Mas muitas vezes quando se exacerba, vira cobrança mesmo. O fato que os que não gostam do trato de elegância, de jeito. Cobrar com veemência, agressivamente ou mesmo violência ainda que sem ser físico, só desatrela, desune. Mas a cobrança sistemática cansa, mas como deixar o barco afundar por deixar por deixar? Por isso questionar faz parte de uma relação, como diz o jargão “discutir” a relação, mas não aos trancos e barrancos ou pior, aos trancos e barracos. Fazer um ao outro onde tudo pode melhorar ou voltar aos eixos perdidos. Mas cada um tem que saber que os erros partem de ambos ou se é de um, cabe a esse um ouvir atento, os queixumes que sejam corretos, aceitáveis. Mas se questionar com diálogo, ainda que por vezes se crie um clima tenso ou preocupante. Mas nada que abale demais, faça tremores sísmicos, abrindo uma fenda que faça tudo se perder. Cobrar ou questionar para fazer perder tudo, não fez o que queria ou deveria: fazer a relação saudável reciprocamente prazerosas, sem raivas, sem desgastes, sem esvaziar o que tão bonito se construiu. As pessoas se armam se encouraçam, ao questionar, mais ainda ao cobrar, por isso, muitas vezes nem é bom instar! Acabar uma linda relação por cobranças evitáveis é desperdiçar um tesouro que a muito custo se conquistou e pode nunca mais ser o mesmo. Então, nesse caso, questionar é precioso, para melhorar, aprimorar, cobrar não é preciso, para desaprumar e até o pior... tudo se acabar! E que era doce vira amargo... na amargura da rusga da separação.
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