Coisinha fácil né... "Se quiser desfaz a amizade, me
exclua". Em relacionamento: "SE eu morresse não ia ficar sem?" -
Um desgosto na desfeita, hoje descartar virou carta na manga, uma frieza d’alma
só, um chute no querer bem e além. Ainda bem que nem todos são assim - ainda
bem!
Tem quem o faça como fosse brinquedo que depois de bom uso,
coloca-se de lado. Ou então pelo simples falta de perda de interesse, como
fosse um jogo de uso e abuso, depois da cisma e conquista perde a graça. Quase
um lixo do que se consumiu até a míngua. Dá a língua, uma banana. Desfaz no que
faz e fala.
Em termos de relacionamento a dois é como diz uma nova
escritora chamada Clarissa Corrêa: “Admirada, percebo que certas pessoas ocupam
lugares rapidamente. Trocam de romance como quem troca de brinco. Mudam de
amizades como quem muda um par de sapatos. É um comportamento assustadoramente
estranho, como se os outros fossem descartáveis.”
E quando há o Poder público ou paralelo, mandando sair, sem
ter pra onde ir? Como seres fossem bichos que se virem na selva de pedra da
cidade grande ou média. Podem se danar: saiam daqui, ponha-se pra fora! Queremos o local livre, as pessoas que agora
são só números que se fazem entrave e estorvos.
Existem os descartes profissionais – desemprega quando não
mais convém. O que vale é dinheiro e desdém de quem contrata e destrata. A mais
valia não vale ao empregado que vira manobra e depois sobra.
Há quem seja descarte pelo etário: como bastassem os anos
passarem para que não valessem nada na escala em detrimento de sua experiência
e sapiência: chama de velho e os sacam da rota.
Há quem seja descarte pelo político, étnico ou religioso: um
quase “Odiai-vos uns aos outros como eu vos odiei” – por preconceito, por um
preceito de não aceite das diferenças, da manipulação das massas entre
imposturas impositivas.
E assim segue a humanidade: sem humanidade. A humildade e o
respeito posto a prova de ferro e fogo. Em desafogo, em desapego. Rogai por nós
pecadores Senhor! Cada um por si e só Deus por todos.
Nada e ninguém, é mais que alguém, mas eis que se faz. Por se
sentir poderoso, dono da verdade, estar por cima da carne seca, desinfeta! Sai
da reta...
E depois descortesia no nem aí: como fosse um quase psicopata
social, ou desalmados mal-amados.
E a arma de descaso apontada a quem pode não estar preparado
para tal desonra, tamanha desfaçatez. Desconsideração de mentes mesquinhas. Ou malévolas.
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