Saint-Exupéry
( o do pequeno príncipe) em crônica decretou: “ A Razão do amor é amar” – e nela
cita que de nada adianta tocar a música que foi de ambos casal, se do outro
lado já não há quem ame. Ou seja, só vale se co-sentido, consentido o
sentimento que lhe é correspondido, dito isso no atual estágio de vida real e
não imaginada.
Se não, por mais bela seja a canção, de nada
adianta lembrar se ficou amando sozinho. A Canção de dois, virou de um. Assim
como todos os lugares, lances, formas, que faz levar a sentir e relembrar algo
que ficou no passado, ainda que recente. Tudo valeu um dia, mas o que está aqui
e agora é o que deixou ser e ter. E deixar de reaver a principio.
Escrevo
isso por conta dessa nova canção cantada por Marisa Monte que fala que vai ligar
a alguém pra cantar aquela velha canção – dita canção dos dois em certo tempo –
pra desconcertar e doer com tamanho carinho. Tirando se foi um relacionamento
mal-resolvido, poderá ser um ouvido de mouco. Ou alguém que ao contrário irá
irritar-se ao invés de sensibilizado.
É
legitimo tentar de novo tentar sensibilizar ainda? Cada caso é um caso, se seu
sentir não é nada escasso, em si não houve fim, pode ate ser que sim. Mas cabe
um parêntesis que pode estar se humilhando em súplica sem sentido. Pode ser uma
tentativa que em vez de sã, ser vã. Um dia já fiz isso, tantos fizeram, um apelo ao que de bom houve – mas sem resultado
eficaz.
Deixe
pra mandar uma bela música a quem está disposto a ouvi-la e sentir junto. Nada
melhor. Ressuscitar algo que foi já findo parece um milagre. Teria que haver
uma pré-disposição, condição. Mas se mesmo assim achar que ainda vale tentar,
vá lá, siga, ninguém deve recriminar. Mas tenha sua dose de auto-estima e amor
próprio e até orgulho.
A
canção deve-se continuar a gostar, uma música que lembra momento maravilhoso,
deve continuar sendo apreciada apenas pelo seu valor melódico e de letra. Agora
se cabe ainda a quem um dia tocou a fundo recíproco E se nem tudo mais cai bem, sai
bem, pense que pode ser como cantava o Beatles – Well "Let it be" -
já cantava os Beatles – deixe estar.
Uma
canção do amor é só uma canção a mais a quem sabe isso distinguir. Uma ilusão:
que a velha canção a dois vá sensibilizar quem já não a vê, sente como antes!
Há quem o tente... faria?
Mas
quem sabe ainda valha a pena nesse sentido dessa canção Marisiana? É pagar pra
ver! Só que o preço pode sair caro no descaso da canção de dois virar de um...
E as referidas canções...
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