Já bem jovem confesso que nunca fui
fã inveterado de rock. Nem por isso em meio ao cenário musical guitarreiro, não
deixei de ter meus gostos roqueiros. No dia do rock, realçar isso e relembrar do
que tive um gostar de ouvir, curtir.
Já nos 60, bem novinho ficou bem marcante
os festivais, notadamente ligado até a medula por um som brasileiro, com tantos
medalhões da MPB surgindo dali. Mas já nessa época, em paralelo surgia a jovem
guarda que teve seus sons atrativos. Lembro mesmo é aquela velha canção
ecoando: - “Eu era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones” - e sim
eu também passei a gostar dos Rolling Stones com Satisfaction. Mas nada se
compara com a revolução melódica dos Beatles. “Help” sempre cantarolada, como hino suave roqueiro. Ou seja dá pra
perceber que o rock pesado não esteve presente em minhas atenções.
Talvez por isso nos anos 70, quando a música
brasileira foi varrida em meio a ditadura, a mídia nos empurrava em geral a
Black music americana. Mas o som dos hoje dinossauros do rock, do som
progressivo pelos Pink Floyd ( como no filme "The Wall"), Genesis, Yes, The Who, todos da vida, se fizeram mais
marcante, um som de mais qualidade em sua base roqueira. Depois com Queen e seu
“Night of the Opera”, o filme com The Who “Tommy “ ,e “Hair” baseado na peça de
ópera-rock de mesmo nome. E mais que tudo poder ver o Yes no Rock In Rio foi o
auge desse ínterim. Dá pra perceber que nem tenho tanta história assim, mas na
pouco que foi representou muito.
Nos anos 70 surgiram os nossos roqueiros
primeiros de sucesso, bem antes da explosão dos anos 80. Rita Lee entoando “Esse
tal de rock’n roll” fez ecoar de volta o som rock brasileiro. E Raul Seixas com
seu som rock meio baiano-nordestino. E quando parecia que submergeria, veio
Blitz, Barão Vermelho, Legião Urbana, Lulu Santos, Titãs, Paralamas do Sucesso, Lobão,
Kid Abelha ( com Paula Toller gracinha ), o som de guitarras com som de
pop brasileiro. Não sei bem se todos vieram impulsionados por Rita e Raulzito,
mas eles com certeza abriram caminho. Um som que faz uma musica brasileira
moderna.
O Rock de qualidade trouxe pulsar a todo
tipo de música, modernizou até a minha tão querida MPB. E sua atitude revolucionou
em modernidade a cabeça e os modos do jovem de classe média urbana que me
inseria.
Mesmo não tendo aquele apelo todo que para
muitos tem, não me fazendo de uma de suas diversas tribos, algo dele ficou. O
som genuíno de suas guitarras e baterias, os shows pirotécnicos que fizeram
escola em outras formas musicais de espetáculo.
E assim, fez de todos nós não reféns, mas
admiradores de suas performances e a mim coube em certos momentos uma forma
diferente daquela tríade nem sempre boa de “Sexo, drogas e Rockn’roll” – a mim
caberia melhor: Simpatia, deleite e rockn’rol.
A todos seus fãs, artistas e platéia um
sinal de mãos de quem fez do rock sua praia ou como eu ao menos turistas nela.
NO DIA MUNDIAL DO ROCK, LEMBRAR O QUE DELE
ME FEZ ENTOAR!
Hoje, especialmente hoje bradar:
- AUMENTA ISSO AÍ QUE É ROCK'N ROLL!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário