Há exatos 100 anos atrás, em 1913, o Exmo. Sr. Marechal Hermes da Fonseca, resolveu que no
Rio três locais iriam ter pontos de moradia símbolo operária no Rio de Janeiro:
um na Zona Sul, um em Vila Isabel e outro a beira da linha férrea, pertinho de
Deodoro. Que advém de nome também militar e que virou bairro – a este novo
então se denominou bairro de Marechal Hermes. Por um tempo interrompido por
conta da saída política do grande político e militar, em época de Getúlio
Vargas foi completado. E assim foi fundado esse bairro sui-generis, até por
conta da forma de seu casario antigo e ruas com alamedas largas.
Poderia passar despercebido pra mim isso,
se este bairro não evocasse algo especial do passado: onde meu pai Dr.Donário Filho mais labutou
como médico, quando eu ia tanto por lá. Ganhou matrícula do Estado no Hospital
Carlos Chagas, onde foi bastante querido pra quem o lembra da época entre anos
1960 a 1990. Depois por conta de uma
casa que ele quase adquiriu bem antiga, fez dela seu consultório e cujas lembranças mais firmes eram as suas portas antigas e paredes sólidas, que prego
dificilmente se pregava sem envergar! Casa com andar de cima ainda, por pouco
não virou patrimônio familiar até hoje. Que pena!
Sempre ia a sair por suas vias largas, e comer pastel com caldo de cana na estação comprando gibis em bancas que ficavam
onde era considerada a rodoviária do bairro, ponto final de diversos ônibus da
Zona Norte. Nós que fomos criados na Zona Oeste, tivemos nosso momento Norte
por conta de Marechal Hermes. O casario na maioria dos casos se manteve no formato
antigo, mas com ares modernizados, alguns transformados em pontos comerciais. E
finalmente uma escola técnica de bom nível se fez ali ao lado, que hoje se
conhece como CVT ou FAETEC. O bairro é bem talhado a classe média que é boa parte dos
moradores desse bairro.
Tempos depois o Clube Botafogo fez seu centro de
treinamento de futebol próximo, mas nesse tempo não estávamos mais lá. O que se manteve intacto
é o prédio escolar de formato antigo provável do início do século XX e o Teatro
Armando Gonzaga, que cheguei a ir e ao que me consta não tão utilizável como
antes. Já sua marca registrada de estação dos tijolinhos, a estação de trem se
mantém como ponto de passagem e de desembarque por trem. Algo que vez ou outra
fazia. Quando queria ir pra Tijuca de ônibus e não de carro descia ali e pegava
um ônibus que faz uma volta incrível, 638, verdadeiro turismo cansativo pela
Zona Norte! rsrs.
Marechal Hermes, bairro aprazível, parabéns
pelos 100 anos...
E lá no fundo, lá atrás fez parte da história de meu PAI e minha!
SOU APAIXONADO PELA ZONA NORTE. VIVA MADUREIRA, BENTO RIBEIRO E MARECHAL.
ResponderExcluir