“ CABOCLOS MAMELUCOS ”
Caboclo,
mameluco da terra-Brasil:
Quando viu, quando viu, progresso varonil?
Talvez uns poucos
ditos fidalgos,
na época das Bandeiras.
Mas amálgama de culturas díspares,
caldeamento de raças antagônicas:
quantos daí degenerados saíram como viria
Agassiz?
E me diz,
diga-me lá:
- algo mudou?
Desde que Euclides da cunha os viu
à margem, à mingua
nos Sertões de Canudos?
Desde que Monteiro Lobato os reviu
com os preconceitos aos caipiras,
no pálido símbolo Jeca-Tatu.
Desde que se expandiram como ribeirinhos
na selva se embrenharam,
à Oeste e ao norte.
Não se achando índios, não há fundação que os
defenda.
No censo nem parte faz como uma etnia...
Hoje diga: quem zela,
vela,
por suas mazelas?
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