NESTE DIA DE FESTA
( JUNINA )
Ponha lenha na
fogueira,
Deixa queimar,
Ponha lenha na
fogueira
Vamos dançar.
Que a raça, raça,
raça,
Raça brasileira,
Queima suas mágoas
na folia
Que o dia a dia
nos ensina
Que não se pode
ter alegria todo dia.
E neste dia de
festa
Deixa soltar,
A força alegria,
Que irradia...
E VIVA SÃO JOÃO PESSOAL!
Na festa junina:
Vamos queimar...
lenha...
Vamos dançar...
quadrilha...
FESTA DO INTERIOR!
Festa junina
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Este
artigo é sobre os festejos populares também chamados de "Festa de São
João". Para a festa cristã de São João Batista, veja Festa de São
João.
Festa junina
|
|
Nome oficial
|
|
Tipo
|
|
Seguido por
|
Vários países
|
Data
|
Festas juninas ou festas dos santos
populares são
celebrações que acontecem em vários países historicamente relacionadas com a
festa pagã do
solstício de verão na europa ou do inverno no Brasil, que era celebrada no dia 24 de junho,
segundo ocalendário
juliano (pré-gregoriano)
e cristianizada na Idade Média como "Festa de São
João". Os outros dois santos populares celebrados
nesta mesma época são São
Pedro e São Paulo (no
dia 29) e Santo Antônio (no dia 13).
Essas celebrações
são particularmente importantes no Norte da Europa — Dinamarca,Estónia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia —,
mas são encontrados também na Irlanda, na Galiza, partes do Reino Unido (especialmente na Cornualha),França, Itália, Malta, Portugal, Espanha, Ucrânia, outras partes da Europa, e em outrospaíses como Canadá, Estados Unidos, Porto Rico, Brasil e Austrália.
Tradições e
costumes
Origem da fogueira
Fogueira de Festa do Verão emMäntsälä. Fogueiras de São João (Festa do Verão) são bastantes populares naFinlândia, onde parte da população passa odia de São João ("Juhannus") no campo ao redor das cidades em festejos.
De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (25 de dezembro) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.junio camargo
O uso de balões
O uso de balões e
fogos de artifício durante o São João no Brasil, está relacionado com o
tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Este costume foi
trazido pelos portugueses para o Brasil, e ele se mantém em ambos lados do
Atlântico, sendo que é na cidade do Porto, em Portugal,
onde mais se evidência. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e
espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades
tornaram-se uma parte essencial da festa no Nordeste, em outras partes do
Brasil e em Portugal. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem
para despertar São João Batista. Em Portugal, pequenos papéis são atados no
balão com desejos e pedidos. Os balões serviam para avisar que a festa iria
começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da
festança. Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei em
muitos locais, devido ao risco de incêndio.
Durante todo o mês
de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas, conhecidas
por nomes como traque, chilene, cordão, cabeção-de-negro, cartucho, treme-terra, rojão, buscapé, cobrinha, espadas-de-fogo.
O mastro de São João
O mastro de São
João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é
erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa
festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três
bandeirinhas simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã
bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João, um dos mais
marcadamente católico, o levantamento do mastro tem sua origem, no
entanto, no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a árvore
de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.
Além de sua
cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o
levantamento do mastro de maio em Portugal é também erguido em junho e a
celebrar as festas desse mês — o mesmo fenômeno também ocorrendo na Suécia,
onde o mastro de maio, "majstången",
de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho,
"Midsommarafton". O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de
São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro
de maio.Em
Lóriga a
tradição do Cambeiro é
celebrada em Janeiro.
Hoje em dia, um
rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o
levantamento do mastro e os seus enfeites. Atualmente no Brasil, soltar balões
é considerado crime gravíssimo.
A Quadrilha
A quadrilha
brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a
"quadrille", em voga na França entre
o início do século XIX e a Primeira
Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte,
já era um desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios
aristocráticos franceses do século XVIII.
A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de
origem campesina, surgida provavelmente por volta do século XIII,
e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.
A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.
O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.
No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.
Desde do século XIX e em contato com
diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais,
daí surgindo muitas variantes:
§ "Quadrilha
Caipira" (São Paulo)
§ "Saruê",
corruptela do termo francês "soirée", (Brasil Central)
§ "Baile
Sifilítico" (Bahia)
§ "Mana-Chica"
(Rio de Janeiro)
§ "Quadrilha"
(Sergipe)
§ "Quadrilha
Matuta"
Hoje em dia, entre
os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha
encontram-se o acordeão, pandeiro,zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho.
Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música
é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que
favorece o cadenciamento das marcações.
Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.
Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre "marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.
Os participantes
da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste
(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades
caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o
par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a
quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da
quadrilha liga-a às festas de São João europeias que também celebram aspirações
ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira
junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São
João da Europa.
Outras danças e canções
No nordeste
brasileiro, o forró assim
como ritmos aparentados tais que o baião, o xote, o reizado, o samba-de-coco e
as cantigas são danças e canções típicas
das festas juninas.
Costumes populares
Festa junina caipira.
As festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas daRegião Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo,Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás.
No Nordeste brasileiro se comemora, com pequenas ou grandes festas que reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. É comum os participantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de chita e chapéu de palha.
No interior de São Paulo ainda se mantêm a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.
Em Portugal há arraiais com foguetes, assam-se sardinhas e oferecem-se manjericos, as marchas populares desfilam pelas ruas e avenidas, dão-se com martelinhos de plástico e alho-porro nas cabeças das pessoas principalmente nas crianças e quando os rapazes se querem meter com as raparigas solteiras.
No nordeste
brasileiro, O forró assim como ritimos aparentados tais que o baião, o xote, o
reizado,o samba-de-coco e as cantigas são danças e cançoes típicas das festas
juninas.
Simpatias, sortes e adivinhas para Santo Antônio
O relacionamento
entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João,
é quase familiar: cheio de intimidades, chega a ser, por vezes, irreverente,
debochado e quase obsceno. Esse caráter fica bastante evidente quando se entra
em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses
santos:
Confessei-me a
Santo Antônio,
confessei que
estava amando.
Ele deu-me por
penitência
que fosse
continuando.
Os objetos
utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo
usados pela primeira vez, senão… nada de a simpatia funcionar! A seguir,
algumas simpatias feitas para Santo
Antônio:
Moças solteiras,
desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do
santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até
o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de
cabeça para baixo. E elas pedem:
Meu Santo Antônio
Para arrumar
namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da
imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido. Rezar um Pai-Nosso e uma
Salve-Rainha. Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama. Ela só deve
ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.
No dia 13, é comum
ir à igreja para receber o "pãozinho de Santo Antônio", que é dado
gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão,
que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que estes não
faltem jamais.
Em Lisboa, é tradicional
uma cerimónia de casamento múltiplo do dia de Santo António, em que chegam a
casar-se 200 a 300 casais ao mesmo tempo. Esta "tradição" começou nos
anos do salazarismo, e desapareceu com a revolução de 74. Voltou a reaparecer
há uns anos, promovida por uma cadeia de televisão.
Festas juninas no Brasil:
As festas juninas,
são na sua essência multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos
tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Festa de Santo Antônio, Festa de São
João e
a Festa
de São Pedro e São Paulo principalmente.
A música e os instrumentos usados, cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos,
reco-reco, etc, estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram
trazidos para o Brasil pelos povoadores e imigrantes do país irmão. As roupas
'caipiras' ou 'saloias' são uma clara referência ao povo campestre, que povoou
principalmente o nordeste do Brasil e muitíssimas semelhanças se podem
encontrar no modo de vestir 'caipira' tanto no Brasil como em Portugal. Do
mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início
em Portugal com as novidades que na época dos descobrimentos os portugueses
levavam da Ásia, enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora por exemplo.
Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, eles são
usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com
milhares deles durante toda a noite.
No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada
inicialmente de joanina,
de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição
veio de outros países europeus cristianizados
dos quais são oriundas as comunidades de imigrantes, chegados a partir de
meados do século XIX.
Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos
portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras
e seus mestiços.
As grandes
mudanças no conceito artístico contemporâneo, acarretam na "adequação e
atualização" destas festas, onde rítimos e bandas não tradicionais aos
tipicamente vivenciados são acrescentadas as grades e programações de festas
regionais, incentivando o maior interesse de novos públicos. Essa tem sido a
aposta de vários festejos para agradar a todos, não deixando de lado os
costumes juninos, têm-se como exemplo as festas do interior da Bahia, como a de Santo Antônio de
Jesus, que apesar da inclusão de novas programações não
deixa de lado a cultura nordestina do forró, conhecido como "pé de
serra" nos dias de comemoração junina.
A festa de São João brasileira é
típica da Região
Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece
anualmente a São João,
mas também a São Pedro, pelas chuvas
caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as
comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e
a pamonha.
O local onde
ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao
ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento,
ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a
festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido,
balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais
acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário