OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

CAROS AMIGOS VISITANTES, DEVIDO AO GRANDE NUMERO DE POSTAGENS DE TEXTOS QUE SE VAI FAZENDO, CASO QUEIRAM VISUALIZAR AS POSTAGENS MAIS ANTIGAS, DEVEM SE DIRECIONAR AO FINAL DESTA PÁGINA E CLICAR EM " POSTAGENS MAIS ANTIGAS". OU IR NO LADO DIREITO DO BLOG, VER ARQUIVO DE POSTAGENS MÊS A MÊS DO ANO E CLICAR NO TÍTULO POSTADO E ASSIM PODE-SE VER DIRETAMENTE - DESDE A PRIMEIRA POSTAGEM OU AS QUE EM SEQUENCIA FORAM POSTADAS - EX. OUTUBRO 2010, " AMORES OS MELHORES POSSIVEIS " ( A 1ª ) CLICA EM CIMA E VAI DIRETAMENTE A ELA. AGRADEÇO A QUEM QUEIRA SER "SEGUIDOR" DESTE BLOG E DE MIM E ADMIRAREI QUEM FIZER UM COMENTÁRIO QUE SERÁ SEMPRE DE BOM GRADO. GRATO A QUEM O FIZER, RAZÃO MAIOR DESSE ESPAÇO POÉTICO E REFLEXIVO.

OBS. AUTORAL: QUE NÃO SE ESQUEÇA QUE HÁ UMA LEI DE DIREITOS AUTORAIS. CASO QUEIRAM REPRODUZIR, GUARDAR E OFERTAR A ALGUÉM ALGO QUE ESCREVI, ESTEJAM A VONTADE, PORÉM PEÇO DAR O CRÉDITO DE AUTORIA A MIM. NADA MAIS JUSTO, EVITANDO PENDENGAS JUDICIAIS. NÃO ESTOU DESCONFIANDO GENERALIZADO DAS PESSOAS, MAS SABEMOS QUE HÁ QUEM UTILIZA ATÉ INDEVIDAMENTE O QUE NÃO É SEU, SEM DAR O DEVIDO CRÉDITO CONCORDAM?

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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































27 de março de 2011

APAGANDO AS IDÉIAS RUINS E APAGANDO VESTIGIOS DE UM AMOR PERDIDO

APAGANDO AS IDÉIAS RUINS


A CAMPANHA APAGANDO AS LUZES POR UM MUNDO MELHOR, SÓ enfatiza o meio-ambiente, não as conciências, quando se tinha também é que acender as luzes nos lados obscuros das pessoas... Apagam-se as luzes, mas quem as apagou continuam fazendo tudo igual depois... Como na campanha contra os cigarros - "CIGARRO - APAGUE ESSA IDÉIA" apaguem-se assim também " IDÉIAS RUINS - APAGUE ESSA IDÉIA...."

Contra as pessoas, contra o mundo...

Como os preconceitos, a discriminação, o egocentrismo, a inveja, entre outras mazelas que partem de iniciativas nossas procurar extirpar de nossa vidas....

E para quem sofre por alguém que não lhe considera apague ela de sua cabeça, de seus sentimentos... E nesse ponto que escrevi que temos que...



APAGANDO VESTIGIOS DE UM AMOR PERDIDO



Apagar vestígios de quem ficamos amando sozinhos ao se perder, não é necessariamente rasgar ou deletar fotos e mensagens. 

É tirar dos seus pensamentos constantes, do seu sentimento continuo. É tirar a vivacidade da lembrança dos bons momentos para uma pálido rememorar mais distante.

É tirar o que acha de bom que usufruia ou se encanntava com ela.É se acostumar a ouvir o telefone ou ver e-mail e não esperar mais quem estava lá sempre, pegar o carro e não parecer que vai na mesma direção que parecia automática.

É olhar o fim de semana como dias pra estar com qualquer pessoa menos aquela que era tão cara e valiosa. È querer beijar uma nova pessoa que entra em sua vida e não fazer como Quintana diz, que é pra esquecer a anterior e acaba pensando mais ainda, sem mais comparar e ou sentir que bom seria com aquela boca tão querida.

Aliás apagar vestígios não é esquecer pq grandes amores não se esquecem, apenas ficam a margem, diluidos até dissipar tanta falta.

É por acaso ver a pessoa de alguma forma e não sentir a sensação que queria ir na direção dela e e falar de amor e dar abraços e beijos que eram tão intensos. De não ficar falando dela. De ouvir a “nossa canção” e achar que ela não tem mais nada haver que faça ressentir.

Apagar vestígios é apagar também vontades, do corpo, da alma, da voz, de jeito, de se ver, sem falta de tudo que era tão importante, se nós não somos mais de grande significado na vida de quem se foi de nossa vida e vive tão bem sem nós. 

Pode parecer fácil para alguns, basta querer, e no fundo é isso, só que complicado de imediato, é com tempo e pré-disposição até dizer basta, cansei. Ter a convicção que não valeria mais a pena voltar e tentar e procurar argumentar, como estivsse suplicando o que já não será mais como antes e como diz Saint’ Exupery – “ O argumento do amor é amar.

E assim seja, o processo de apagar vestígios tem que começar imediato, não deixando pra depois porque a vida nos espera para não termos vestigios, mas os prodigios da vida que se vive agora e adiante...

AINDA QUE TENHA QUE APAGAR TIRANDO.,SAINDO AOS POUCOS...




26 de março de 2011

APAGANDO AS LUZES POR UM MUNDO MELHOR

Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo todo devem apagar as suas luzes, por sessenta minutos,  no sábado 26 de Março de 2011, na maior mobilização mundial contra o aquecimento global.
( TEXTO COLHIDO NA INTERENT )
O que é

A Hora do Planeta é um ato simbólico, promovido no mundo todo pela Rede WWF, no qual governos, empresas e a população demonstram a sua preocupação com o aquecimento global, apagando as suas luzes durante sessenta minutos.

Em 2011, a Hora do Planeta será realizada no sábado, dia 26 de março, das 20h30 às 21h30.
O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre a questão ambiental e os desafios impostos pelo aquecimento global.

Em 2011, o WWF-Brasil tem incentivado – além do gesto simbólico de apagar as luzes – que as cidades participantes do movimento se comprometam com a conservação da natureza e desenvolvam projetos que visem sua sustentabilidade ambiental.  Ações de promoção do uso de meios de transporte menos poluentes e da coleta de lixo seletiva, são alguns exemplos do que pode ser feito.

Exemplos de outras cidades do mundo que já anunciaram ações em favor da sustentabilidade e de uma economia de baixo carbono: Em Sydney, na Austrália, as ações incluem a substituição de todas as atuais lâmpadas de iluminação de ruas e parques por lâmpadas LED. Em Shenyang, na China, 38.000 hectares serão reflorestados.

Organização

Concebida no âmbito da Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, a Hora do Planeta é promovida no Brasil pelo WWF-Brasil, organização não governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e de promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.
Pelo terceiro ano consecutivo, o WWF-Brasil promove a Hora do Planeta no País. Por meio do site www.horadoplaneta.org.br cidadãos, empresas e organizações brasileiras podem fazer seu cadastro e obter mais informações sobre o movimento e registrar como vai participar.

Histórico

Em 2007, ao ser realizada pela primeira vez, a Hora do Planeta contou com a participação de 2,2 milhões de moradores de Sidney, na Austrália.
Já em 2008 o movimento reuniu 50 milhões de pessoas, de 400 cidades em 35 países. Simultaneamente apagaram-se as luzes do Coliseu, em Roma, da ponte Golden Gate, em São Francisco e da Opera House, em Sidney, entre outros ícones mundiais.

Em 2009, o WWF-Brasil realizou pela primeira vez a Hora do Planeta no País. A primeira edição brasileira da Hora do Planeta superou todas expectativas de adesão e visibilidade previstas anteriormente pelo WWF-Brasil: 113 cidades, sendo 13 capitais, 1.167 empresas, 527 organizações, 58 veículos de comunicação e milhares de pessoas registraram a sua participação no site oficial do movimento.  Monumentos brasileiros como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Catedral de Brasília, a Ponte Estaiada e o Teatro Amazonas, entre muitos outros, permaneceram no escuro por uma hora, graças a articulação do WWF-Brasil com os governos locais.

Em 2010, a Hora do Planeta reuniu mais de um bilhão de pessoas em 4200 cidades, em 125 países. Todos os países do G20, assim como outras 105 nações,  apagaram as suas luzes na Hora do Planeta. Monumentos como Cristo Redentor, Torre Eiffel, London Eye, Fontana de Trevi e Empire State foram alguns dos 1383 ícones que ficaram no escuro por 60 minutos.

Sobre o WWF-Brasil

O WWF-Brasil é uma organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Sobre a Hora do Planeta

A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é uma iniciativa global da Rede WWF sobre mudanças climáticas.  No sábado, dia 26 de março de 2011, às 20h30, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global. Na primeira edição, realizada em 2007 na Austrália, 2 milhões de pessoas desligaram suas luzes. Em 2008, mais de 50 milhões de pessoas de todas as partes do mundo aderiram à ação. Em 2009, quando o WWF-Brasil realizou pela primeira vez a Hora do Planeta no Brasil, quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apagaram suas luzes. Em 2010, o movimento atingiu 4.200 cidades em 125 países.








20 de março de 2011

O SIDARTA QUE HÁ EM MIM - LENDO O LIVRO DE HERMANN HESSE




O SIDARTA QUE HÁ EM MIM

- LENDO O LIVRO SIDARTA DE HERMANN HESSE

Não serei jamais um Gautama, andarilho, esotérico,
que em luz de êxtase e de transe transcendental,
vai até um nirvana, os nervos relaxados, os neurônios em espiral.

Mas ainda assim nas linhas de Sidarta, de Hesse,
me identifiquei em minhas interpretações (i)lógicas,
interações leitor-leitura em correlações de tentações e provações.
 
Quantas vezes um frenético desejo incontido,
foi em busca do carnal como a da cortesã Kamala, 
                                  prazer como no kama-sutra.
Mas se o corpo clama, o que a alma não chama,
dispersa a paixão, por mais bela seja a dama,
                             por mais boa  seja a cama.
  
E na busca da riqueza material,
dos Kamasvami comerciais,
trazendo a voragem de palácios e ouros,
a possível pobreza de espírito,
espinho que espezinha, sangra
e despeja o vil de muitos de nós.
  
É na busca da riqueza espiritual,
que o Sidarta se aparta!
Quisera ter o despojamento que deixasse
- também - a hierarquia bramanista, os palácios,
pela placidez de um rio,
abrir mão de tudo e de todos...
  
É nas desilusões e desgosto,
o desejo -  intento -  incontido,
de viver ao largo do mundo mundano,
na rotina das balsas de ir e vir e voltar e volver,
do rio em suas margens, e da vida suas mínguas,
um entregar de se libertar total...
 
E o domínio ou rejeição do desejo,
que traz carência e intolerância,
sair em meditação transcendental,
de procurar o atman, rejeitar maya,
rebuscar o ascético, reencontrar sincera amizade,
ao rever um amigo como Govinda.
  
E ir, seguir, meditando, jejuando,
sublimando aos sofrimentos e tormentos,
na transparência do Alaska ( o éter ).
Na simplicidade de balseiro,
a complexidade do não-eu,
em direção a luz...
 
Mas eis que aqui está o verdadeiro-eu:
ao fechar o livro,
na ânsia do corpóreo, da cupidez, do cosmopolita.
Serei Sidarta ,
        só ao revelar e relevar
       com o bem o mal que há além de mim?

 Foi ao ler o livro de Hermann Hesse, autor conceituado alemão, cuja capa está acima, igualzinha que eu li, que escrevi esse não sei se confuso verso, não sei se bem entendido me faço nele e do livro ser, de qualquer forma assim (d)escrevi, não por ter virado budista não, mas esse livro teve entrelinhas do qual me identifiquei e convido a todos que o façam, mas se libertem das pequenezas desse mundo, é um livro  que do confronto do mundano terrestre com o sublime de luz interior libertadora, que esse livro ímpar nos traz, nos faz. Um lufar de sabedoria oriental... Na visão de um escritor ocidental...








Sidarta (romance)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Siddharta é um romance escrito por Hermann Hesse, um dos maiores escritores alemães. Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1946. A sua primeira publicação foi em 1922 e conta passagem da sua vida e pensamento durante a sua estadia na Índia em 1910, inspirado na tradição contada de Siddhartha Gautama, o Buda. O livro trata basicamente a busca pela plenitude espiritual, e o alcance de estados em que a mente humana se encontra absolutamente completa e plena. Em 1972, o grupo inglês de rock progressivo Yes inspirou-se no livro para escrever as letras da música Close to the Edge.

Índice

Resumo do Livro
Capítulo 1- O Filho do brâmane
Sidarta é um jovem promissor que vive num povoado brâmane. Talentoso, esbelto, ávido pelo saber, Sidarta era adorado por todos. Estava avançado nos ensinamentos brâmanes e todos viam nele um futuro brilhante. Pressentia-se nele um sábio, um sacerdote, um príncipe entre os brâmanes. E quem mais o adorava era seu amigo Govinda. Mas para si mesmo, Sidarta não tinha alegria. Para si mesmo não era fonte de prazer. Abrigava em suas entranhas o descontentamento. Sentia que o amor que recebia de todos nem sempre teria força para alegrá-lo. Também sentia que já tinha absorvido os principais ensinamentos brâmanes, mas não eram suficientes. Questionava a validade dos rituais: “As abluções, por proveitosas que fossem, eram apenas água; não tiravam dele o pecado; não curavam a sede do espírito; não aliviavam a angústia do coração. Excelentes eram os sacrifícios e as invocações dos deuses- mas que lhe adiantava tudo isso? Propiciavam os sacrifícios a felicidade? E quanto aos deuses: foi realmente Prajapati quem criou o mundo? E não o Átman? Ele, o único, o indivisível?”...”Quem merecia imolações e reverência, senão Ele, o único, o Átman? E onde se podia encontrar o Átman, onde morava ele... a não ser no próprio eu, naquele âmago indestrutível que cada um trazia em si?” Insatisfeito com isso, resolveu unir-se a um grupo de samanas (sábios mendigos nômades) que passavam pela cidade, para encontrar sua felicidade e o seu caminho. Depois de receber a permissão de seu pai (que tristemente a concedeu), partiu para os samanas junto com Govinda.
Capítulo 2- Com os samanas
Com os samanas, Sidarta aprendeu a jejuar. “A carne sumia-lhe das pernas e da face”. Passando pelas cidades, olhava a vida nela com desprezo. “... nada disso era digno de ser olhado. Tudo era mentira, tudo fedor; tudo recendia a falsidade, tudo criava a ilusão de significado, felicidade, beleza e, todavia, não passava de putrefação oculta. Amargo era o sabor do mundo. A vida era um tormento”. O objetivo de Sidarta era tornar-se vazio, vazio de sede, vazio de desejos, vazio de alegria e de pesar. “Exterminar-se, distanciando-se de si mesmo; cessar de ser um eu”.
Esse era o objetivo e a filosofia de vida dos samanas. Assim, meditavam, jejuavam, transferiam sua alma para garças e viviam a vida das garças, transferiam sua alma para chacais mortos e vivenciavam a auto-decomposição. Encarnavam pedras, troncos, folhas e árvores.
Os dois passam três anos na companhia dos Samanas. Sidarta notou que o modo de vida samana é uma forma de fugir da vida e do eu, e resolve parar de segui-los, fator catalisado pelo surgimento de Buda, que estava arrebanhando vários discípulos e que havia alcançado a Iluminação. Há um diálogo interessante entre Sidarta e Govinda em que Sidarta diz: “O que é a meditação? O que é o abandono do corpo? Que significa jejum? E a suspensão do fôlego? São modos de fugirmos de nós mesmos. São momentos durante os quais o homem escapa à tortura de seu eu. Fazem-nos esquecer, passageiramente, o sofrimento e a insensatez da vida”. Sidarta também nota que nenhuma doutrina é capaz de fazer a pessoa atingir a iluminação, apenas a vivência tem essa capacidade. E os dois vão ao encontro de Buda.
Capítulo 3- Gotama
Nesse capítulo os dois amigos encontram Buda e ouvem sua doutrina. Govinda resolve unir-se aos discípulos de Buda, enquanto, Sidarta confirma sua teoria de que nenhuma doutrina, somente a vivência, pode levar e iluminação.
Ouvindo Buda, Sidarta não manifestou muito interesse em sua doutrina, mas observou atentamente sua silhueta, seus gestos, sua voz, os ombros, os pés. “Parecia-lhe que as falanges de cada dedo eram doutrina, falavam, respiravam, exalavam aroma, derramavam o brilho da verdade”.
Em um diálogo entre Buda e Siddharta, Siddharta manifestou seu apreço pela doutrina, e disse que não seria seu discípulo, pois a iluminação não pode ser ensinada por doutrinas, só por vivência, e que Buda não contara como foi sua experiência na hora da iluminação, porque isso era impossível de ser descrito. Portanto, seguiria o seu próprio caminho sem nenhuma doutrina e nenhum mestre, até alcançar seu destino ou morrer. Buda disse que o desígnio de sua doutrina é a redenção do sofrimento, nada mais. Nesse diálogo, há um trecho muito interessante em que Sidarta diz: “... Nós, os samanas, procuramos a redenção do eu, ó Augusto. Ora, seu eu fosse um dos teus discípulos, ó Venerável, poderia acontecer-me... Assim receio... que meu eu só aparentemente, falazmente, obtivesse sossego e redenção, mas na realidade continuasse a viver e a crescer, uma vez que eu teria então a tua doutrina, teria o fato de ser teu adepto, teria meu amor a ti, teria a comunidade dos monges e faria de tudo isso meu eu”. Govinda viu nas palavras de Buda um ideal de vida. Já Siddharta viu em Buda um modelo, um exemplo a ser seguido.
Capítulo 4- Despertar
Despertar é um capítulo curto e denso, no qual Siddharta reavalia toda sua vida passada e a abandona, sentindo-se incomparavelmente só, pois não pertenceria a mais nenhum grupo, seria apenas Sidarta. Antes fora brâname, samana... agora, apenas ele mesmo “... lhe parecia que o verdadeiro pensar consistia no reconhecimento das causas e que, desse modo, o sentir se convertia em saber, o qual, em vez de dissipar-se, criaria forma concreta e irradiaria seu teor”.
“Mas que desejaste aprender dos teus mestres e extrair dos seus preceitos? Que será aquilo que eles, que tanto te ensinaram, não conseguiram propiciar-te?”... “Era meu desejo conhecer o sentido e a essência do eu, para desprender-me dele e superá-lo. Apenas logrei iludi-lo. Consegui, sim, fugir dele e furtar-me às suas vistas. Realmente, nada neste mundo preocupou-me tanto quanto esse eu, esse mistério de estar vivo, de ser um indivíduo, de achar-me separado e isolado de todos os demais, de ser Sidarta! E de coisa alguma sei menos do que sei quanto a mim, Siddharta!”
“O fato de eu não saber nada a meu próprio respeito, o fato de Sidarta ter permanecido para mim um ser estranho, desconhecido, tem sua explicação numa única causa: tive medo de mim; fugi de mim mesmo! Procurei o Átman, procurei o Brama, sempre disposto a fraturar e a pelar o meu eu, a fim de encontrar no seu âmago ignoto o núcleo de todas as cascas. Mas, enquanto fazia isso, perdi-me a mim mesmo”.
“Olhou para o mundo a seu redor, como se o enxergasse pela primeira vez. Belo era o mundo! Era variado, era surpreendente e enigmático! Lá, o azul; acolá, o amarelo! O céu a flutuar e o rio a correr, o mato a eriçar-se e a serra também! Tudo lindo, tudo misterioso e mágico! E no centro disso tudo se achava Siddharta, a caminho de si próprio...” “Não havia mais aquela multiplicidade absurda, casual, do mundo dos fenômenos, desprezada pelos profundos pensadores brânames, que rejeitam a multiplicidade e esforçam-se por achar a unidade...” “... O sentido e a essência das coisas não se achavam em algum lugar atrás das coisas, senão no seu interior”.
“... “andei deveras surdo e insensível”...”Quem puser a decifrar um manuscrito, cujo significado lhe interessar, tampouco menosprezará os sinais e as letras, qualificando-os de ilusão... senão os lerá, estudá-los-á, amá-los-á, letra por letra. Eu, porém, que almejava ler o livro do mundo e o livro da minha própria existência, despreze os sinais e as letras, em prol de um significado que lhes atribuía de antemão. Chamei de ilusão o mundo dos fenômenos. Considerei meus olhos e minha língua apenas aparentes, casuais, desprovidas de valor. Ora, isso passou. Despertei. Despertei de fato. Nasci somente hoje.” ”
Capítulo 5- Kamala
Nesse capítulo, Siddharta observa mais atentamente o mundo ao seu redor. Observava-o ingenuamente, sem procurar nele o essencial. Refletia enquanto isso, pensando que não era importante somente pensar... e sim também sentir. Pensou que, doravante, que obedeceria unicamente sua voz íntima. Atraído pela beleza da cortesã Kamala, entra numa cidade e pede que ela lhe ensine a arte dos prazeres. Como era preciso ter riquezas para poder usufruir dos “lábios de figo recém-cortado” de Kamala, Sidarta, que sabia ler e escrever, tenta arranjar um emprego com o comerciante mais rico da cidade.
Capítulo 6- Entre os homens tolos
Siddharta emprega-se com o comerciante, consegue dinheiro e tem aulas de beijos e outras coisas com Kamala. Come somente o necessário, não toma vinho. Vê a vida dos “homens tolos” como engraçada, zomba da vida deles. Acha engraçado quando o comerciante fica irritado quando perde dinheiro. Fazia amizades e viajava. Torna-se sócio do comerciante. Contudo, às vezes sente que tudo que fazia não passava de uma brincadeira, que a verdadeira vida estava longe disso.
Capítulo 7- Sansara
Siddharta enriquecera. Lentamente, começou a adquirir asco e rancor pela vida. Comia mais que o necessário, tomava vinho. Adquiriu o hábito de jogar jogos valendo dinheiro. Como gostava de apostar quantias bastante altas, para provar que nada daquilo lhe importava, tornou-se mais severo com seus devedores para poder apostar mais vezes. Irritava-se quando perdia dinheiro. Notou que faltava alguma coisa a ele em relação aos demais, nunca poderia apegar-se às pessoas e as coisas como os demais, era incapaz de amar.
Recém estava na casa dos quarenta, mas já notava alguns fios de cabelo branco. Também não ouvia mais sua voz interior.
Uma noite bebera bastante. Tentava dormir, mas não conseguia. “Por longas horas procurava em vão conciliar o sono, com o coração a transbordar de mágoas que lhe pareciam insuportáveis, de náuseas que o transiam como o gosto fastidioso, repugnante, do vinho...” “...mas, muito mais do que todo o resto, causavam-lhe asco a sua própria pessoa, os cabelos perfumados, o bafo de vinho que sua boca exalava, a flacidez e o mal-estar de sua pele.”
“Siddharta, nessa noite de insônia, desejava lançar para fora de si, num imenso jato de enjôo, aqueles prazeres, aqueles hábitos, aquela vida absurda e livrar-se de si mesmo...” “...foi nesse instante que teve um sonho. Numa gaiola de ouro, Kamala guardava um passarinho canoro, muito raro. O pássaro, que normalmente cantava nas primeiras horas do dia, parecia mudo. Como esse fato lhe chamasse atenção, ele aproximou-se da gaiola e viu que o passarinho jazia no chão, morto, enrijecido. Retirou-o e atirou-o na calçada da rua. Mas logo assustou-se terrivelmente. O coração doía-lhe como se ele houvesse jogado fora não só o cadáver da ave, como também tudo quanto fosse bom e tivesse valor.” Despertou bruscamente, sentindo profunda tristeza. “Atormentava-o a impressão de ter levado uma existência vil, miserável, insensata”. Sentou-se embaixo de sua mangueira no seu jardim e começou a pensar e a reavaliar sua existência. Passou todo dia refletindo, até que pensou: “ “...Aqui estou, ao pé da minha mangueira, no meu jardim”... E esboçou um leve sorriso, ao ponderar se tudo isso era necessário , importante e certo, e não apenas um brinquedo tolo, possuir uma mangueira e um jardim?” Resolutamente, resolveu dar fim a esse estado das coisas, saindo da cidade e nunca mais voltando.
Capítulo 8- A Beira do Rio
Nesse capítulo Siddharta vagueia pela floresta, triste e desiludido consigo mesmo. Sentia nojo de si próprio. Subiu no tronco de uma árvore e planejou suicidar-se, se jogando num rio. Porém, quando viu o rio, proferiu a palavra Om, e dormiu. Depois de um longo sono, acordou proferindo Om novamente. Era como tivesse rejuvenescido, renascido. Era como se sua vida passada fosse uma outra reencarnação. Encontrou Govinda vigiando o seu sono, observando-o, notou que o amava, e que “... a grave doença de que sofrerá até poucas horas antes manifestara-se precisamente na incapacidade de amar nada e ninguém.”
“ Que bom- assim pensou- provar tudo quanto se necessita conhecer! Em criança, já aprendi que a riqueza e os prazeres mundanos não nos trazem nenhum proveito. Há muito tempo sabia disso, mas somente agora cheguei a assimilar essa sabedoria. Hoje me compenetrei dela. Possuo-a não só na memória, senão nos olhos, no coração, no estômago. É uma benção ter essa certeza” “Ouviste o canto do pássaro no fundo do teu coração e obedeceste a ele!” “Sempre se pavoneara com altivez; sempre quisera ser o mais inteligente, o mais zeloso... nesse sacerdócio, nessa altivez, nessa erudição infiltrava-se o seu eu; ali se arraigara, crescera, enquanto ele, Siddharta, cria tê-lo aniquilado por meio de jejuns e mortificações”
Cap 9 – O Barqueiro
Neste capítulo, Sidarta reencontra o barqueiro que tinha feito a travessia do rio com ele no começo de sua jornada, após Sidarta ter se desgarrado de Govinda e da doutrina de Gotama. Sidarta passa a morar junto de Vasudeva e torna-se discípulo do rio, tal qual o barqueiro viúvo. Passados alguns anos, Kamala ressurge devido à peregrinação que faz em memória do Buda, quando é picada por uma serpente e vem a falecer, mas não antes de apresentar o filho de Sidarta ao pai.
Cap 10 – O Filho
Sidarta passa a viver com seu filho na casa de Vasudeva. Sidarta tenta se aproximar de seu filho, mas não obtém sucesso. Sidarta (filho) foge para a cidade e Sidarta (pai) vai em sua procura, mesmo Vasudeva o aconselhando a não fazer isso. Após muito meditar, Sidarta aceita o conselho de Vasudeva e desiste da busca por seu filho.
Cap 11 – Om
Sidarta continua a pensar no seu filho, principalmente quando faz a travessia de balsa conduzindo pais e seus filhos, já que Vasudeva já não tem idade e nem força para fazê-lo.Tomando consciência de que ele próprio tinha abandonado o pai, Sidarta acaba se conformando com a partida do filho. Ao perceber que Sidarta havia assimilado o conhecimento que o rio queria passar, Vasudeva parte em uma jornada pela selva.
Cap 12 – Govinda
No capítulo final Govinda recebe uma noticia sobre um balseiro que é considerado sábio e vai conhecê-lo pessoalmente. Após algum tempo de conversa com balseiro Govinda percebe que é seu velho amigo Sidarta e que ele havia encontrado o que ele tanto procurava, pois mostrava em seu rosto serenidade e paz.

19 de março de 2011

QUANDO O VENTO LEVA O AMOR - BASEADO NO FILME/LIVRO " E O VENTO LEVOU"


QUANDO O VENTO LEVA O AMOR - BASEADO NO FILME/LIVRO " E O VENTO LEVOU"


Quem me falou disso foi Tatiane, uma  sempre doce vizinha de mama, hoje casada, já citada em verso sobre mulher na faixa de vinte anos e achei interessante aqui descrever.

Scarlett O’hara ( Vivien Leigh ) é muito apaixonada por Ashley Wilkes ( Leslie Howard ); porém este não corresponde porque ama Malanie Hamilton ( Olivia de Havilland ), que vem depois desposar. Daí, Scarlett acaba casando com o aventureiro Rhet Buttler ( Clark Gable ). Este aos poucos vem a ficar fascinado por ela, apesar de seu temperamento indócil  e muitas vezes intolerante e sua falta de reciprocidade, pois ela não tem qualquer sentimento maior por ele, a não ser conveniência e certa reverência.

O casamento dura certo tempo, até a guerra arrasar o patrimônio dela, uma fazenda enorme de café e seu casarão se deteriorar total. Mas o que vem a tona depois, é o desmoronamento desse casamento que começou mal e tinha tudo para terminar mal – como sempre gosto de ressaltar. Mas o mais importante não estava ai. Vejamos.

Na parte final, ela se dá conta que tem que refazer sua vida, sua fazenda herdada. Mas o que ela realmente perdeu foi o amor de seu marido que ela tenta resgatar em vão. Mesmo com seu suposto amor da vida,  Ashley , tendo a esposa a falecer e a moribunda Malaine ter pedido que ela cuide do marido a ficar viúvo, ela se dá conta que ama mesmo é o marido, que inconformado de tanto menosprezo afetivo e indiferença de desejo,que teve a ele e a negligência que teve ao filho dos dois, parte embora. Ela o suplica com SENTIMENTO DE ARREPENDIMENTO para que reveja em vão. E ai no final ela fala algo que devemos sempre repensar:

- “ Amanhã será outro dia”.

 Sim será, para seu patrimônio, muitas outras coisas mais, mas e aquele amor marital que ela tanto relegou, renegou,  colocou para escanteio? 

O amor pode estar a nossa frente e muitas vezes insistimos em apenas uma idealização dele e o melhor não o preservamos, de alguém que nos ama com todo seu ser, seu querer. E quando damos conta ficou no passado por se perder- SENTIMENTOS DE PERDA E DE CULPA.  Quando alguém desama, dificilmente retorna ao mesmo amor, pois mágoa, desconfiança, ressentimento, amor próprio e orgulho e tudo tem seu tempo de acontecer. Ou se aproveita ou desperdiça, despedaça. E  isso tudo  fala mais alto.

O amor pode estar na nossa frente, bateu na nossa porta, muitas vezes foi a  nossa sala de estar e até nosso quarto e você, por ilusão ou desengano ou descaso ou descuido, quer outro inacessível ou inadequado  E que não soube fazer valer? Como para Scarlett O'hora:   “ E o vento levou ”.

Mas há outras formas e situações do amor a dois ou de apenas um ir embora, às vezes do nada, por pouca ou muita coisa,  e no final das contas ficamos com a sensação de que um vento veio trazendo alguém  e o sentimento recíproco e um vento que o trouxe, o levou. Algo que nos era caro, inabalával, eterno até, mas que sem firmeza e o peso  que se pensava um vento traz e carrega. Como na canção que já me marcou DEMAIS...


16 de março de 2011

RENASCER - DAS CINZAS, CUIDANDO DO MEU JARDIM

                                                           RENASCER


Desde que me entendi como gente,
perpassava algum penar, um pesar.
O que havia, e maiores ficavam,
eram as expectativas,
          as perspectivas,
          a esperançar...

Dourar em cristalinas vivências:
e o que vinha adorar, adornar,
a me abstrair, a me abrasar.
Desde rapaz em desvelo,
tinha sonhos fecundos demais,
tinha gostos profundos ademais.

Cada lazer que era um prazer, um aprazer.
Os desejos enamorados,
as cinemanias semanais,
o musical ressonante, a literatura absorvente
os passeios. E tudo mais que coubesse.
O só apreciado. E o aprontado por mim.

Mas eis que meus sonhos,
pareceram castelos de areia,
que se desfizeram à praia em onda do mar.
Mas eis que meus gostos,
padeceram em desestímulos em cadeia,
que se despojaram para uma fenda a exilar.

E o algum passou a um fora do comum penar.
Afinal, a vida é ter sonhos que se almejam,
                      é ter gostos que nos distraem.
Sem isso a vida é vagar, pesar, torpor e tédio.
Queria voltar a ter planos & projetos,
                                prazeres & preferências.

Será que conseguiria resgatar,
aquele que via a vida com outros olhos,
com outros sentidos, outras sensibilidades?
Reacender o fogo do crer e do ser.
Não tanto sofrer, mas (a)crescer...
Ao reacender a chama que não há de apagar...

Ter que replantar os jardins despedaçados, desperdiçados,
mas não de um Éden, só um bom  na vida a voltar a florir

Ter uma plêiade que na noite escura,
há de apenas cintilar...e deveras ver que foi um RENASCER!  

  COMO FÊNIX, RESSUSCITAR DAS CINZAS A ALÇAR VÔO 
GALGAR ALÉM DOS HORIZONTES DE SI MESMO.

 
FÊNIX MITO AVE-SÍMBOLO EGPÍCIA
DE RESSUSCITAR EM VIDA
DAS CINZAS QUE NOS ENCONTRAMOS.
E HÁ ALGO MELHOR POR AMOR
COMO NA CANÇÃO ABAIXO?

"Aprendi... Que tempo é algo que não volta atrás.
Por isso plante seu jardim e decore sua alma,
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores ..."
William Shakespeare

Cuidando de mim, do meu jardim,
 como nessa canção...

13 de março de 2011

FIDELIDADE E FELICIDADE SÓ TEM E VEM COM COMPROMISSO E CORRESPONDÊNCIA - E AMAR E SER AMADO



FIDELIDADE E FELICIDADE SÓ TEM E VEM COM COMPROMISSO E CORRESPONDÊNCIA - E AMAR E SER AMADO

'APRENDI QUE NÃO POSSO EXIGIR AMOR DE NINGUÉM - APENAS DAR MOTIVOS PARA GOSTAR DE MIM E ESPERAR QUE A VIDA FAÇA O RESTO"

" Um dia a gente aprende que...

Depois de algum tempo vc aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas."
 
( SHAKEASPEARE )

Algumas vezes fui questionado sobre procurar alguém, quando estava em contacto com alguém, ou seja, contradizendo o que dizia de ser fiel, não só a pessoa amada, mas fiel aos meus sentimentos. Mas ai questionei: mas tem compromisso comigo? Tem correspondência? Ou seja, nada a se cobrar ou questionar desse jeito. Mas se teve ou tem, não consigo entender o porquê de não fazê-lo. Para mim não cola o tal todo homem trai, é infiel, se há algo a mais inclusive de nossa parte e tem o outro lado leal, fiel, confiável,  firme e  forte em nosso querer e sentir e viver. Fazendo parte efetiva de nossa vida e do nosso ser, com vínculo e vontade,  será eu de outro planeta, de outra dimensão sendo diferente?

Nada pior que sentir sem correspondência. Padre Fábio de Mello em vídeo acha que sofremos porque projetamos em alguém um ideal e essa pessoa não corresponde. Muitas vezes pode até ser, mas em outras ou ao mesmo tempo, vemos que nos encaixamos bem a ela  e a outra a nós e nem por isso a outra parte reconhece e se entrega e encarrega de fazer valer. Como diz Shakeaspeare nas frases acima destacadas, o resto não foi reposto ao proposto e nem houve apoio ou segurança. E na hora da demonstração explícita de sentimentos, não há qualquer intensidade e interesse retornado, tenha começado ou não a relação. Ou o pior dos piores, com rejeição e ser trocado por alguém pior, ou mesmo ruim.

E de que adianta mais adiante, até parecer que há alguma correspondência, mas sem aparecer compromisso? Não está ou não se encontra nos dias que mais precisa. Ou que normalmente deveria estar: como fim-de-semana, natal, ano novo. E, não retorna ligações e torpedos, não responde intenso aos nossos beijos e abraços como devia e não fala ou escreve as coisas maravilhosas que esperamos ouvir.

Diz Quintana que devemos preparar nosso jardim e esperar as borboletas e ai, encontrar não quem procurávamos, mas quem nos procura. Nesse ponto acho que houve uma falha: tem que ser quem procuramos também sim, se não a correspondência ai não será nossa. Não podemos cobrar só de outrem, mas de nós mesmos. Isso é recíproco, sem estar em nós ou em quem sentimos, nada feito, fica contrafeito. 

E nada pior que fazer de alguém entreposto até achar quem se quer de verdade, assim como fazermos a nós, cuidado nessa hora. As vezes nem é premeditado isso, mas se acontecer melhor se afastar para não ficar numa relação de uma via só, de si ou da outra ou às escuras. E fazer ou sentir sofrer, em algo masoquista. Pior se amar alguém e esse alguém amar outro que ama ninguém... Nossa! Nesse ponto é célebre o verso de Drummond...
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

Na minha postagem "Amores os melhores possiveis" digo:
 
" Mas acima de tudo que se saiba: para que de fato a pessoa seja amada ( sempre ), que tenha e venha amar..." . E vice versa deixo bem claro.

Para que haja fidelidade tem que se ter compromisso e para felicidade, sentimentos. De um para o outro e do outro para um. Nao adianta um amar por dois. Ou dois não se amando e confundirem sendo um mero gostar como pessoa humana ou amor morno complacente de aparente  conveniência e conformação. 

Mas seguir um só amando, tendo ou não relação, é custoso na alma, em vez de alegria, traz tristeza e inconformação e nada vale assim, até para não machucar alguém  ou se machucar muito.

Amar e ser amado é com cumplicidade de ambos os lados permeados no compromisso e na correspondência em suas intenções e extensões.

Belas canções que são o contrapondo um da outra...

                           Uma letra de um dado momento...
Corresponder e a promessa de
um compromisso sem fim...

          Uma letra de quem não teve correspondência e
com certeza sem compromisso...