TÉDIO - E
SEU REMÉDIO
Esse tédio teimoso é prédio de janelas e portas
umas fechadas, outras lacradas
De uma insossa
massa, inodora fossa..
Como insuperável masmorra da mesmice, achando
tudo tolice,
Asséptica monotonia, melancolia insuportável, inerte de sorte e sacrilégio,
O colégio
do nada a aprender e desfazer do ter prazer.
Nesse tédio insinuoso tudo é opaco,
parado, indigesto indisposto.
Tudo
oposto, decomposto, imposto.
Em suas
lágrimas secas de perplexidade,
É uma
cidade de ruas esvaziadas e desérticas.
Esse tédio do
trivial invariável ainda que não sórdido.
Latentes
ficam as emoções porões do escondido.
Com tédio tedioso não
há graça, não se engraça, escassa caça.
Morada perdida
de fachada do tempo a esmo, tudo no mesmo.
E a rotina
enfadonha, fronha de um travesseiro a fazer dormir acordado.
O tédio tendencioso tem
remédio da busca do que o supera, preenchendo os espaços
Agora dos minutos sem espera, as
minutas lautas sem desesperar. Curtir o lazer aprazer.
Acabando os vazios e lacunas e os ossos dos ócios e ter mais o que
entreter e fazer...
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