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UM ABRAÇO AFETUOSO DO TAMANHO DO MUNDO PARA TODOS!































19 de agosto de 2013

ANGÚSTIAS, ANGÚSTIAS, VIVER À PARTE





ANGÚSTIAS, ANGÚSTIAS, VIVER À PARTE

“Tantas vezes, tantas, como agora, me tem pesado sentir que sinto – sentir como angústia só por ser sentir, a inquietação de estar aqui, a saudade de outra coisa que se não conheceu, o poente de todas as emoções… Ah, quem me salvará de existir? Não é a morte que quero, nem a vida: é aquela outra coisa que brilha no fundo da ânsia…”- Fernando Pessoa

Essa angustia deve ser de quem reflete  e sente, ressente a vida? Tem duas comunidades no Orkut que tem os títulos: “Eu penso demais da vida”; e “Penso logo não durmo”. A angustia assalta nossa alma em desassossego, mas nos instiga ainda que não vemos sua arma apontada, sua mão que nos segura pela insegurança, quando  ela nos assola. E buscamos o que nos consola. Um tempo fui refém dela, mas a venci na batalha de minhas forças interiores a duelar pelos exteriores fatores que oprimem ou deprimem. Voltar  a sorrir em meio a desolação até que voltasse o equilíbrio possível.

Drummond escreveu “ O ano novo cochila em nós” – por coincidência foi um réveillon mesmo em 2008 para 2009 que peguei meu filho e fomos pro Recreio dos Bandeirantes no Rio de Janeiro, batemos bola na praia,e eu sai desse clausulo angustioso. Nem sei dizer a gangorra que era, mas eis que fiz das angustias textos, voltei a escrever, na busca da renovação possível, de que ou de quem apraz e vivi um 2009 como ano intenso de encontro com um amor expressivo que no final trouxe a angustia do fim que parece inexorável , mesmo que não seja.

Às vezes a angustia nos faz pequenos ou nos agiganta ao vencer o inimigo que vaga impreciso em si e meio que um Quixote repetir:

Sonhar o sonho impossível,

Pisar onde os bravos não ousam,

Reparar o mal irreparável,
Amar um amor casto à distância,
Enfrentar o inimigo invencível,
Tentar quando as forças se esvaem,
Alcançar a estrela inatingível:
Essa é a minha busca.


 Dizem que filosofar é coisa de alemão, talvez pela densidade que traz a reflexão e angustia não serve nesses coloridos trópicos brasileiros de povo alegre dizem por natureza. Ou no mundo em geral – mas quantas vezes que assolou a angustia do que não sou  ou estou? –A angustia de às vezes se ver sem cacife, sem poderes de reação, de tudo não ter se encaminhado pra onde queria. Mas tantos que não conseguiram  nem metade de onde cheguei? Faço agora da angustia meu modo de expressão aqui e agora. Não queria mais tê-la na bagagem de viagem da vida, mas se ela me acompanha, a tento domar, dominar e fazer, com que saiba reverter em meu ser. Será que quem escreve é um angustiado? Não acho sempre, mas é fato que os maiores criadores de escritos têm um Q de angustia diante a existência.

Mas já não penso tanto porque estou aqui. E porque dessa angustia infame, inflamável. Quando minha mama morreu pude perceber que já sei reagir a ela, não me entreguei, já que angustia é passo pra ansiedade ou depressão. Nem sei dizer se sou um angustiado mais. Apenas alguém que se angustia na perplexidade de um  mundo de modo controverso, complexo, que se bobear nos engole ou é indiferente. E que complica na luta e na labuta inglória. Será que me faço entender? Compreender e fazer entender a angustia não é tarefa fácil e não vou me angustiar por isso.

Angustia de Graciliano Ramos é romance emblemático. Como diz trecho:

 "Angústia" (Graciliano Ramos)
Como certos acontecimentos insignificantes tomam vulto, perturbam a gente! Vamos andando sem nada ver. O mundo é empastado e nevoento. Súbito uma coisa entre mil nos desperta a atenção e nos acompanha. Não sei se com os outros se dá o mesmo. Comigo é assim. Caminho como um cego, não poderia dizer que me desvio para aqui e para ali.

E assim que vamos, tentando desviar da angústia. Legal quem é desencanado, de bem com a vida. Podemos ter esses elementos para tal, desde que a angústia de todos  os nãos que vi, vivi sejam absorvidos, do que não pode nem chegará, do sentido que se tem da vida fincar e ficar para não entrar como um angustia que corrói e aprisiona. Quer saber? Dane-se a angústia que vou viver e conviver até que seus turbilhões passem ao largo ou que sejam dominados. E se não sei se possível cantar como Gonzaguinha que  “Viver e não ter vergonha de ser feliz  Mas isso não impede que eu repita: É bonita, é bonita e é bonita,”, tentar atrair o que for possível  disso com nossa antena que capta o melhores sons e imagens feito uma novela nossa, que queremos também um enredo que tenha epílogo que termine bem .

Um  “Angustia, angustia, viver a parte”. A angústia não é mais meu par, mas quando persiste está partida... E a angústia só se fazendo alavanca da inspiração inata.

E cantemos como Lobão...

Essa Noite Não


Composição: Lobão / Bernardo Vilhena / Ivo Meirelles / Daniele Daumérie

A cidade enlouquece sonhos tortos 

Na verdade nada é o que parece ser 

As pessoas enlouquecem calmamente 

Viciosamente, sem prazer
A maior expressão da angústia 

Pode ser a depressão 

Algo que você pressente 

Indefinível 
Mas não tente se matar 
Pelo menos essa noite não

As cortinas transparentes não revelam 

O que é solitude, o que é solidão 

Um desejo violento bate sem querer 

Pânico, vertigem, obsessão
A maior expressão da angústia 

Pode ser a depressão 

Algo que você pressente 

Indefinível 
Mas não tente se matar 
Pelo menos essa noite não

Tá sozinha, tá sem onda, tá com medo 

Seus fantasmas, seu enredo, seu destino 

Toda noite uma imagem diferente 

Consciente, inconsciente, desatino
A maior expressão da angústia 

Pode ser a depressão 

Algo que você pressente 

Indefinível 
Mas não tente se matar 
Pelo menos essa noite não



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