Um caipira em sua moda de viola, sua catira.
É um caipira em sua envergadura.
Mas o Brasil colônia os estigmatizou na preguiça,
Marginalizou-os quando na de primeira raça.
Acharam de sua boa fé, fala prosaica e ignorância
provinciana achar graça.
Riam-se em troça, só lhes restava a palhoça. Chapéu de
palha.
E uma patrulha de capangas dos coronéis fundiários.
Onde estavam que diziam que o Brasil não tinha mãos pra
lavoura?
A parte em párias da pátria do que fosse em seus restos
em submissão agregada.
Ou os caipiras tinham só a enxada em terras devolutas não
concedidas.
Em órbita dos latifúndios como em terrenos baldios como
fossem bugios.
Muitos arraiais surgiram, neles suas enxadas em roças de
subsistência.
Hoje um acorde de festa junina os trazem a tona,
dita homenagem ao homem primeiro da terra.
Mas eles, os reais substratos de seres subnutridos
Continuam relegados a que segundo plano.
Mas “Que importa seu preconceito que importa” - diz uma canção.
A marcha civilizatória não fez o círculo em seu prol.
Quando feliz na vida cotidiana, só na marcha junina, de São João,
caipira aparece em faceira dança alegre ordeira...
O caipira em festa junina e em roça, uma troça.
caipira aparece em faceira dança alegre ordeira...
O caipira em festa junina e em roça, uma troça.
Em lembrança suas formas, faces desdentadas e xadrez roupas
rotas!
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