Em abril de 1994, EU
ESTAVA LÁ, testemunha ocular da história e agente indireto dela, na Candelária no Rio de Janeiro no movimento ( e não só mobilização
) pelas diretas já, depois que Dante de Oliveira fez a emenda que daria o
direito ao voto popular e o retorno da democracia. O clamor do povo foram
passeatas e aglomerações por todo país, algo bem justo e direcionado e bem
estruturado de ser levado adiante, avante. E por isso participei. Jamais
entraria naquelas dos 60, por mais justas fosse a indignação a reboque do Ato
Institucional nº 5 da ditadura militar - mas com guerrilha, atos extremados de
ruptura e querendo o comunismo fazendo a Cubalização e pior a Venezualização do
país, sem liberdades plenas individuais, a livre iniciativa, com desabastecimento provável e economia fechada? Nem pensar!
No final das contas
a forma indireta permaneceu a eleição presidencial apesar da anistia e do
Congresso Nacional funcionando, frustrando a massa e o país, mas germinou ali o
processo que em 1989 foi colocado em pauta, redundando nas eleições em 1990.
Não importa se os políticos depois decepcionaram, em descaso e corrupção, a
democracia em si é importante. Os partidos parecem não nos representar direito?
Mas pior é sem a democracia. Como disse Churchil e tanto se diz desde então: “
A democracia é a pior forma de Governo, excetuando todas as demais” – dos males
o menor ou diria o menor mal diante as tiranias e formas espúrias de dominação
e exploração humanas.
Anos depois, agora,
destarte dizerem que essa era uma geração coca-cola, alienada, foram às ruas na
mobilização em protesto contra o aumento dos 0,20 centavos da passagem de
ônibus, a princípio só em SP, depois estendendo ao Rio de Janeiro e demais
lugares. Que se avolumou em todo país. O que parecia justo, eis que se
agigantou trazendo em reboque vandalismo, o não direito de ir e vir embarreirando
vias importantes como a Dutra, em
Congonhas, ponte Rio-Niterói, entre outras bem ou menos votadas. E ameaças de
invasão de prédios públicos como a Prefeitura do Rio e em Brasília. E muito quebra-quebra,
depredação pública de radicais de facções pela ruptura incendiando ou simples
bandidos vândalos travestidos de manifestantes que vinham pra ser pacíficos. Eu
vislumbrei acontecer isso em meio a tamanho volume de pessoas indo agora sem
direção precisa.
Sempre achei que
quando algo se fazer mal a todos, fazer mobilização específicas e em lugares
específicos como foi a dita das diretas já. Se há o absurdo das PEC 33 aquela que deixa o
Congresso rever atos do Supremo de inconstitucionalidade de Leis elaboradas
pelo Congresso. Isso é perigoso, por ex. na época da queda do veto da Dilma
pros Royaltes do Rio, o Renan Calheiros e seus comparsas doidos pra ver com
esses recursos na mão deles, iam
derrubar. Podem fazer uma lei louca ou injusta e nos impingir, isso é coisa
absurda demais! E da
PEC 37 que limitam o poder de investigação do Ministério Público em
investigações e claro com interesse de maus políticos. Um desplante lógico!
Ou seja, um
movimento de tamanha magnitude e atitude têm que haver cabeças, rumo, prumo,
formas cabíveis e concretas de levar a cabo isso, mas também o direcionamento
correto se não fica só aglomeração dificultando
locomoção de quem quer ir trabalhar ou ir pra casa, de uma hidra de sete
cabeças que vira arruaça depredatória de
alguns que não são poucos. E pior até de roubo. Ou de represálias como contra a
FIFA E A Copa do Mundo. Radicalismo não leva a nada. Quando havia suspeitas de
superfaturamento das obras dos estádios, ali devia ter havido a pressão e não
ir contra quando o mundo se volta à organização ele no país e os custos já era.
Infelizmente os partidos políticos não nos representam mais.
A força da massa deve continuar, mas ordeira e
organizada e não sistemática sem razão de ser, mas bem instrumentalizadas, direcionadas
e focadas. Sempre se dizia que o brasileiro era cordato parcial em comparação
aos estrangeiros em seus países que protestavam e bem diz a frase que deixamos
de ser adormecidos em berço esplendido e ver que os seus filhos não fogem a
luta. A nossa indignação e insatisfação bem posta e coloca a prova de haver
mudanças significativas, deixarmos de sermos cordeiros em sacrifícios eternos. Mas,
por favor, sem dificultar a vida de todos e indo em direção a uma realidade e justiça
plausível e possível E sem agressividade de facções radicais ou aproveitadores do caos, trazendo choque contra o aparato policial que se fez feroz brutal infelizmente e pagou o pato até quem foi na paz, e até a trabalho em especial jornalistas que deveriam ser mais respeitados fazendo seus serviços pela informação.
A revolução francesa
se fez por conta de aumento dos Pães e a frase infeliz Maria Antonieta “ Se não
tem pães, comam brioches”. Acabou que levou o povo a queda da Bastilha e
daí ao poder Robespierre que de forma
burguesa apenas substituiu a monarquia
sem trazer revolução de fato ao povo. E isso que se deve ter cuidado.Nos anos
80, Lula veio como líder sindical a principio a favor dos trabalhadores e daí
surgiu o PT. Mas no poder, foi coerente na economia, o que mais eu temia e na
ética que eu esperava ter redundou em super corrupção - por que não houve
mobilização contra esse descalabro?- do chamado mensalão como jamais vista
nesse país – do jeito como ele gosta ao dizer das benesses de seu governo em
detrimento de ter tido embasamento do país no Governo anterior que tanto repudia
e que depois reelegeu ele e agora Dilma. Uma contradição e tanto, mas feita com
a bolsa família, a esmola de dependência
oficial. Todo cuidado é pouco em lobos em pele de cordeiro.
Não se pode e não se
deve voltar o slogan: É contra o Governo? soy contra! Não vale anarquia nem
cizânia que é a ruptura do corpo social e governamental. A balbúrdia de
baderneiros ou mesmo cordatos brecando o cotidiano de cidades e pessoas como
norma não leva a um caminho seguro e eficaz. A manipulação de massas não pode
ocorrer jamais. Mas é nas eleições que se
pode fazer e mesmo uma mudança,
apesar de parecer que na política só há joio nunca trigo. E fazermos nossa
parte reivindicar, protestar se for o caso, mas sem a confusão e o caos em
nosso país e em nossas vidas que deve seguir e não atordoar quem quer trabalhar
e estudar – e afinal não esqueçam que tem os manifestantes fazer isso. A vida
segue em prol de si, de suas famílias e da sociedade como um todo. Arregacem as
mangas, bradar branda a voz do povo em paz, nas ruas ou escritórios, casas, internet, onde seja e vão à luta coletiva - mas as comuns também valem e muito!
E os slogans de outrora, fala de apelo das marchas e manifestações populares de antigamente ainda valem: "O povo unido jamais será vencido" e "A luta continua". Sempre. mais do que nunca. Em ordem e pelo progresso como diz bem o lema de nossa bandeira...
E os slogans de outrora, fala de apelo das marchas e manifestações populares de antigamente ainda valem: "O povo unido jamais será vencido" e "A luta continua". Sempre. mais do que nunca. Em ordem e pelo progresso como diz bem o lema de nossa bandeira...
E VIDA QUE SEGUE
E COMO DIZ O SLOGAN ANTIGO:
A LUTA CONTINUA,
MAS COM ORDEM E JUSTIÇA!
"Vem pra rua" - já cantava o Rapa.
"Vem pra rua" - já cantava o Rapa.
Brasil diz quem paga pra ficar assim - já bradava Cazuza...
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