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31 de janeiro de 2013

ULISSES E PENÉLOPE - A ODISSEIA DE UMA FIDELIDADE




Ulisses, nome em latim ou Odysseus – do grego – ficou conhecido da derivação desse nome em grego pela odisséia. Após a participação na guerra de Tróia, para resgate de Helena, no qual urdiu o artifício astuto do famoso cavalo de madeira para os guerreiros entrarem e vencerem a batalha, quis o nosso herói voltar a sua Ítaca, ilha que governava e lá estava sua esposa amada Penélope, que o aguardava pacientemente ainda que tristíssima.



A sua participação é decisiva, mas, no entanto, secundária na descrição feita em “A Ilíada” – mas na volta pelo mar revolto e pelo tantos ardis contrários de Deuses, foi protagonista de “A Odisseia”. Mas o que aqui quero tratar pode parecer comezinho, menor, mas digamos que essa volta já foi bem descrita por essa obra maior da antiguidade escrita por Homero!



Uma trajetória de aventuras e desventuras, mas seu objetivo a partir de então era claro: voltar aos braços de sua princesa que o aguardava no seio da ilha natal. Sim, apesar dos 20 anos perdidos, ela o aguardou fiel, apesar dos rumores inquietantes que estaria morto ou já desinteressado de retornar a seu povo e pior, a sua querida Penélope.



Ela zelosa desse relacionamento, a par da insistência contínua do pai de a recasar, rejeitava a corte de outros pretendentes apesar de suposta viuvez por falta de notícias do guerreiro navegador. Teceu sudário para Laerte pai de Ulisses eternamente que desfazia a noite como desculpa astuciosa para não cair em outros braços.





Quando descoberto o ardil, só aceitaria se alguém envergasse o arco dele – algo que sabia dificílimo. Que ao final mostrou ser mesmo, que só Ulisses disfarçado de Mendigo conseguiu  o intento camuflado, para prova de que ela era fiel mesmo - como se precisasse depois de tempo, hoje assim o parece, mas é o tal ver para crer! E depois destemido teve de guerrear com os perdedores.



Assim como ele o fez só a querendo quando ficou preso por uma mulher na ilha de Calipso. Por ordem e efeito vindo do Olimpo, ele conseguiu seguir viagem. Mas antes esta criatura queria por queria casar com ele, o mantendo num misto de casamento e cativeiro e ele relutou como pôde, apesar de sua desvantagem na recusa sistemática.


Ao final se (re)uniram novamente em comunhão. De tudo isso se pode dizer de algo que sempre digo: temos que ser fiéis não só a pessoa que amamos, mas aos nossos próprios sentimentos, apesar das circunstâncias em contrário, que fazem em dificultar e até destruir. Dessa vontade que está em si e não pela sociedade que rodeia e carência que se alia.



Ulisses e Penélope símbolos se fizeram desse misto de fidelidade e lealdade, um mito mas por que não um rito a ser repassado a posteridade: a predestinação feita por si mesmo a quem queremos e não abrimos mão, apesar dos pesares e do que pesar contrário. Um ideário e ilação: de um pacto implícito de quem juramos ser só um do outro como casal!



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