Há
bem pouco tempo assisti ao filme “Os Imortais” – cujo tema é o lendário Perseu,
que em meio a Deuses do Olimpo, é
contada sua saga mítica. Fazendo a organização de tantas coisas a serem jogadas
fora de casa de minha mama falecida, deparei com a coleção da Editora ABRIL CULTURAL, cujas fotos
abaixo é relembrada e na qual o mote era toda mitologia Greco-romana e ali pude
rememorar toda essa forma que aos olhos
de hoje parece delírio, mas foi fonte de inspiração de tantas lendas, sagas, e
claro mitos, fazendo-os representantes e
símbolos de tudo da condição humana da época.
É
interessante achar que se há guerra, há um Deus por trás Marte. Se há beleza,
Afrodite é fonte de representação dela. Sopra o vento há Eolo, mar há Netuno. E
a curiosa guerra conjugal de Minerva - sim lá mulher do Deus-supremo, com Zeus a se transformar em forma humana e gerar semi-deuses como foi o
caso do Perseu do filme, como de Hércules, Aquiles, entre tantos outros. O que
mais me intriga é saber que era um mundo já adiantado em artes, filosofia,
teatro entre comédias e tragédias, entre outras que vieram da Grécia antiga.
Então por que acreditavam nessas fábulas em forma de mitos?
O que faziam acreditar que em cima do cume do
monte Olimpo havia Deuses velando a humanidade mortal? E Titãs em guerra. Não
importa o fantástico que parece: o simbolismo era reprodutor de uma mitificação
das forças da natureza e talvez lendas tenham se transformado em histórias que
parecem ficção, mas se tornaram como fossem reais e cada qual representava,
muito além de Deuses, em Ninfas, em Centauros, em Medusa e suas cobras em lugar
do cabelo transformando em pedra quem a
visse. O meio homem meio touro Minotauro e a fuga de Dédalo e Ícaro
voando.
A
beleza disso tudo transpassou no tempo de uma civilização grega e troiana como
o símbolo do Cavalo de Tróia tão famoso na luta por Helena entre dois mundos,
mas que começou a sucumbir a Romana, mas eis que na mitologia se fundiu a
romana, criando a partir de então mitologia Greco-romana. Muito tempo se passou
para que declinasse esses mitos, principalmente quando o cristianismo se expandiu
entre os ditos gentios. Ficou toda essa gama de personagens, Deuses,
semi-deuses humanos, monstros, meios besta meio humanos, filigranas de símbolos
que se buscavam para a realidade fantasiosa.
Queria
poder ter visto como era essa fusão do mítico e do que é concreto. Uma civilização de culto ao mítico e ao mesmo
tempo do mundo real. Hoje o que fazemos é tê-los como símbolos, como Narciso e
a soberba vaidosa do ego, Édipo rei e
Jocasta no tabu do incesto, em Prometeu com a águia que comia seu estômago
Orfeu e seu amor extraordinário por Eurídice,
entre tantas formas que sobreviveram entre nós. Ou mesmo que não, nos
admirar essa forma não frondosa de seres que jamais deixarão de habitar o
imaginário ocidental até os tempos de hoje e quiçá pela eternidade.
Adorei
o filme e rever a coleção. Mito e civilização, foi naquele tempo algo que
trouxe um caldeirão cultural e místico. Que de alguma forma não foi perdido:
vale a todos nós como símbolo e gosto de suas aventuras como de Ulisses, de
Jasão e os Argonautas, e o Perseu do filme, entre tantas outras. O uso disso
tudo de forma poética, de utilização na psicanálise e na cultura em geral. Na
juventude adorava as ler, me entreter, e mais que tudo saber... Ainda que pareça
uma grande fantasia dos sentidos e conhecimento na atualidade, na realidade que
faz ter a antiguidade como parâmetros em sua simbologia dos mitos...
A COLEÇÃO ENCICLOPÉDICA QUE TANTO
ADOREI SOBRE MITOLOGIA GRECO-ROMANA
AGORA SENDO REVISTA...
O FILME FANTÁSTICO RECENTE
VISTO EM 3-D, COM O MITO
DE PERSEU, OS DEUSES DO OLIMPO
E OS TITÃS...
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