Como todo rapaz, aquele que fui um dia
gostava também de uma aventura em filme. Entre outras formas de tipo de fita de
cinema. Era comum ir madrugada a dentro e ver as sessões corujas da vida - e numa delas um filme de ação chamou atenção
– Jasão e os Argonautas. Sim, era baseado na saga mítica da busca do velo(cino)
de ouro.
Num tempo que
os efeitos especiais eram incipientes, toscos até, aparecer um gigantesco Netuno saindo da água para que a
embarcação do herói Jasão seguisse em frente, depois tendo batalhas com esqueletos,
contra estátuas enormes, contra a serpente de sete cabeças Hidra, harpias
demoníacas, sereias tentando os navegadores contra o mar, entre tantos outros.
Foi com o
esmero da época muito bem feito. Um filme que jamais esqueci – por ter sido bem
feito – mas havia outra razão. Havia toda uma cultura, por detrás daquela
aparente só mera ação cinematográfica,
algo nem sempre repetido, em suas fontes históricas, formas que só anos depois
virou mais sistemática em temática e projeto de filme.
A primeira vez que tomei ciência desse
mundo místico Grego – que além de símbolos, havia também muita ação – os 12
trabalhos de Hércules, a fuga do labirinto com o meio touro meio humano por
Dédalo pai e Ícaro filho. E Perseu, Teseu, Ulisses, o cavalo de Tróia, quantas emocionantes
histórias mirabolantes e espetaculares não é mesmo? E zelando do Olimpo os
Deuses.
Mas a que me ficou marcada foi essa – a
busca do velo de ouro pelos Argonautas. Cuja história abaixo reproduzo de site
Wihikiédia. A mistura de filme e jornada mítica foi guardada para sempre. Inesquecível.
Depois fui conhecer mais a fundo na coleção de Editora Abril já citado em
postagem anterior. E nada melhor que ver um vídeo falando do filme.
Sejamos nós sempre em desafio ter uma causa
como desses seres imemoriais, imortais...
ALGUNS VÍDEOS SOBRE O FILME...
CONHECENDO MELHOR ESSA SAGA MARÍTIMA MÍTICA ABAIXO...
Na mitologia
grega, Argonautas eram tripulantes da nau Argo que, segundo a lenda grega, foi até à Cólquida (atual Geórgia) em busca
do Velocíno de Ouro.
Usando
informações astronômicas, a mitologia e a precessão dos equinócios, o cientista inglês Isaac
Newton calculou a
data do início da expedição como sendo o ano 939 a.C.: 2645
anos antes do início do ano 1690
d.C., ou 2627 anos antes Já o padre e apologista cristão, Jerônimo de Stridon (347-420),
estima que a viagem ocorre por volta do ano 1270 a.C..
A saga dos
argonautas descreve a perigosa expedição rumo à Cólquida em
busca do Velocino de Ouro. Conta o mito que Éson havia
sido destronado por Pélias, seu meio irmão. Seu filho Jasão, exilado
na Tessália aos
cuidados do centauro Quíron, retornou ao atingir a maioridade para reclamar ao trono que por direito lhe pertencia.Pélias então,
que tencionava livrar-se do intruso, resolveu enviá-lo em busca do Velo de
Ouro, tarefa deveras arriscada. Um arauto foi enviado por toda a Grécia a fim de agregar heróis que estivessem dispostos a participar da difícil empreitada. Dessa
forma, aproximadamente cinquenta jovens se apresentaram, todos eles heróis de grande renome e valor. Cada um deles desempenhou na expedição
uma função específica, de acordo com suas habilidades.
A Orfeu, por
exemplo, que tinha o dom da música, coube a
tarefa de cadenciar o trabalho dos remadores e de, principalmente, sobrepujar
com sua voz, o canto das sereias que seduziam os navegantes. Argos, filho de Frixo,
construiu o navio e por isso, em sua homenagem, a embarcação recebeu seu nome. Tífis, discípulo de Atena na arte da navegação foi designado piloto. Morto na Bitínia, foi substituído por Ergino, filho de Poseídon. Castor e Pólux, gêmeos filhos de Zeus e Leda, atraíram
a proteção do pai durante a tempestade que a nau foi obrigada a enfrentar.
Destacavam-se ainda entre os heróis: Admeto, filho do
rei Feres; Ídmon e Anfiarau, célebres adivinhos ; Teseu , considerado o maior herói grego;Hércules que não
completou a expedição; Etálides,
filho de Hermes que atuou como arauto; os irmãos Idas e Linceu e, é
claro, Jasão, chefe e
comandante da expedição.
Ao todo eram
cinquenta argonautas. Os que ficaram conhecidos na literatura eram:
·
Jasão; o nemesis de pelias.
·
Castor e Pólux, os dióscuros (gêmeos filhos de Zeus);
·
Zetes, irmão de Calais;
·
Anfião;
·
Argos, o construtor do
navio e seu piloto;
·
Atalanta, mulher que tentou
embarcar disfarçada de homem, mas foi descoberta por Jasão;
·
Laertes, pai de Ulisses;
·
Équion, filho de Hermes;
·
Euríalo;
·
Iolau, sobrinho de Hércules;
·
Hilas, discípulo de Hércules;
·
Poias, amigo de Hércules;
·
Filoctetes, filho de Poias;
·
Meléagro;
·
Orfeu, o poeta que desceu aos Infernos, filho de Apolo e da
musa Calíope, inspiradora
da literatura;
·
Télamon, irmão de Peleu;
·
Poriclimeno, filho de Poseidon, que tinha
o poder de se metamorfosear em qualquer animal marinho;
·
Tífis, timoneiro que acabou morto durante a
viagem;
·
Anceu, timoneiro que revezava enquanto Tífis
dormia;
·
Ergino, timoneiro que
revezava com Anceu e que substituíra Tífis, quando este morrera;
·
Anfiarau, adivinho célebre;
·
Teseu, matou o minotauro.
·
Orion,gigante que ficou cego por ter visto Ártemis se banhar nua. Foi morto por uma picada de escorpião e se transformou na
constelação com o mesmo nome.
·
Heitor;
·
A VIAGEM:
·
Em sua primeira escala, aportaram na ilha de Lemnos, habitada somente
por mulheres. É que Afrodite, insultada por estas
que lhe negavam culto, castigou-as com um cheiro insuportável de forma que seus maridos partiam em busca das escravas da Trácia. Movidas pelo
ódio e pelo despeito, assassinaram seus esposos instalando na ilha uma espécie
de república feminina, situação que perdurou até a
chegada dos argonautas, que então lhes deram filhos. Na ilha de Samotrácia, segunda
escala do grupo se iniciaram nos Mistérios dos Cabiros com o intuito de obter proteção contra naufrágios. A seguir, penetrando no Helesponto, mar onde caiu e morreu a jovem Heles, ancoraram na península da Propôntida, no país dos doliones, povo governado pelo rei Cízico. Foram ali
recebidos com festas e honrarias e já se fazia noite quando os argonautas
partiram para Mísia.
·
Porém, foram obrigados a retornar devido a uma grande tempestade que se abateu sobre eles. Os doliones não reconheceram os
argonautas por causa da escuridão da noite e, pensando tratar-se de invasores, atacaram.
Instalou-se uma sangrenta batalhaque se
estendeu por toda a noite. Com o amanhecer, os vitoriosos tripulantes de Argo
verificaram o triste engano. Jazia entre os mortos, o reiCízico, que foi enterrado por Jasão e seus companheiros com homenagens e
magníficos funerais.
·
Mísia
·
Foi na Mísia que Héracles interrompeu sua viagem. É que Hilas, seu amigo predileto, tendo sido
encarregado de buscar água numa fonte, foi capturado pelas Ninfas que o arrastaram para as profundezas
dos rios. Héracles voltava do bosque onde tinha ido buscar madeira para refazer seu remo
partido quando tomou conhecimento de seu desaparecimento através de Polifemo, que tinha
ouvido seus gritos de socorro. Saíram então os dois em busca do amigo varando a
floresta durante a noite. Pela manhã, Argo partiu com menos três
tripulantes a bordo, pois os dois também não retornaram: Polifemo fundou posteriormente naquelas terras a cidade de Cio, onde se fez rei e Hércules seguiu seu rumo de aventuras.
·
Âmico, rei dos bébricios:
·
Estranho hábito tinha o rei Âmico ao receber os visitantes que chegavam
por suas terras. O rei dos bébricios, gigante filho de Posídon, os
desafiava para a luta e em seguida os matava a socos. Lá chegando, os argonautas
foram imediatamente provocados pelo rei que os instigava. Foi Pólux quem representou seus companheiros, aceitando o embate. Ao final da
luta, venceu o gigante e como castigo fê-lo prometer que jamais importunaria
novamente os estrangeiros que ali chegassem.
·
Trácia e Ciâneas
·
A expedição seguiu seu rumo e aportou na Trácia, onde reinava Fineu, o adivinho,
que por suas crueldades tinha obtido a cegueira como castigo dos deuses. Vivia atormentado pelas Harpias, monstros alados que perseguiam-no e roubavam
todo seu alimento e por isso ofereceu ajuda aos Argonautas, caso estes
concordassem em livrá-lo de tão grande desgraça. Calais e Zetes, filhos alados do vento Norte, Bóreas, foram os
responsáveis por tal façanha. Atraíram as Harpias com o odor delicioso de laudo banquete
e depois, com suas espadas fatais cortando os ares, expulsaram dali definitivamente as perversas
criaturas. Conforme o combinado, Fineu revelou aos Argonautas a maneira de evitar o perigo das Rochas
Flutuantes.
·
As Ciâneas ou Rochedos Azuis,
também chamadas de Sindrômades ou Simplégades,
eram dois recifes que se fechavam violentamente, esmagando qualquer coisa que entre eles
se interpusesse. Disse-lhes que antes de por ali se aventurar, enviassem uma pomba. Se esta lograsse atravessar os rochedos, este seria o sinal de sucesso
também para os marinheiros. O pássaro conseguiu atravessar as Simplégades, muito embora, ao se fecharem, as Ciâneas cortaram as pontas de
suas penas maiores. Igual sorte teve Argo, que conseguiu ultrapassar o obstáculo
com apenas uma leve avaria na popa. Ao passarem pelas
terras dos mariandinos, os argonautas sofreram ainda duas
perdas: Tifis, o piloto e Ídmon, o adivinho, morto por um javali durante uma caçada.
·
Chegada à Cólquida:
·
Chegaram enfim à Cólquida, reino de Eetes, onde cabia a Jasão a tarefa mais árdua:
capturar o Velocino de Ouro. Medéia, filha do rei
e conhecida por suas habilidades na arte da feitiçaria, apaixonou-se perdidamente pelo chefe da expedição e por isso, não
mediu esforços para auxiliá-lo nas árduas tarefas que o rei impôs como condição
para entregar-lhe o talismã.
·
Jasão tirou proveito dos feitiços e encantamentos da feiticeira e sem esforço partiu da Cólquida levando consigo o Velo de Ouro. Os Argonautas ainda passaram por alguns percalços mas enfim chegaram a
seu destino final onde entregaram a Pélias o Velocino. Jasão partiu para Corinto, onde consagrou a
embarcação ao deus Poseídon.
Nenhum comentário:
Postar um comentário