BRASILEIRO, PROFISSÃO ESPERAR - EM ESPERANÇA
Em certa, clássica peça teatral,
Paulo Pontes cunhou e depois entranhou ao povo-Brasil,
que “Brasileiro, profissão esperança”.
Mas eis que a esperança diluiu-se,
em dissolução de valores derradeiros,
se decaiu nas escarpas das incertezas.
Decerto, clamamos Meca conceitual,
Zweig confirmado e depois entranhará que de futura pátria-Brasil,
que “Brasileiro, profissão bonança”.
Deserto, concluímos no nosso habitual,
diria inconformado,se estranhará chamarmos povo Brasil,
de “Brasileiro, profissão esperar ” ?
Ao ficar nos eternos projetos do futuro, cantados por Zé Ramalho,
seria como o Pedro pedreiro, de Chico, esperando o trem,
tudo para o mês que vem?
Ao ficar nos elevados intentos de futuro, decantados pelas autoridades,
teríamos como o no filme/peça, esperando no que vem,
um “ Tudo bem, no ano que vem” ?
O que não pode, o que não se deve,
é que atentando a esperança, que a peça da vida real não seja
“ Brasileiro, profissão desesperança”...
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