Quantas
e quantas vezes pessoas que vem e tem uma desdita hora em que é dita a frase:
- NÃO
QUERO MAIS NADA, MAIS NINGUÉM!
E resolvem ou não conseguem mais sentir como
antes? Depois de decepções ou frustrações nas desilusões e desgostos da vida.
Parece que um sabão em pó lavou tudo até o ponto que enxuto não há um fluxo sequer
de sentir. Tudo virá pó de cinza no vento que leva. As portas de nosso querer são
trancadas, o sentir trancafiado numa cela nas profundezas de nosso ser. Muitas
vezes proclamamos que não queremos mais as querelas tristes dessas pálidas aquarelas.
Parece
que tudo esfria, impávido se ressente ao ponto que nada se sente querente. Uma
dureza inflexível de momento sem ter alento. Um sol que se põe, uma vontade que
nada mais se repõe. Buscamos o só ou o coletivo sem envolvimento. Mas no fundo,
no fundo sabemos que está lá tudo intacto, submerso, apenas não nos jogamos
mais ao sabor dos fatos. Mas tem uma hora que não resistimos: insistimos em
buscar restaurar, ter um novo conquistar, se seduzir.
Pedimos
“HELP” a nós mesmo ou a quem nos faça de novo readmitir. Os cadeados
descerrados, desencadeando o universo sentimental em retorno. Mas quão é duro
sair desse viés obscuro. A gente sempre vai querer sim e no fim das contas
lutamos contra o desanimo ou a descrença: - Socorro, não tô sentindo nada!!!
COMO DIZ A CANÇÃO DE ARNALDO ANTUNES.
Quando a gente brada dentro de si contra isso, é hora do que isso
revigora.
Ainda que sem saber em quem confiar, em qual
sentido ir, de que forma vir? Claro, ainda que pareça que disso pereça, de não
sentirmos nada, mas a emoção está lá contida a ser servido num cálice de fogo
do prazer desmedido. Abrir a concha do
medo, vencer o trauma,deixar a onda do que supostamente agora menospreza, e ir de encontro do
que preza, vai se abrindo a represa.
A se voltar para algum sentimento que nos
sirva. E se fazer viva de novo a renovada chama...
"SOCORRO" - EM TRÊS VERSÕES...
Nenhum comentário:
Postar um comentário