Nos idos de 70 duas carreiras
ficaram promissoras e eram o must de sucesso da época: técnico de eletrônica,
cujas vagas na Celso Suckov era o alvo principal e por conta dos sérios
problemas estruturais do país, a economia passou ser ponto convergente para o
país que após declínio do tal milagre econômico, entrou em espiral
inflacionária e dívida externa que absorvia os recursos do país que pouquíssimo
desenvolvia, apesar de estar entrando no rol dos países emergentes, de economia
em desenvolvimento.
Após tentativa super frustrante e
aquém de resultados na eletrônica, para estar na moda dos jovens mancebos querendo
se posicionar no mundo precisava de uma alternativa. Todos sem exceção achariam
natural seguir os dois pais médicos, Dr. Donário Filho, Clínico Geral e Dra
Lucia atuando como ginecologista particular e pediatria no público ex-Hospital
Estadual Olivério Kramer, atual Albert Schweitzer. Apesar do clima que gostava na
área médica, começou a germinar a idéia de administrar algo, mas papi nunca
abriu a clínica que poderia ter feito.
E assim que meio sem querer e ao
mesmo tempo procurando uma saída, vi que tanto sociologia e como antropologia
seriam sonhos fugidios de não se encontrar. Ao passo que economia seria algo
digamos “pragmático”, até porque num país de superinflação, um caminho era o
mercado financeiro para se proteger monetariamente. Nada de acreditar que seria
um economista de Governo de Estado a fazer planos, não tinha essa capacidade
toda, mas ao me dar conta do chamado mercado de capitais – ações – vi um
caminho profissional e/ou financeiro a seguir. Fiz economia na Gama Filho, RJ.
Um professor de mercado de capitais
– que de forma absurda era não obrigatória, falou pra não viramos burocráticos
na vida profissional. E nada como sair disso que no mercado de ações. Comecei
vendendo mercadorias e com ajuda familiar, comecei na comporá e venda, quis ser
Agente autônomo de Investimentos, na Corretora que atuava como pequeno
investidor, após ser apresentado à Corretora Nacional como cliente por corretor
de lá, este vizinho de casa de praia de amigo casado com amiga de infância que
me introduziu a me cadastrar lá.
As ações era a forma de fazer valer
o canudo, o diploma, mas digamos que começar a ser muitas vezes calculista
prático, era algo mais ligado a realidade. Mama mia, tendo que se virar só nos
tempos de separação, me fez ver como temos que ser racionais nisso. É um lado
surpreendente que fui desenvolvendo, sem jamais virar expert. E na parte
individual as ações começaram a me dar esperança de fazer um patrimônio,
comprava e vendia ainda que modestamente.
Um dia a realidade puxou o tapete da
realidade o sonho profissional e de investidor, quando Naji Nahas, que ao
contrário que se atribuía não era um especulador, que bem ou mal faz a máquina
financeira não parar. Mas ele era é manipulador de resultados acionários pelo chamado mercado de opções, no que fez
jogatina, em proporções tais, que um dia a Bolsa de Valores do Rio sucumbiu e
quebrou, ao ponto de meio que virar pesadelo em minha vida, do que fazer nela.
Quis ir embora do país, perdi certo dinheiro, mas bem ou mal ainda deu pra
comprar uma casa própria. Ou seja, o menino que um dia não sabia como se
posicionar na vida, conseguiu seu mínimo.
Ao casar e virar funcionário Público
em área de Recursos Humanos do Estado, o meu momento economista se foi, resolvi
não ter mais a carteirinha da COREN, depois de tantos cursos voltados pra
Mercado de Capitais. O professor foi lembrado, a fissura e a perspicácia do mercado
de ações ficaram no tempo, fiquei sim num serviço burocrático pra sobreviver e
me estabelecer em família. Mas não acho que foi tempo desperdiçado, vendo minha
casinha e carro que em parte veio desses tempos idos.
Não posso dizer que sou economista
ao mesmo tempo não deixo de ser. Leio no jornal a parte, quero voltar ao
mercado como investidor, nunca desacreditei que o mercado de capitais e de
ações é o melhor meio das empresas desenvolverem. Elas se capitalizam e nós
investidores vamos a reboque delas em investimento. É complicado fazer isso num
país em eterno processo de desenvolvimento que fica a meio caminho. A crise
européia, após a dos Estados Unidos, nos faz escabreados, ressabiados de não
levar trancos. Mas sempre digo: à longo prazo é a melhor saída, o melhor
investimento em aposta.
O economista que há em mim fica no
calculista metódico de não contrair dívidas além de minhas possibilidades
econômicas, mas queria voltar a investir. É uma forma peculiar de me interagir
com a economia que um dia fiz opção pontual. O rapaz sentimental que vira o
prático por necessidade e acuidade. Mas não penso mais em ser economista no
sentido amplo, deixo para os que têm talento de tino financeiro e de projetos. Mas levarei isso como a pessoa que
gosta de controle para não se perder nesse mundo tão movido às riquezas
financeiras e econômicas, levo isso na medida do meu possível e de minhas
possibilidades... Façam o mesmo no que puderem!
O tempo de ser economista vale a
qualquer tempo e lugar:
Seja por formação ou funcionalidade diária,
saber ser econômico e economista e se valer!
Abaixo a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro
- o prédio antigo e o novo moderno
e o antigo pregão dos meus tempos
- hoje a Bolsa do RJ não é mais ativa...
FOTOS DE FORMATURA
- O BACHAREL DE ECONOMIA FORMANDO
O CONVITE:
DURANTE OS DISCURSOS E SOLENIDADES
E AO FINAL O JURAMENTO
FOTO POSANDO DE BECA COM A FAMÍLIA E
MAIS ABAIXO SÓ COM AS CRIANÇAS
( HOJE TODAS ADULTAS, MENOS PRIMO
CARLOS HENRIQUE QUE SE FOI )
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