Quantas vezes a vida
cai no vazio e pensamos realmente sair por ai “On the Road” – “Na estrada”? Foi
isso que o filme de Walter Salles veio tentar dar em imagens o texto de livro
que virou Cult da geração Beat, após livro de Jack Kerouac. Olhando bem, tirando o autor-personagem, que ao fim
pôs em páginas o que eles passaram vagando por ai, pareciam sim outro filme “Easy Rider”-
no Brasil “ Sem destino” ou pra mim “Sem rumo”. E se largando em drogas, bebidas,
fumo, sexo sem nexo de afeto quase promíscuo, tentando dar vazão a vida que
parece sem razão, como isso faz com que haja seguidores, como fosse forma de
viver?
Ficou a incógnita
angustiante.
Acho bem mais
interessante no conteúdo a vida de Jack London vista em sua biografia, famoso escritor americano pelos
livros como “O lobo do mar”, “Caninos Brancos”, entre outros, que saiu pelo
mundo, mas não a esmo. Entre trens, estradas, em navios como marinheiro, aonde ia, onde ficava, conhecia novas
culturas, costumes, que ao fim virou formato de aventura de livro de ficção,
apesar de sua matriz real. Seria ele um com rumo ao contrários da geração beat.
E como seriam taxados esses tipos, que saem e caem no mundo em busca de experiência
e conhecimento do mundo e não perdidos por ai supostamente querendo se
encontrar?
Fica a pergunta
pertinente.
Sair por ai em fuga,
refugando a rotina massacrante de nada ver em si e em frente, é algo que não
antevejo como opção. Sair sem rumo, sem prumo, onde isso é modo de vida? Os
hippies que quase sumiram do mapa praticamente é prova disso. Não que tenhamos
nos enquadrar no que o mundo e a sociedade acha que é normal e certinho e sim dar
um objetivo onde queremos se situar é bem melhor que se largar, pois vira uma
forma de desencontrar. A vida não segue normas comuns, mas esse jeito de ir a
esmo só serve a quem não encontra sua posição no mundo, uma visão desolada que
faz uma disfunção descolada que cai no abismo em si mesmo...
Fica a certeza convincente!
Thriler do filme...
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