GALOPE NO RODEIO
Montado no dorso do
cavalo ou touro bravo,
aguarda sempre o
domador que abram a cancela.
Quantos como ele se
habilitam,
aqueles solavancos que
o esperam?
Seeeeguuura, PEÃO!
Era um galope no
rodeio,
galope no rodeio.
Um corcovear no rodeio,
e eu estava em plena caxambu...
Lá foi o cavaleiro-peão
com seu gibão,
era dia de competição!
Era dia fora do anônimo
curral,
lá foi o cavaleiro-peão
para a arena pecuarista!
Mas, não!!!
Ninguém de todo torcia,
naturalmente não
exigia,
com o fim dele em
esfola,
como se fosse numa
arena Romana da era antiga...
Mas, sim!!!
Todos admiravam sua
indômita tempera,
porém se notava, que a
platéia se extasiava,
com o fim na queda da
sela, em frenesi
como se fosse numa arena
Romana rural da era moderna!
Era um galope no
rodeio,
galope no rodeio.
Um corcovear no rodeio,
e eu estava em plena Caxambu...
( E eu ressenti com a
dor de perdedor,
se esvaindo em meio aos risos a galhofar.
E eu senti a luz de um vencedor,
se expandindo em meio aos gritos do triunfar!
).
Inspirado no trabalho de manejo do gado em
fazendas, o rodeio esportivo surgiu como evento há mais de 50 anos no Brasil.
Inicialmente concebido como um desafio entre peões, o passatempo nos momentos
de folga transformou-se em festas do peão caindo logo no gosto popular porque
retratavam o dia-a-dia das fazendas.
As primeiras festas do peão aconteceram em Paulo de
Faria e Barretos (1956). Nos anos 60 e 70 veio a consagração destes eventos
típicos, com montarias em cavalo, no estilo cutiano, totalmente rústico,
praticado até hoje somente no Brasil.
Nos anos 80, o tropeiro Tião Procópio, na época
cowboy, filho do fundador da festa do peão de Paulo de Faria, trouxe dos EUA, a
modalidade em touros. Na mesma época, o oeste paulista começava a formar o
reduto quartista, com a importação de cavalos da raça quarto de milha pelo
haras King Ranch, instalado em Presidente Prudente, São Paulo.
Na esteira da formação do plantel nacional, os
criadores também trouxeram a cultura western e das provas cronometradas, como
laço em dupla, laço de bezerro, bulldogging, três tambores, rédeas, apartação e
western pleasure, todas já muito difundidas no hemisfério norte.
Realizar uma competição com montarias e rodeio
cronometrado, passou a ser o modelo dos anos 90, num conceito conhecido como
rodeio completo.
Dentro do processo de profissionalização da
atividade. Os cowboys viraram competidores e os animais atlelas. O rodeio
ganhava conceito de esporte, mas sem estrutura padronizada.
Pôr isso, os quatro maiores eventos de rodeio –
Jaguariuna Rodeo Festival, Rodeo de Campeões (Presidente Prudente), Cowboy do
Asfalto (Goiânia) e Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos – fundaram em 1996,
a Federação Nacional de Rodeio Completo.
Rodeio:
- Definições e Origens
O rodeio originou-se na Espanha, foi adotado pelos
mexicanos e logo após a guerra com os norteamericanos, no século XIX,
adaptou-se à América colonial inglesa.
No Brasil, o rodeio é um sincretismo do esporte importado
dos EUA. na década de 1950. Esta última versão do rodeio que hoje convive com a
vaquejada - um jogo tradicional praticado desde o século XVI em todo o país -
consiste em montar touros e cavalos não domados, com o cavaleiro permanecendo
no mínimo oito segundos na montaria segurando apenas com uma das mãos, e se
apoiando em uma corda, presa ao animal.
Nos EUA, a primeira competição de rodeio aparece em 1869
e desde 1975 esta manifestação tem sido interpretada como um esporte com regras
de aceitação internacional, provas credenciadas e profissionalismo.
Tal tendência estendeu-se em épocas subseqüentes ao
Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Brasil, com adaptações locais em termos de
organização e práticas. Daí a versão brasileira manter traços de uma outra
modalidade de esporte eqüestre, isto é, a vaquejada, e clima de festa,
associando-se a disputas artísticas, jogos de futebol, desfiles, danças,
músicas e comidas típicas.
Enquanto tal, o rodeio brasileiro é hoje um modelo de
conciliação de folklore com marketing e competição esportiva, distinguindo-se
todavia da influência norte-americana por não ter uma entidade central de
filiações mas um pólo de radiação do esporte (cluster) representado pela cidade
de Barretos-SP.
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