Rio 450 anos de história e de histórias –
sempre lembrada parte como patrimônio histórico da humanidade, há quem a
detrate e diga que nem é mais cidade maravilhosa que sua marchinha símbolo a
imortalizou. Digo que apesar de suas mazelas, mais que cidade, é história e
paisagem maravilhosa e isso nada e ninguém tira.
Ainda desde sempre o Rio é centro histórico
além de econômico, com patrimônio arquitetônico advindo do Rio capital desde
antes do Império e do Rio antigo. O Centro da Cidade em especial é especial. Ali
na chamada Cinelândia um epicentro de belezas arquitetônicas como Teatro
Municipal, Museu de Belas Artes, Biblioteca Nacional, Palácio da Câmara de
Vereadores, só faltando o Palácio Monroe que foi destruído inexplicavelmente. E
um conjunto arquitetônico moderno!
No centro da cidade um resto de casario do
Rio antigo, que outrora foi marcado entre elegância de homens de preto em pleno
país tropical e outros da malandragem de outrora. Esse casario é em especial em
entre e em torno da famosa Praça Tiradentes e Praça Onze, e por alí o bairro
boêmio que ainda tem o burburinho do povo festeiro das noites chamado Lapa. No
final há a graça arquitetônica dos chamados arcos da Lapa, em que até bem pouco
tempo tinha o bondinho de Santa Teresa, bairro interessante de nível elevado na
cidade.
No Palácio da Quinta da Boa vista a
história imperial e da República no do Catete a história a república e do
presidencialismo, lá Getúlio Vargas governou e se suicidou em comoção nacional.
O Paço Imperial onde foi proclamado o dia do Fico. Há tantos outros. Desde
quando foi alçada a capital do Brasil em 1763 por Decreto de Marques de Pombal,
o Rio foi progredindo, sua expansão maior foi quando a família Real veio pro
Rio em 1822, tão bem descrito em livro de Laurentino Gomes e sendo o centro do
país em progresso.
Ao transferir a capital pra Brasília,
esvaziou um pouco isso, mas seu fascínio urbano e natural e fama internacional
não. Muitos acham que somos capital do Brasil sabiam? rs. Viramos sim a capital
do Estado do Rio de Janeiro após a fusão da Guanabara como antigo Estado do
Rio. Os daqui da cidade são cariocas e do estado interior, Fluminenses, diga-se
de passagem.
Uma pena que sendo povo alegre meio
irreverente ( e não malandro e até
marginal como apregoam fora ) não sejam mais atuantes na educação de tratar bem
a cidade e as pessoas daqui e que vive
ou acolhe os seus migrantes e visitantes que vão ficando. Porém são acolhedores
de quem vem de fora, como se diz por aqui são gente maneira, faceira, ainda que
muitas vezes galhofeira até por demais.
Aqui floresceu uma espécie de “carioquice”
– um jeito de ser e viver. Ainda que sendo cosmopolita, temos de tudo um pouco,
até gente séria e sisuda, mas a expansividade se fez marca aqui e a gente que
nem é tão tão assim se faz carioca da clara como digo em meio a tantos cariocas
da gema. Cariocas da gema são alto astral por natureza ou se fazem assim.
E neste Rio tradicional surgiu o chorinho o
mais típico de seus ritmos, e nos carnavais as marchinhas. O samba vindo da
Bahia aqui fez aflorar o ritmo mais consagrado do país e as escolas de samba
daqui são célebres e celebradas. Ainda mais na grandeza do chamado Sambódromo
em meio ao Carnaval. E os blocos carnavalescos que agitam, a rua no período de
Momo. Fora o funk, que para mim é um subproduto musical que no entanto faz sucesso na periferia.
Mas aqui teve bossa nova e MPB de primeira
de uma turma de primeira linha. E aqui virou centro de shows, um se destaca que
é o Rock In Rio mostrando a diversificação cultural estabelecida na cidade, que
tem um razoável amplo número de teatros,
cinemas e casas de espetáculos. Uma pena que uma marcante se foi: O Canecão.
Outras áreas vierem. Algumas pelo lazer como o Riocentro e Casa da Música da
Barra da Tijuca.
Porém um centro chama atenção, e é
esportivo: O Maracanã, estádio Mario Filho ( além do chamado Engenhão – estádio
Nilton Santos em Engenho de Dentro. Que acima de tudo foi o centro do mundo na
final da Copa do Mundo ano passado. Só que a festa aqui são de sues times
tradicionais: o Flamengo, o meu rubro negro, time da massa que avassala. O
Fluminense é mais de classe média alta, ainda que se ramificou na média comum.
O Vasco é popular, ainda que identificado com a colônia portuguesa que foi e é
grande no Rio. Já o Botafogo é aquele time de glórias passadas que o fizeram
estrela solitária de muitos que não o abandonam como torcida no seu momento
difícil atual.
E o Rio é além de mar e sol, de praias
ensolaradas e de moças lindas, Copacabana sempre foi sua princesinha seu xodó e
atrativo de turistas do país e mundo todo andando em sua orla com calçadas de
pedras portuguesas. Ipanema ficou mais famosa ainda imortalizada na canção da
garota exaltada por Tom Jobim. E Leblon
tem alto valor por lá, fora Urca, Flamengo , Botafogo e Catete. E o belo Aterro
do Flamengo foi planejado arborizado ligando o Centro a Zona Sul. Lá tem o museu do MAM ( de arte moderna ) e o monumento ao pracinha desconhecido ( da segunda guerra mundial ).
E hoje a importância praieira se expandiu
pras bandas da Barra da Tijuca com sua classe média mais abastada. Adoro as
mais afastadas como Recreio dos Bandeirantes, Grumari, Prainha. Só que sei que
Ipanema será sempre célebre pela bossa nova, Tom Jobim e sua garota. A Lagoa
Rodrigo de Freitas tem em seu entorno belo um aprazível lugar de lazer, que
fica brilhante nos natais com sua árvore de natal imensa. A Zona sul do Rio tem
ainda um valor e vigor a mais: residencial e comércio singular. Fora quiosques
para jogar conversas fora e dentro depois de muita praia em suas areias finas. Do leme ao pontal como cantaria Tim Maia.
A Baía da Guanabara, nome advindo do Tupi, que
equivocadamente já li foi confundida com um rio e por isso teria virado o Rio
de Janeiro, por ter sido fundada em janeiro, não é bem assim dizem: eles
acharam que era mar e deram o nome de Rio porque na época rio também designava
mar, lagoa. Esse baía que tão vasta foi castigada com poluição e é uma pena,
pois é bela, nela atravessa a ponte Rio-Niterói, tem uma ilha aprazível de
passear a Ilha de Paquetá. E um bom bairro na chamada Ilha do Governador. Bela
também são as ilhas Cagarras que se pode ser avistada da praia de Ipanema e do
bairro da Lagoa de Freitas.
Temos um Rio bucólico, tem bosques da
floresta da tijuca, do jardim botânico, Laje, as Paineiras e outros parques. Tem a famosa Vista Chinesa
em meio a esse verde bonito demais. Fora o já dito Parque da Boa Vista. Na
minha região tem o parque do pico da Pedra Branca que já contei fiz minha
primeira história pessoal de superação ao subir primeiro ao seu cume na Zona
Oeste do Rio, em que se deslumbra uma paisagem além da minha Padre Miguel de
origem. Fora o Parque da Serra do Medanha que poucos divulgam.
Dois de seus símbolos são extraordinários,
monumento patrimônio da humanidade, uma das sete maravilhas do mundo moderno
que é a estátua gigante do Corcovado, Cristo Redentor. Outra o bondinho sobre o
morro dois cães, o dito Pão de Açúcar. Em torno uma paisagem deslumbrante
reunindo cidade e mar. E ainda há outro monte turístico digno de chamar
atenção: o da Pedra da Gávea, com seu ponto de saída de asa deltas e com suas
enigmáticas inscrições, que dizem fenícias.
Irrito-me em especial quando falam como se
fosse cidade marginalizada - os paulistas que amam incutido vir aqui ao mesmo
tempo falam como se saíssemos na esquina e deparássemos sempre com balas
perdidas e agressões. Eu já com 5.5 anos de vida aqui, só me deparei com ela na
adolescência – e lá tem neonazistas, gente que mata pra não ter testemunhas em
crimes, entre outras criminalidades e aqui que jorra? Nem tanto viu!
Porém esse ponto nevrálgico incomoda sim,
só que é um mal maior das periferias. Que se expandiram quando um governador gaúcho
chamado Leonel Brizola que só tinha plataforma política ser presidente e não
Governador dessa terra de forma plena encastelou em sua ótica esquerdista
equivocada, quando foi complacente populista
com o crescimento desordenado das ditas favelas fazendo a politica uma família um lote – e que policial tinha que pedir
licença pra subir os morros.
Claro que fez com que o poder paralelo dos
facínoras aumentasse e a moradia degradada explodisse a olhos vistos no
crescimento vegetativo grande da população e da migração – e só agora sendo
chamada de comunidades estão melhorando a qualidade de vida das pessoas
carentes e não dos marginais do submundo do crime. E que na pacificação feita
pelas UPP implementadas quem sabe dia melhores pra nossa gente carente.
E vejam só, hoje com turismo, em especial
pelo teleférico no chamado morro do Alemão em Bonsucesso. Vidigal na Zona Sul e
Rocinha em São Conrado praia nobre entre Gávea e Barra da Tijuca, hoje são bem
visitados pelos turistas quem diria e hoje atraem moradores de recursos baixos,
mas nem tanto de classe média baixa! Só que falando assim vamos ficar só a
discernir sobre esse ótica? Não vamos falar de coisas boas que ainda o Rio nos
evoca?
O
subúrbio hoje se expandiu, progrediu apesar de suas dificuldades, e são hoje
não só terreno de gente humilde e de escolas de samba. Chama a atenção no Rio
os bons bairros da Tijuca, Grajau, Madureira, Bangu, Campo Grande assim na
ordem desde o Centro d Cidade onde fica o centro econômico principal, destarte
o polo industrial que se expandiu da célebre Av. Brasil que corta o Rio, para o
final da Zona Oeste. Padre Miguel onde tem a famosa escola de samba com sua bateria
magistral foi onde fui criado e não renego, ao lado da linha férrea de trem que corta os subúrbios zona oeste, norte ao Centro da Cidade.
Rio já foi maior seu progresso econômico,
polo de atração de capitais e gentes. Ainda o é de certa forma, não somos a
capital da vagabundagem como fora do Rio adoram impingir. Um grande desafio de melhorar é o trânsito e a mobilidade social, em que trens da Central do Brasil e metrô vão lotados e de engarrafamentos nas ruas pra ônibus, carros, vans, motos e caminhões. Tanto que muitos vêm
pra cá trabalhar. Apenas que em dias de folgas, feriados, férias temos essa
natureza e cidade exuberante pra contemplar e usufruir, fazer o quê né bairristas
de Estados? rs.
Nascido há 450 anos por mão e obra de
Estácio de Sá em 01/03/1565.
Rio mata, Rio morros, Rio mar, Rio cidade,
Rio comunidade.
Patrimônio da humanidade da UNESCO, cidade universal e tão única.
Rio eu sorrio largo pra ti pelo seu
aniversário! Em cenário maravilhoso de se ver!
Hoje é dia dar ao Rio de Janeiro "Aquele abraço"
A Valsa da cidade cantada por quem vem e gosta de ti
como nós cariocas... Muitos vem pra cá e fazem do Rio
sua cidade, sua moradia, um carioca do coração como dizem!
Aqui a valsa da cidade numa versão mais antiga e
com muitas imagens do Rio antigo - interessante de
ver além de escutar...
E a célebre, celebrada marchinha de André Filho
que virou hino da cidade dita maravilhosa, sempre
encerrou os eventos de carnaval e outros e mais que
tudo nos embala a adorar esse lugar especial de
ser e viver, apesar dos pesares e quem tem muitos alegrares.
P.S.
FONTE WIHIKIPÉDIA:
No ano de 1555, o navegador francês Nicolas
Durand de Villegaignon se aliou aos índios tupinambás que dominavam a Baía de
Guanabara e instituiu uma colônia francesa na região, a França Antártica. A
região era evitada pelos portugueses por causa da hostilidade dos tupinambás. A
região desenvolveu-se sob o comando de Villegaignon, que planejou construir uma
cidade na região. Passado algum tempo, calvinistas que haviam imigrado da
França para a colônia regressaram à França, onde acusaram Villegaignon de
preconceito contra os protestantes e de má administração. O navegador francês
teve de voltar à França para explicar-se.
Na ausência do governador francês, em 1560, Mem
de Sá atacou e destruiu o forte francês que se localizava na Baía de Guanabara,
o Forte Coligny, sem, contudo, conseguir expulsar definitivamente os franceses
da região. Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, que continuaria com o comando
da guerra, recorreu à ajuda do chefe dos índios temiminós, Arariboia (que é o
termo tupi para cobra-papagaio). Arariboia havia sido expulso pelos franceses
de sua terra natal, a ilha de Paranapuã (hoje Ilha do Governador) e se
refugiara na Capitania do Espírito Santo, onde se aliou aos portugueses e os
ajudou a expulsar invasores neerlandeses. Arariboia aceitou o pedido do
governador para ajudar os portugueses a expulsar os franceses da Baía de
Guanabara, na esperança de reconquistar a ilha-mãe.
Persistindo a presença francesa na região, os
portugueses, sob o comando de Estácio de Sá, desembarcaram num istmo entre o
Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, fundando, a 1 de março de 1565, a
cidade de "São Sebastião do Rio de Janeiro". Uma vez conquistado o
território, em uma pequena praia protegida pelo Morro do Pão de Açúcar,
edificaram uma fortificação de faxina e terra, o embrião da Fortaleza de São
João.
A expulsão e derrota definitiva dos franceses e
seus aliados indígenas, no entanto, só se deu em janeiro de 1567. A vitória de
Estácio de Sá, subjugando elementos remanescentes franceses (os quais, aliados
aos tamoios, dedicavam-se ao comércio e ameaçavam o domínio português na costa
do Brasil), garantiu a posse do Rio de Janeiro, rechaçando, a partir daí, novas
tentativas de invasões estrangeiras e expandindo, à custa de guerras, seu
domínio sobre as ilhas e o continente. A povoação foi refundada no alto do
Morro do Castelo (completamente arrasado em 1922), no atual Centro da cidade. O
novo povoado marcou o começo de fato da expansão da cidade.
Durante quase todo o século XVII, a cidade
acenou com um desenvolvimento lento. Uma rede de pequenas ruelas conectava
entre si as igrejas, ligando-as ao Paço e ao Mercado do Peixe, à beira do cais.
A partir delas, nasceram as principais ruas do atual Centro. Com cerca de 30
000 habitantes na segunda metade do século XVII, o Rio de Janeiro tornara-se a
cidade mais populosa do Brasil, passando a ter importância fundamental para o
domínio colonial.
Essa importância tornou-se ainda maior com a
exploração de jazidas de ouro em Minas Gerais, no século XVIII: a proximidade
levou à consolidação da cidade como proeminente centro portuário e econômico.
Em 1763, o ministro português Marquês de Pombal transferiu a sede da colônia de
Salvador para o Rio de Janeiro, só perdendo essa condição de capital do Brasil em
1960 com a transferência da capital para Brasília por JK.
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