Há três aniversários que se tornam adversos agora de NÃO se comemorar descontente:
Os de 1, 2, 3 e assim por adiante do primeiro dia que se conheceu quem
se amou, relacionou e tudo se acabou -
tornou-se inútil relembrar no vazio do que não mais é.
E o pior dos piores, os dos dias que tudo se desfez, o fim de tudo em
desfaçatez. Na forma que quiser se referir: levar um fora, levar toco, até um
desagradável um pé na bunda!
Bem o último o dia de aniversário de quem tanto foi sua vida e hoje
podia estar compartilhando da comemoração com seu carinho e com certeza sua
presença.
Não mais sendo em nenhum deles, ao sermos nada importantes. Fica como
que: não se quer mal, só não se quer mais. Esqueça se puderes, vai viver sua
vida ( em suma: some ou que se dane! ).
São datas a não celebrar, sim tentar esquecer no calendário de nossos dias presentes e
futuros...
De tudo que podia ter sido e jamais será mais... Nunca mais!
Quando se separa pela primeira vez em
casamento equivocado, há a estranheza da volta da rotina do ser um só e mais
ainda como refazer a vida. Só que bate um quê de quem sabe agora dá certo. Diz
a frase: “Casar de novo é a vitória da esperança sobre a experiência”.
A verdade que a gente acredita que dessa
vez vamos ser mais atentos aos sinais negativos que levam a derrocada, e as
evidências das convergências que pode dar certo. E a ilusão que ainda não foi
da outra vez que se amou como muitos dizem ser por aí que não se viu no que
vivenciou.
A gente que se acostuma até a deixar fluir,
não influir no que desgasta, fica desconfiado. Até que alguém vem e nos
convence em meio ao nosso descrédito. O que dizer de alguém que se empolga,
encanta, não deixa a peteca cair, beija apaixonadamente?
Com empenho e até apelo pelo não fim do
elo. De tal forma que se faz importante que vira imponente, bate o coração mais
forte, uma fonte de água cristalina matando a sede que fazia a secura do querer
e embevecer que na verdade é um apaixonar e não amar, sutil diferença ali.
Diz que somos a vida daquela gente. Põe na
mente a química da atração imediata. E os pólos de identificação vertiginosos.
É finalmente o amor? Cria-se o apego, o costume, a vontade irremediável. E o
que era recusa de crer se faz a entrega. Ao que rega um jardim e pomar.
São flores que inebriam, frutos que
alimentam. Fazemos de novo a aposta depois do receio que imaginávamos dar as
costas. Alguém diz sermos a razão mais importante até de sucesso, de sonhos, de
vontades, desejos em ensejos. Uma volúpia além da utopia.
Só que do outro lado aos poucos dá a
sensação de dever cumprido na conquista. A manutenção deriva de manter o que
reacendeu a velha chama. E aí que vemos que ou era um capricho, ou um
encantamento da novidade. Uma vez mais uma desfaçatez.
E com a mesma facilidade que trouxe vida,
puxa o tapete. A opinião e confrontação de motivos, vira mera “cobrança
insidiosa de despropósito”. Ninguém gosta de dizer que falhou como nós mesmos
podemos o fazer. E daí a intolerância e impaciência de não rever conceitos e
modos.
Fácil terminar como não houvesse envolvimento, que se transforma no que não mais
importa, fecha-se a porta e se do outro
desfalece o que foi expectativa na rotativa. Jogar de novo no fim de linha e
despejar quase como alguém que se tira o bilhete do trem e se faz a despedida
sem medida.
A sensação vil de sermos joguetes que
depois do brinquedo novo usado, deve ser descartado. Ou como hoje é comum, se
sentir um produto consumido e depois jogado no lixo. E a culpa é só nossa e se
joga na cara o que dizia-se ser insignificante.
Aí vem aquela coisa de não se conformar e
em troca vociferar de impróprios, desvalorizar o que se viveu de bom. E cada
detalhe posto na fogueira das vaidades e faca nas virtudes. Não há o contra
peso, de ter trazido a vida e depois tirado como doce da boca de uma criança.
E se somos incensados a não sermos tratados
como nada do que dizia no início, é um claro vício que fazem os que desgostam: se esvaziam fazendo do outro o nada mais a
declarar e descontinuar. E a velha pergunta volta: vale a pena tentar de novo?
Neste dia 2 de janeiro, faz-se 4 anos de um
desaniversário desses, mais um ano se passou. E algumas coisas foram compostas no momento entre o
inconformismo e o aceite da não volta ao que era antes, inclusive pelos
espinhos do orgulho ferido e as esparrelas do sonho virando desafeto.
Como se diz nas redes sociais: foi a mulher
da minha vida #SQN ( só que não ).
Sente-se um certo desconforto e sentir
incerto e fica a dúvida:
É a falta da pessoa ou do que se viveu?
Foi só o clamor de um novo desamor que
desandou.
Na melancolia de fim de folia em
dissintonia.
O sentimento e relacionamento em fim de linha e festa.
Ressentimento de mais uma desfeita!
Ressentimento de mais uma desfeita!
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