COMO UM TRISTÃO EM CONFLITO - POR UMA ISOLDA
Procurei amor,
encontrei a dor...
De um sentimento
que foi
traidor!
E assim na estrada da viva vida extraviada,
pensei não mais ser e ter ela compartilhada...
Encontrei a dor,
procurarei o amor
que do ressentimento
será vencedor?
É quando surge uma doce presença:
uma leve “persona bem
grata”,
que tem a essência
do possível amor que quero para mim...
Mas se de um lado quero me preservar,
de um outro quero me entregar:
é um conflito de quem não quer ser jamais ferido,
mas bem-querer;
é um resquício de quem não quer ser mais
iludido, mas bem-quisto.
Mas embevecido na poção do amoromântico,
incurável,
sou bem Tristão que se lança nessa quase magia,
a querer uma Isolda, quase um querubim,
do sincero amar que quero sim para mim...
Mas se como a lendária Isolda ancestral, é de
alguém?
Ou,
porém, sendo possível para mim, incondizente?
Ser Tristão ou acatar ser tristonho?
Ir à paixão ou aceitar ser sozinho?
Ai! Esse é um conflito que sei já não cabe mais
em mim...
E sim, bem-estar.
Ei! Eis-me bem aflito, a querer-te,que me cabe tão bem...
Assim,bem-viver!
Por recente ver o filme acima, na TV, que relembrei essa letra-verso feita há tempos. E em trilha sonora que tal ver as belas canções com imagens do filme?
Tristão e Isolda – fonte infopédia
Tristão e Isolda é uma lenda medieval de origem céltica, que constitui uma das mais belas histórias de amor alguma vez concebidas. As primeiras versões escritas datam do século X. Os trovadores anglo-normandos de língua francesa e a rainha Leonor de Aquitânia contribuíram para a sua difusão na Europa.
Conta-se que Tristão ficou órfão, despojado injustamente da sua herança por vassalos de seu pai. Foi recolhido pelo tio, o rei Marco, da Cornualha, que o ajudou a tornar-se num cavaleiro da Távola Redonda. Tristão venceu a batalha contra o gigante Morolt, mas ficou gravemente ferido. Os seus ferimentos só poderiam ser curados pela magia da Rainha da Irlanda, grande inimiga do seu tio. Antes de se dirigir ao castelo da Rainha, Tristão disfarçou-se de músico,tomou o nome de Tãotris e tornou-se professor de música da princesa Isolda, a Loura. Tristão, já curado, matou um cruel dragão, em Weisefort, na Irlanda, e voltou para o castelo de seu tio Marco, a quem descreveu a beleza de Isolda com a qual o jovem tinha ficado impressionado.
O rei Marco ficou contente com as palavras do sobrinho, que o inspiraram a encontrar uma solução para acabar com a velha inimizade entre os dois reinos.Mandou, então, um emissário ao reino da Irlanda para que pedisse, em seu nome, a mão de Isolda. A Rainha da Irlanda concordou com o casamento e organizou um banquete. Para que nascesse uma paixão forte e duradoura entre Marco e Isolda, a Rainha mandou fabricar uma poção mágica do amor para lhe servir. Durante o banquete, por descuido, os copos que tinham a poção mágica foram trocados e servidos a Tristão e Isolda, que se apaixonaram imediatamente. No entanto, a cerimônia do casamento entre Marco e Isolda prosseguiu. Tristão e Isolda, vivendo uma paixão incontrolável, decidiram encontrar-se às escondidas para viver o seu amor. Um dia, foram surpreendidos pelo rei Marco, que,magoado com a traição, os expulsou do castelo.
Os enamorados vaguearam durante muito tempo, sem qualquer ajuda, até que chegaram a um ponto de grande pobreza e debilidade física. Compadecido,Marco recolheu Isolda no castelo e enviou Tristão para bem longe, em França,onde este chegou a casar-se com uma outra jovem, filha do Duque da Bretanha, também chamada Isolda. A jovem, que era conhecida como Isolda, adas Mãos Brancas, nunca conseguiu ver retribuído o amor que sentia por Tristão e este nunca consumou o casamento, dado que continuava fiel ao seu primeiro amor. Passado algum tempo, Tristão ficou ferido noutra batalha e pediu à sua amada Isolda, a Loura, que tinha herdado os dotes mágicos de cura da Rainha da Irlanda, que viesse socorrê-lo.
Combinaram então que, se o navio, que tinha enviado com o emissário, voltasse com velas brancas, a resposta de Isolda, a Loura, seria afirmativa; mas, se as velas fossem negras, ela não poderia vir.Isolda, a das Mãos Brancas, com ciúmes, resolveu vingar-se da indiferença do marido, dizendo-lhe que o navio tinha chegado com as velas negras porque Isolda tinha falecido durante a viagem. Tristão não suportou a perda de Isolda e morreu de desgosto. Quando Isolda, a Loura, encontrou Tristão sem vida,sentiu uma grande dor e morreu também de desgosto, abraçada ao corpo de Tristão. Foram enterrados lado a lado. Diz a lenda que das sepulturas nasceram duas árvores que cresceram entrelaçadas para que nunca fossem separadas.
Tristão e Isolda é também um drama lírico em três atos, com texto e música da autoria do compositor alemão Richard Wagner (1813-1883), publicado em 1865.O assunto é o da lenda medieval, acima referida. A música obedece a uma estrutura surpreendente que, através de um cromatismo muito vincado, dá expressão admirável à paixão, à ternura e à dor, sentimentos que dominam o desenrolar da ação.
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