No dia que se comemora o dia da empregada
doméstica – ou trabalhadora de lar como alguns dizem, nada mais justo lembrar
de algumas que passaram pela contratação de minha mãe.
Nada mais injusto que por sermos de classe
média, pais médicos, destratarmos se não seres humanos e sempre tinham algo a
mais a oferecer que fazer os afazeres domésticos.
A primeira que lembro era uma nordestina
potiguar chamada Maria José. Ela era muito afeita comigo e ficou marcante o dia
que fui atacado por formigas ao ia ao colégio. Ela se assustou, me ajudou,
apoiou como fosse uma irmã mais velha. Bonita a atitude dela comigo.
Francisca, era uma mulata risonha, falante,
sempre prestativa em casa e que um dia “pegou santo” em casa vizinha, a tal da pomba
gira” – ria da minha imitação e eu não entendia que não era pra fazer isso –
mas como mudar o jeito de um rapazinho.
Havia Yolanda, sergipana bonita, que aludia
que já fora esposa de alguém que a fazia classe média. de bons modos, quase me
fez seduzir eu rapazote, mas o temor de a fazer perder o emprego me deu a prova
que já havia algo de maduro na época.
Dona Catarina era uma bem baixinha, de voz
doce e alegre, a que mama mais gostou, pois tinha o entendimento de classe
melhor, não desperdiçava produtos nem trabalhava mal como mama tanto reclamava
de algumas.
Dona Benedita ou Bené - foi a mais marcante significativa, a que mais tempo ficou, seus filhos viraram nossos amigos, seus bolinhos de aipim inesquecíveis, Fugidia de um mal-fadado casamento no Espirito Santo, acabou doméstica no Rio, ela de ascendência italiana que poderia progredir mais por lá e tão bem nos serviu por bons tempos.
Dona Benedita ou Bené - foi a mais marcante significativa, a que mais tempo ficou, seus filhos viraram nossos amigos, seus bolinhos de aipim inesquecíveis, Fugidia de um mal-fadado casamento no Espirito Santo, acabou doméstica no Rio, ela de ascendência italiana que poderia progredir mais por lá e tão bem nos serviu por bons tempos.
Tantas outras passaram, mas a certeza que todas foram respeitadas. Sempre fomos condescendentes com os mais humildes, uma lição de vida para todo o sempre: todo ser humano merece isso e não seria um trabalho muito visto como oriundo do escravismo que nos faria indiferente a isso! São abnegadas, cuidam de nosso lar com profissionalismo e intimidade.
E uma homenagem às empreguetes que levaram essa classe ao status de estrelato global!
No dia da empregada doméstica, a justa homenagem a mais marcante das que passaram pela casa de mama: Dona Benedita, a Bené. Sua atuação, sua afeição conosco tem o valor que foi o nosso prezar para com ela e dela conosco: uma pessoa que tratamos com amizade, dignidade e hombridade pq sempre tivemos a norma e conduta de tratar bem a quem nos faz bem. Mesmo as mais humildes. Aqui ela em foto antiga com minha sobrinha Renata na época uma menininha - e a cara, claro da filhota Paolla! rs.
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