ASSIM NO BEM, COMO NO MAL
“ Todo ser humano possui um bem e não
sabe...pois os travos amargos da aflição perturbam a visão
verdadeira”
( Luiz Goulart – escritor )
Quando se vai ao mais fundo,
do fosso profundo,
em meio a sordidez de vieses pérfidos,
e só se vê implícito um (i)mundo,
e só se vê explícito um mundo cru(el),
não se vendo mais saída na vida
espoliada,
de estar num sótão soturno,
de sentir o destroço do
desgosto
e um desgoverno do que se
almejava,
tantas vezes se
experimenta a vertigem do abismo,
tanto
e tanto que resvala até na solução final do suicídio,
que traria por fim todas as
frustrações e aflições.
Em crise existencial, em
inércia, involuções.
Mas...
Quantos, quando vem um carro e
fogem do atropelamento,
quando tem uma doença e buscam
logo a cura,
não só fogem do padecimento da
dor,
de carne, corpo, ossos e
músculos
ou da vida vegetal, do corpo
inerte, vivo-morto,
mas
nos refugiamos na vida que já é estabelecida,
a laje do conhecido,
repudiamos a morte que é cripta do
enigma insondável, do refugo descabido.
ressabiamos a parte que é instinto de sobrevivência, redoma,
de um escudo ao medo.
remediamos a sorte que será de cada um que tem
em conta, de cada ente querido.
em conta, de cada ente querido.
Só
que apenas isso não nos apraz, nos basta, um viver por viver,
por
estar vivo, resignando-se sob uma colcha de retalhos.
Se
diz que vida é dádiva.
Se é dúvida,
dívida,
lástima,
lágrima,
se
esgrima a ferir-se,
(de)caímos no desnorteio,
anseio por
inteiro.
Diz
o ditado popular: “Deus escreve certo por linhas tortas”.
Mas...que não sejam torturantes!
E se permeiam pensamentos negativos,
uma gangorra de sentimentos
emotivos até sem motivos,
sinistros... (res)sentidos...
\ /
sôfregos... sofredores...
E o que precisamos é um
bom parâmetro,
algo
a nos aprazer, uma fonte, um feixe que seja de luz,
a nos ser um pólo do positivo
contra o trauma.
Os bens maiores de um ser,
são o bem-estar e o
bem-querer.
Que não virem páginas
bolorentas, amareladas,
trancafiadas no baú, de um
empoeirado porão de remoto passado.
Assim no bem como no mal,
não teremos um nirvana,
não veremos um Shangrilá ,
mas há de se estancar a
sangria de cá,
Jesus escancarar as janelas,
quando há portas a se fecharem.
E as cinzas do pior que se
passou a desmilinguir.
Não aceitar o nascer para
sofrer,
o karma da alma a purificar:
está tudo em cima ou
ribanceira?
O bem-viver há de alastrar e
fincar!
A esperança na superação
emocional traumática instar
que faz o existencial entrar
no eixo, melhor bem estar!
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