DESEJO COM AMOR DESEJO DE AMAR
( A CERCA DO DESENLACE DE ANNA DE ASSIS, EUCLIDES DA CUNHA E DILERMANDO DE ASSIS)
“ Os sentimentos verdadeiros se manifestam mais por atos que por palavras – Shakeaspeare "
Pam, pam, pam!
Batem os martelos, nós os juízes, nós os jurados:
justifica-se a busca de não só amor,
mas desejo de amar da Sra. Anna de Assis?
Assim seria um tribunal imaginário,
se aqui não entrássemos nos méritos,
do crime passional em nome da honra,
na tragédia da Piedade.
Mas da causa e não conseqüência, raiz nº 1,
nas palavras ditas e repetidas,
pela até então tão discreta e distinta dama.
Ora, naqueles tempos não havia divórcio,
o casamento era, para o bem e para o mal, para sempre.
Eis que nosso emérito escritor, Euclides da Cunha,
embrenhava-se aos grotões mais esquecidos dos sertões nordestinos e amazônicos
por literatura e jornalismo, em distância ficava de sua família.
Mas eis o ponto crucial, quando no seio de seu lar,
era como distanciado ainda o era.
Acusa, pois, a Senhora em questão:
que tinha do honrado Senhor marido o prover de vida, a si e de seus filhos.
Na intimidade de casal, o amor era sublime,
apenas que era obra de talentoso escritor, escritos de amor literário,
das penas das canetas-tinteiro, não de um amar cotidiano.
Floreios em verso, da vida adverso.
Haveria de fato amor
em letras em êxtase, casamento estanque?
Haveria de fato amar,
em prosas em exultação, matrimônio exangue?
Como saber se quem vê cara não vê condição?
Amaria de qualquer modo o Sr. marido?
Justificava-se a acusação de lassidão amorosa?
Ao que se entregou Anna na junção de corpo com a alma,
Ao jovem militar ás do tiro Dilermando de Assis,
Nessa busca incessante infinita de desejo com amor e amar.
Não é luxúria, sim a fissura do querer realizado,
Pleno de gozo e regojizo, muito alem do juízo,
O consumir a se assumir apaixonante aventura amante.
Que desandou na tragédia por dita defesa da honra e da família.
Eis que advém no já reprisado TO BE OR NOT TO BE, IT’S QUESTION...
Assim se deixam tantos quase platônicos amores:
Que extravasam nas linhas de cartas, crônicas, poemas,
um amor etéreo que não condiz com o amar real.
Um idealizar X vivenciar.
Mas triste de homens e mulheres
que vivem só de amar carnal, casual, usual.
Não se condena aqui o amor e amar em verso e prosa.
O que se questiona aqui é o desejo de amor e amar, idealizar=vivenciar.
O que haveria de se buscar
são gestos & gentilezas,
palavras ternas & tépidas,
carícias & carinhos,
diálogos & identificações,
sexo com nexo de adorar,
e não ou só consumar,
nas asas do desejo, amar a alar.
Líricas em suas dimensões telúricas,
será o amor que glorificado por seu vate cronista,
vive nas delicias sublimadas e palpáveis que se descortina.
Assim a rotina veste-se de fantasia em todos os sentidos,
das maravilhas do amor encarnado em âmagos e entranhas.
Batam o martelo, juízes-jurados,
se não haveria de se ter sentimentos a flor da pele,
nas asas do desejo ensolarado, enluarar o lar..
Mas como bater o martelo em sentença?
Nos tribunais de nossas consciências, sabemos, percebemos,
a verdade ou a versão dos (f)atos? E o que é recôndito, que nos é inato?
E tem a velha história de uma faca de dois gumes:
há de se querer outro amar, mas desde que outro a desvencilhar.
E há os (res) sentimentos de hombridade e dignidade.
Mas volta-se a dizer que não nos cabe julgar a fatalidade histórica.
Apenas se amores possíveis devem conciliar em si, de corpo & alma...
Ana Emília Ribeiro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ana Emilia Ribeiro | |
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Nascimento | |
Morte | |
Nacionalidade | |
Filho(s) | Mauro, Manoel Afonso, Euclides da Cunha Filho (Quidinho), Solon da Cunha, Eudóxia (com Euclides da Cunha) e Luís, João, Laura, Judith, Frederico (com Dilermando de Assis) |
Anna Emilia Ribeiro ou Ana Solon de Assis (nome de solteira) (Rio de Janeiro,1871 — Rio de Janeiro, 1951, também conhecida como Anna Emilia Ribeiro da Cunha, Ana Emilia Ribeiro de Assis, ou simplesmente Anna de Assis ou Saninha, foi pivô de um dos mais célebres crimes passionais da história doBrasil. Entre 1890 a 1909, foi esposa do escritor Euclides da Cunha e, depois, do militar Dilermando de Assis.
Euclides da Cunha Filha do major Sólon Ribeiro, um dos principais propagandistas da República, cuja casa era frequentada por Euclides da Cunha, com quem Ana contraria matrimônio ainda adolescente.
Euclides, porém, era de temperamento muito tímido e introspectivo, pouco dado a expansões afetivas. Além do mais, ausentou-se do lar por longos períodos, cobrindo a campanha de Canudos ou explorando a Amazônia, o que resultou em obras fundamentais para a literatura brasileira, como Os Sertões, mas teria prejudicado muito seu relacionamento com a esposa
Dilermando de Assis
Ana, ao conhecer um jovem tenente, Dilermando de Assis, envolveu-se com ele, com quem teria tido dois filhos ainda estando casada com Euclides da Cunha e sendo ambos registrados com o sobrenome do marido.
Tragédia da Piedade
Anna reconciliou-se com Euclides, mas o escritor descobriu o romance e seguiu armado para a casa de Dilermando e seu irmão Dinorah, na Estrada Real de Santa Cruz, local afastado do bairro da Piedade, Rio de Janeiro, em que a esposa e o amante se encontravam. Há versões diferentes para o que ocorreu depois. A versão aceita pelo tribunal foi a de que Euclides atirou primeiro em Dilermando, mas foi atingido mortalmente pelo jovem Dilermando que, por isso, foi absolvido. Morreu Euclides, então, em 15 de agostode 1909.
Nova tragédia
Em julho de 1916, um dos filhos de Ana e Euclides, Euclides da Cunha Filho, então com 22 anos, repetiu o gesto do pai no intuito de vingá-lo. Numa sala do antigo Fórum do Rio de Janeiro, Euclides Filho atirou em Dilermando que, mesmo ferido, conseguiu matá-lo. Manoel Afonso, o filho caçula que foi o único filho de Euclides a deixar descendentes, passou a viver com a irmã de Ana, Alquimena. Solon, o mais velho, era policial e foi assassinado em circunstâncias desconhecidas numa investigação no Acre.
Ana casou-se com Dilermando e teve com ele seis filhos. O romance acabou 20 anos depois, quando Ana descobriu que Dilermando tinha uma amante, Marieta, com a qual se casou após a separação. Ana mudou-se para a ilha de Paquetá, na baía de Guanabara,Rio de Janeiro. Ana morreu de câncer em 1951.
Repercussão
A minissérie Desejo, da TV Globo, contou a história romanceada de Ana de Assis, interpretada por Vera Fischer e o livro Anna de Assis, resultado do depoimento de Judith Ribeiro de Assis, filha de Dilermando de Assis, ao jornalista Jeferson de Andrade, atingiu mais de 10 reedições.
E a canção de Gonzaguinha "INFINITO DESEJO"
Na voz maviosa de Maria Bhetânea...
ANNA uma heroina,amou tragicamente, Dilermando um aparente súdito, amou fatidicamente Euclydes um aparente algoz ,amou sinistramente , findando numa dramatica e comovente historia, e nos o povo ficamos sem a epopeia e maturidade do escritor Euclydes da CunhaANNA uma heroina,amou tragicamente, Dilermando um aparente súdito, amou fatidicamente Euclydes um aparente algoz ,amou sinistramente , findando numa dramatica comovente nefasta catastrofica e fatal historia de paixões e amor
ResponderExcluirANNA, heroína, amou intensamente, profundamente,corajosamente com todos os extremos que esse amor pediu e impôs,fazendo dessa tragedia e seus infortúnios um verdadeiro e impar brilhante da literatura e pérola
Quem foram as vitimas dessa paixao profumda arrasante delirante?
ResponderExcluirAlém dos filhos, A vítima inocente foi Dinorá de Assis,nós o povo ficamos sem a epopeia e maturidade do escritor Euclydes da Cunha...os 3 personagens desse fatidico,dilacerante e poderoso amor foram vitimas e algozes do proprio infortunio ,pregado pela circunstância, pelas MOIRAS e pelos Deuses .Tudo , colaborou ,compactuou contribuiu e corroborou para que esse desenlace se apoderasse do DESTINO ,foi FATAL
ResponderExcluirANNA, heroína, amou intensamente, profundamente,corajosamente com todos os extremos que esse amor pediu e impôs,fazendo dessa tragedia e seus infortúnios um verdadeiro e impar brilhante da literatura e pérola da arte universal ANNA uma heroina,amou tragicamente, Dilermando um aparente súdito, amou fatidicamente Euclydes um aparente algoz ,amou sinistramente , findando numa dramatica comovente nefasta catastrofica e trágica historia de paixões e amor
foi como disse a musica...um infinito desejo
ResponderExcluirInfinito Desejo
Maria Bethânia
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Ah, infinito delírio chamado desejo
Essa fome de afagos e beijos
Essa sede incessante de amor
Ah, essa luta de corpos suados
Ardentes e apaixonados
Gemendo na ânsia de tanto se dar
Ah, de repente o tempo estanca
Na dor do prazer que explode
É a vida é a vida, é a vida e é bem mais
E esse teu rosto sorrindo
Espelho do meu no vulcão da alegria
Te amo, te quero meu bem, não me deixe jamais
Eu sinto a menina brotando
Da coisa linda que é ser tão mulher
A santa madura inocência
O quanto foi bom e pra sempre será
E o que mais importa é manter essa chama
Até quando eu não mais puder
E a mim não me importa
Nem mesmo se Deus não Quiser
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluircada um sabe a dor e a delicia de ser o que é
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluircada um sabe a dor e a delicia de ser o que é
ResponderExcluirComo diz a musica....Ah, infinito delírio chamado
ResponderExcluirdesejo.Essa fome de afagos e beijos Essa sede incessante de amor.
Ah, essa luta de corpos suados.Ardentes e apaixonados.
Gemendo na ânsia de tanto se dar .Ah, de repente o tempo estanca.Na dor do prazer que explode
É a vida é a vida, é a vida e é bem mais.
E esse teu rosto sorrindo Espelho do meu no vulcão da alegriaTe amo, te quero meu bem, não me deixe jamais.
Eu sinto a menina brotandoDa coisa linda que é ser tão mulher
A santa madura inocênciaO quanto foi bom e pra sempre será
E o que mais importa é manter essa chama
Até quando eu não mais puder
E a mim não me importa .Nem mesmo se Deus não Quiser
Infinito Desejo é mais compativel que A Resposta de Um Desejo
ResponderExcluirCatedral
Traduzir-se
ResponderExcluirUma parte de mim
é todo mundo:outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.Uma parte de mimé multidão:
outra parte estranheza
e solidão.Uma parte de mim pensa, pondera:outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta:outra parte
se espanta.Uma parte de mim é permanente:outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem:na outra parte....linguagem
- que é uma questão de vida ou morte -será arte? sera arte sera arte
Traduzir-se
ResponderExcluirUma parte de mim
é todo mundo:outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.Uma parte de mimé multidão:
outra parte estranheza
e solidão.Uma parte de mim pensa, pondera:outra parte delira.
Uma parte de mim almoça e janta:outra parte
se espanta.Uma parte de mim é permanente:outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem:na outra parte....linguagem
Traduzir-se uma parte na outra parte- que é uma questão de vida ou morte -será arte? sera arte sera arte
Minh' alma, de sonhar-te, anda perdida
ResponderExcluirMeus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
pois que tu és já toda minha vida
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida!
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
De uma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,(x2)
Que tu és como um deus: princípio e fim!...(x2)
Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco,
diante do que sinto. FLORBELA Spanca aqui e Ferreira Goulart acima
ANNA, heroína, amou intensamente, profundamente,corajosamente com todos os extremos que esse amor pediu e impôs,fazendo dessa tragedia e seus infortúnios um verdadeiro e impar brilhante da literatura e pérola da arte universal
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